casa da lulu: setembro 2005

sexta-feira, setembro 30, 2005

aliás e a propósito

então que esse post era pra ter sido escrito ontem, mas o computador desligou sozinho, tadinho, deve ter superaquecido e eu nunca discuto com o computador pra não perder a calma.
a maior surpresa desses dias foi receber e-mail de e., meu ex-namorado de sampa, agora morando em barcelona. curioso que quando vi o mail desacreditei. mail? dele??? não... mas era, sim. tão bom saber que ele está bem e feliz, que finalmente resolveu seguir seu coração e ir atrás do que lhe faz feliz.
esses dias pensei sobre os últimos dez anos e fiquei feliz de tantas pessoas terem passado pela minha vida, feliz por [quase] tudo que vivi e por não ter mágoa ou rancor. isso parece coisa de poliana mas é assim que me sinto por dentro.

e poder ouvir anos dourados, de tom e chico, numa paz inabalável não tem preço.

quinta-feira, setembro 29, 2005

doce

Boa mesa dos anjos, Lulu! (No interior de São Paulo, ali no Vale do Paraíba, a festa tem esse nome: Mesa dos Anjos.)

Na tradição religiosa, Cosme e Damião são considerados santos, mas são também reconhecidos por praticar a medicina de forma caridosa, sem receber dinheiro. (Vai ver, por isso, muita gente ache que é lenda. Onde já se viu médico não cobrar, né?)

E mais, um dos "milagres" atribuídos aos dois foi um transplante que fizeram, implantando a perna de um negro morto em um homem branco. Salvaram o paciente, mas foram acusados de bruxaria por gente que acha mais natural deixar morrer do que salvar. (Já havia gente assim no século quatro. Sempre houve gente assim. E essa gente sempre se autodenomina "religiosa". É mole?)

Beijos e bons doces.

Cláudio Rúbio



que história deliciosa. e não é lindo isso de mesa dos anjos?
"A felicidade é como o sal, não alimenta mas dá sabor"
[josé saramago]
pescado aqui

quarta-feira, setembro 28, 2005

nem sei explicar como eu estava ontem aqui por dentro do peito, um misto de frustração e melancolia porque eu sou uma tola que sempre espera que aconteçam coisas que sei que não vão acontecer. enfim. mas às vezes acontece de tocar no rádio do carro uma música que eu goste muito; aí passo muitos dias com ela na cabeça, quase um mantra. e isso cura tudo.

abri a porta / apareci / a mais bonita / sorriu pra mim ...
naquele instante / me convenci / o bom da vida vai prosseguir
[...]

[a cor do som, cantando abri a porta, de dominguinhos e gilberto gil]

terça-feira, setembro 27, 2005

correio

a telinha enviou esse texto lindo; e me fez chorar. obrigada, querida :D

"Meu coração fica com o coração dela..."
Rubem Alves
colunista da Folha

"A boca fala do que está cheio o coração": esse é um ditado da sabedoria judaica que se encontra nas escrituras sagradas. Bem que poderia ser a explicação sumária daquilo que a psicanálise tenta fazer: ouvir o que a boca fala para chegar ao que o coração sente. Acontece comigo. Cada texto é uma revelação do coração de quem escreve. Pois o meu coração ficou cheio com uma coisa que me disse minha neta Camila, de 11 anos. O que ela falou fez meu coração doer. Como resultado, fico pensando e falando sempre a mesma coisa. A Camila estava na sala de televisão sozinha, chorando. Fui conversar com ela para saber o que estava acontecendo. E foi isso que ela me disse: "Vovô, quando eu vejo uma pessoa sofrendo, eu sofro também. O meu coração fica com o coração dela". Percebi que o coração da Camila conhecia aquilo que se chama "compaixão". Compaixão, no seu sentido etimológico, quer dizer "sofrer com". Não estou sofrendo, mas vejo uma pessoa sofrer. Aí, eu sofro com ela. Ponho o outro dentro de mim. Esse é o sentido do amor: ter o outro dentro da gente. O apóstolo Paulo escreveu que posso dar tudo o que tenho aos pobres, mas, se me faltar o amor, nada serei, porque posso dar com as mãos sem que o coração sinta.

A compaixão é uma maneira de sentir. É dela que brota a ética. Alguém foi se aconselhar com santo Agostinho sobre o que fazer numa determinada situação. Ele respondeu curto e definitivo: "Ama e faze o que quiseres". Pois não é óbvio? Se tenho compaixão, nada de mau poderei fazer a quem quer que seja. Fernando Pessoa escreveu um curto poema em que descreve a sua compaixão. Por favor, leia devagar: "Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Com tudo quanto vi, se passa, passo. Nem distingue a memória do que vi do que fui". Compaixão por um arbusto... Ele explica esse mistério da alma humana dizendo que "em tudo quando olhei fiquei em parte. Com tudo quanto vi, se passa, passo...". Os olhos, movidos pela compaixão, o faziam participante da sorte do pequeno arbusto. Eu já sabia disso, mas nunca havia enchido o meu coração a ponto de doer. Doeu porque liguei a fala da Camila a essa tristeza que está acontecendo no Brasil.

Os corruptos são homens que passaram pelas escolas, são portadores de muitos saberes. Tendo tantos saberes, o que lhes falta? Falta-lhes compaixão. A falta de compaixão é uma perturbação do olhar. Olhamos, vemos, mas a coisa que vemos fica fora de nós. Vejo os velhos e posso até mesmo escrever uma tese sobre eles, se eu for um professor universitário, mas a tristeza do velho é só dele, não entra em mim. Durmo bem. Nossas florestas vão aos poucos se transformando em desertos, mas isso não me faz sofrer. Não as sinto como uma ferida na minha carne. Vejo as crianças mendigando nos semáforos, mas não me sinto uma criança mendigando em um semáforo. Vejo os meus alunos nas salas de aulas, mas meu dever de professor é dar o programa e não sentir o que os meus alunos estão sentindo.

De que vale o conhecimento sem compaixão? Todas as atrocidades que caracterizam os nossos tempos foram feitas com a cumplicidade do conhecimento científico. Parece que a inteligência dos maus é mais poderosa que a inteligência dos bons. Sabemos como ensinar saberes. Há muita ciência escrita sobre isso. Não me lembro, no entanto, de nenhum texto pedagógico que se proponha a ensinar a compaixão. Talvez o livrinho "Como Amar uma Criança", do Janusz Korczak -mas Korczak é uma exceção. Ele sabia que, para ensinar algo a uma criança, é preciso amá-la primeiro. Korczak era um romântico. Por isso o amo. Aí, fiz a mim mesmo uma pergunta pedagógica: "Como ensinar a compaixão?".

Conversando sobre isso com minha filha Raquel, arquiteta, ela se lembrou de um incidente dos seus primeiros anos de escola, quando ainda era uma menina de sete anos. Seria o aniversário da faxineira, uma mulher que todos amavam. A classe se reuniu para escolher o seu presente. Ganhou por unanimidade que, no dia do seu aniversário, as crianças fariam o seu trabalho de faxina. Disse-me a Raquel que a faxineira chorou.

Sei que as crianças aprendem com um olhar especial, o olhar de suas professoras. Elas sabem quando as professoras as olham com os mesmos olhos com os quais Fernando Pessoa olhava o arbusto quando escreveu o poema. Sei também que as histórias provocam compaixão quando o leitor se identifica com um personagem. Sei de um menininho que se pôs a chorar ao final da história "O Patinho que Não Aprendeu a Voar". Ele teve compaixão do patinho. Identificou-se com ele. Vai carregar o patinho dentro de si, embora o patinho não exista. Lemos histórias para as crianças e para nós mesmos não só para ensinar a nossa língua mas também para ensinar a compaixão. Mas continuo perdido. Preciso que vocês me ajudem. Como se pode ensinar a compaixão?



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Rubem Alves, 72, lançando quatro áudio-livros para deficientes visuais e outros, e quatro CDs com histórias infantis (www.nossacultura.com.br). Acaba de terminar o texto de suas memórias de infância, "O Velho que Virou Menino".
fui provar o vestido hoje que essa moça casa no sábado. não gostei muito, não. o tecido é bacana e meio brilhoso e não estou acostumada a usar tecido brilhoso. mas eu gostei e, dã, fui eu que escolhi e comprei o tecido modos que isso é óbvio. e escolhi o modelo, que é bonitinho e ficou como deveria ter ficado. o poblema é a modelo que vai dentro do vestido. se fosse um problema estaria tudo bem, mas sendo um poblema as coisas vão mal hohoho, que deputados cepeêmísticos só têm poblemas, e nenhum problema. aí fiquei pensando que não dá tempo de emagrecer os vinte quilos que preciso até sábado. humm... cinta? detesto essas coisas, detesto. também não rola outra roupa. tô matutando o que fazer, ó céus. e pelo jeito vai rolar é um xale lindo e grande, aproveitando o friozinho que está fazendo.

cosme e damião

hoje é dia deles, cosme e damião. ontem teve ensacamento em série aqui em casa, docinhos mil. hum, delícia. amo doce de abóbora em forma de coração e gamadinho. mas não ajudei a ensacar, fui pra faculdade mais cedo pra acabar de ler o texto e não teve a primera aula. mas, enfim.
ganhei um saquinho da minha mãe :D que sempre vou ser a filhinha dela, não importa que faça trinta esse ano. e uma das vizinhas, que sempre dá doce, deixou um saquinho aqui pra minha irmã, já devidamente socializado.
e tem gente que não aceita os doces por motivos religiosos, né? tenho dó. que doce não se recusa. nunca.

segunda-feira, setembro 26, 2005

ia editar o post debaixo pra incluir mais umas bobagens, mas to de mau humor e com preguiça. cara, tá parecendo que sou uma velha ranzinza e coroca, o que é uma quase verdade, só faço reclamar, ficar de mau humor e não canso de repetir que estou cansada. isso passa, é o que me consola. e passa rápido, que na faculdade dificilmente fico assim.
mas não ia editar o post debaixo pra falar nada disso. é que tem gente que me encontra e pergunta se eu deixei o cabelo em casa ou porque cortei ou se me arrependo de ter cortado. sim, me arrependo muito, muitíssimo de não ter cortado antes.
e ainda aparece um ou outro me perguntando o porquê de estar fazendo outra faculdade, se não estou satisfeita como advogada. costumava dar uma resposta quilométrica. hoje prefiro o óbvio, bem mais eloqüente: entre ganhar dinheiro ou ser feliz, escolhi ser feliz.
aí o post acaba assim, sem pé nem cabeça.

primavera

então que eu descobri que a primavera dos livros foi esse final de semana ontem, onze horas da noite. fiquei irritada e frustrada. não sei se eu ando com a cabeça nas nuvens e por isso não sabia ou se não teve divulgação suficiente :(
+
estou digitando no automático, não consigo saber se aperto as teclas certas e as letras na ordem porque fui fazer um exame chato, mapeamento de retina; uns colírios de pimenta malagueta que me fizeram os olhos arder desesperadamente mais um outro colírio mais gel que fudeu tudo de vez. os olhos colaram, aí o médico falava olha pra cima e eu não sabia mais pra onde olhava que não via nada em lugar nenhum. mas ele disse que tá tudo bem. mamãe foi comigo que sabia que não poderia dirigir. mas não sabia que ia ficar com três mil graus de miopia a tarde toda. e ainda tenho um outro exame pra fazer :(
+
resumindo: estou com um humor do cão. cuidado.

domingo, setembro 25, 2005

essa sumida básica porque ando fanfarrona e relapsa. que na quinta fui prum rodízio de pizza e massa na praça em frente à faculdade (contei? não sei); sexta, da faculdade rumamos pra feira de são cristóvão, teve show da elba ramalho. cara, feira dos paraíbas é uma delícia, gosto demais daquele lugar, mas com show de graça é pedir pra passar perrengue, e foi exatamente o que aconteceu. quando o perrengue ficou num nível insuportável começamos a rir porque, ora, o lema é relaxar e gozar. e depois conto os detalhes, a preguiça é grande por aqui e minha irmã quer usar o computador.
ontem foi dia de curimba, festa liiinda de ibe(i)jada. se tivesse metade das pessoas no terreiro já estaria muitíssimo cheio. e não consigo chamar os terreiros de centro, chamo de terreiro mesmo.
modos que há três noites durmo tarde e acordo razoalvemente cedo. cansaço. e textos por ler.
mas domingo pé de cachimbo, almoço com a família e um cineminha. né não?

sexta-feira, setembro 23, 2005

porque eu não resisito eu publico sempre

Levai-me aonde quiserdes.
Aprendi com as primaveras
a deixar-me cortar e
a voltar sempre inteira


(Cecília Meirelles, Levai-me aonde quiserdes)

a frase da semana

"eu conheço pessoas", da ana.

quarta-feira, setembro 21, 2005

isso me soa familiar. por que será?

Em setembro de 1723, Dom Lourenço de Almeida, governador de Minas Gerais, queixava-se publicamente de que os "atravessadores ou homens de má consciência, inimigos do socego* público" estavam espalhando boatos de que ele comprava milho através de terceira pessoa, acusação que repelia, indignado. Suas narrativas seriam mais convincentes se não soubéssemos o quanto e quão amplamente ele contrabandeava diamantes.


[BOXER, Charles. A idade de ouro do Brasil (Dores de crescimento de uma sociedade colonial, SP: Companhia Editora Nacional, 1969 (Coleção Brasiliana, 341), p. 206-207]

* grafia original
preciso incluir mais blogs nessa lista aí do lado, mas a preguiça de mexer no template é infinita.

um tira-gosto:
belas imagens
garatujas & garapas
na luz, um objeto
pagando a língua
tarugo de érbio
i blame my parents
Luciana: Lu, teu cabelito tá o must!
Ficaste "tipoassim" a Nicole Kidman, no filme Reencarnação, cheia de estilo!
Lindo, lindo!
beijos.

[recado da lu m. no orkut]

a lu é ou não é uma fofa?
+
e tenho a sensação que algumas pessoas se assutam com [a falta de] cabelo. outras passam por mim e não falam porque não me reconhecem. quisera eu além de ter cortado o cabelo ter perdido vinte quilos pra ficar irreconhecivelmente linda.
+
e estou perdida no tempo. que ontem de manhã achava que era quarta. de tarde, que era segunda. hoje acordei sem saber que dia era. pvc.

segunda-feira, setembro 19, 2005

i feeeeeeeeel good / i knew that i wouuuuuuld

porque quando eu estava na ponte, indo pra faculdade, estava tocando no rádio

so good pã pã so good pã pã

cortei. curto. muito.

cabeça de coquinho, é assim que meu irmão me chama agora.

porque a pessoa tirou o dia para si. plena segunda.

a oftalmo desmarcou. livrinho do convênio. hummmm.... vamos começar pela letra a. olhos amarelhos o dia inteiro por causa dos colírios ardidos pra medir a pressão. e já encomendei os óculos :D

no shopping, claro.

e a cabeleireira já estava marcada.

curiosos, né?

porque todos vocês são, eu sei.

preparados?

a máquina ainda não foi pro conserto. só funciona quando quer. e hoje foi o quando quer :)


olhos ridiculamente amarelos do colírio


e eu ainda tenho coragem de publicar isso, affffff.
oftalmo marcada há três semanas, três semanas, ó céus, e me ligaram agora desmarcando: sete e meia da manhã. já estava acordada, arrumada e tals. mas sete e meia da manhã é completamente sem noção e nem entendi a desculpa que a secretária deu.
+
então que eu resolvi cortar o cabelo. frio na barriga.
+
e ontem fui à prática com algumas amigas, na fonte da saudade. tô renovada.
+
os cariocas continuam liiiindos, nunca me canso :) e as também :(

sábado, setembro 17, 2005

hoje passei o dia na rural em um congresso de história, que foi ótimo. na hora do almoço houve apresentações culturais. na primeira, um grupo de alunos de uma escola pública de caxias cantava, dançava e tocava, no melhor estilo olodum e afro-reggae. foi lindo, fiquei arrepiada. aqueles adolescentes de origem humilde, belíssimos, dando o melhor de si e fazendo um espetáculo deslumbrante e emocionante, com a auto-estima lá em cima. e foi o que bastou pra ruir minhas pretensas certezas. que aquele batuque, aquela vibração é o meu coração; é o ritmo da minha alma, o que me aquece o peito. o atabaque e o surdo me deixam com vontade de chorar de tão lindos.
é que há bastante tempo tenho problemas com deus, realmente não sei se ele existe ou não. não estou falando de santos, anjos, orixás, que sei que exite algo mais, os sinto prensentes, em volta e nem sei explicar isso muito bem. estou falando de um deus supremo, magnânimo, uno, onipresente, que tudo sabe, que tudo vê, que tudo perdoa. único. não consigo acreditar nisso.
fui batizada no dia de natal. quando criança, minha mãe me colocou no catecismo e eu gostava. um pouco depois, fui estudar num colégio de freiras e os problemas começaram, era muita repressão em todos os níveis e eu não gostava da maior parte de minhas colegas de sala e nem elas de mim. era rebeldezinha mas sabia que meu problema era com o colégio, que nunca senti como meu colégio, era apenas o lugar no qual eu estudava. mas o problema não era com deus ou com a religião.
alguns anos depois, resolvi fazer crisma e tenho que abrir um parêntese para isso. nessa época estava meio perdida, tinha acabado um namoro (melhor, tinham acabado comigo) e fui num tarólogo maravilhoso, que depois perdi o telefone e não lembro mais nem o nome dele. de tudo o que falou e acertou, lembro só que ele disse que precisava desenvolver meu lado espiritual. e lembro da cara que ele fez, de que era algo realmente necessário, não foi charlatanismo como pode parecer, senti que era sério mesmo. isso já estava me incomodando de qualquer forma, e fui tentar me achar. fui algumas vezes com uma de minhas primas em centros kardecistas. uma paz, um bem-estar muito grandes. mas não sentia que ali era o meu lugar. voltei a freqüentar a igreja (e sempre que me refero à igreja leia-se igreja católica) e resolvi fazer crisma. entrei em uma turma para adultos, só um semestre de aulas, já estava com uns 19/ 20 anos. nunca me senti muito confortável em me confessar e nos dias que antecederam à crisma me confessei duas vezes: a primeira com um monge que não conhecia no mosteiro de santo antonio, ali na carioca. é que eu tinha uns pecados muito muito brabos pra contar, uma penitência enooooorme pra pagar e o padre leão me inspirava temor, ele era o que o nome sugere: um leão bravo. no dia anterior me confessei com ele ( o pe. leão) e conheci um homem calmo, ponderado, bondoso. aí queria ter me confessado com ele que o monge, sim, era bravo e me passou um sabão, ficou chocado com meus pecados. até entendo, era um senhorzinho, tadinho, e, se não me engano, os monges de lá vivem na clausura no convento.
depois veio a onda da renovação carismática, e eu participava.
depois me afastei um pouco porque a igreja que eu gostava de ir é longe e os carismáticos eram de noite, um horror pra voltar.
nesse meio tempo, nasceu minha afilhada e a batizei com muito gosto.
alguns anos depois, minha prima (essa é outra, não é a dos kardecistas não) ficou grávida de novo. a madrinha do nenem seria uma tia do hoje ex-marido que mora em são paulo. eu estava feliz porque minha prima estava feliz, minha afilhada teria um (meio) irmão, e seria uma criança muito bem vinda e amada. ele nasceu numa terça-feira com alguns problemas, u.t.i. neo-natal. e morreu na sexta. não vou entrar no mérito que o pré-natal não foi rigoroso como poderia ter sido, nem que o nenem morreu de infecção hospitalar porque isso não importava mais. ele estava morto. meu último ato de fé foi batizá-lo já morto. foi o que fiz de mais difícil na vida, o que mais me doeu. não consigo imaginar a dor da minha prima, simplesmente não consigo porque batizar meu afilhado me estraçalhou por dentro; se ele fosse meu filho não teria me doído nem um milímetro a mais ou a menos.
depois do impacto da dor veio a revolta. revolta com deus. uma revolta enorme, sem tamanho, achei que nunca iria passar.
se no início eu tinha raiva, com o passar do tempo começou a diminuir e foi se tornando indiferença. não me importava mais se deus existia ou não, se ele gostava de mim ou não, se se importava ou não. eu não me importava mais com ele, modos que isso me bastava.
ou não. porque ficou um vácuo no peito, sabe?
mas eu não procurava deus, procurava paz. e encontrei essa paz no budismo exatamente porque não há essa idéia de deus. e não se precisa largar suas próprias crenças para abraçar o budismo, praticar, seguir sua bela e profunda filosofia. sempre alternei períodos em que ia com freqüência ao templo e períodos enormes que ficava sem ir por motivos variados: fica a 64 km de distância daqui de casa -- para ir. o que não é um problema grande, quando quero vou mesmo. mas tenho que passar pela linha amarela. pra ir até tudo mais ou menos bem. mas voltar de noite, sozinha, em carro sem película nos vidoros me dava calafrios. e depois, durante um tempo meus finais de semana eram quase todos em são paulo. aí o namoro acabou e de quando em quando voltava no templo, sentia aquela paz e aconchego lá e nas práticas.
e as práticas são fundamentais pra me dar equilíbrio, serenidade, paz e força pra encarar a semana e a vida.
voltei a freqüentar com mais freqüência e resolvi tomar refúgio nas três jóias.
está marcado pra amanhã de manhã.
depois que a data foi marcada fiquei muito feliz, e pensei nessas coisas todas. pensei nesse deus de quase todo mundo também que, como tudo, é um apendizado. porque aprendemos a conhecer assim ou assado, isso ou aquilo. mas como diz meu astólogo, deus é um sabor. e um sabor á algo que não se explica. você pode dizer que algo é doce como açúcar, mas isso pressupõe o conhecimento pessoal e intrasferível do gosto do açúcar. uma pessoa pode exlicar à outra como é o gosto mas não dá pra sentir o gosto assim. e não me lembro de já ter sentido esse sabor de deus ou o sabor desse deus nunca. não o sabor desse deus único. já senti alguns... hã... cheiros, por assim dizer, porque tenho alguma sensibilidade e, principalmente, sonho muitíssimo.
e a tomada de refúgio está marcada para amanhã.
e eu não vou.
esse post imenso que ninguém vai ler, que ninguém lê nada desse tamanho jumbo em um blog, é pra mim. são os meus motivos, as minhas razões mais profundas. porque não é uma irresponsabilidade não ir. é uma irresponsabilidade ir e me propor a abraçar o que ainda tenho dúvidas. porque tem aquele batuque da minha alma. tem aquele ritmo, aquela ginga, aquela afro-brasilidade que me comove e que me toca lá no fundo. com o grupo de estudos passei a olhar as religiões de outra forma e sem ter pretensões de me encontrar ou encontrar o que quer que seja. mas não quero que se repita minha irregular e frustante trajetória com deus e com a igreja. quando abraçar algo quero que seja de verdade, com certeza, muito firme do que estou fazendo pra não abandonar depois. seria leviano fazer isso. e frustrante de novo. é como um namoro, ótimo. um período de (auto)conhecimento, aprendizagem, encantamento. mas casamento, ah, um casamento é um compromisso sério, deve ser algo pensado e não impulsivo. não posso tomar refúgio e me dizer budista sem convicção.
a convicção que tenho é que me faz muito bem, me sinto muito bem. mas não é o suficiente pra dizer é isso.
e foi o batuque que me balançou e me fez respirar fundo e dar um passo atrás.

sexta-feira, setembro 16, 2005

depois de ter tido uma crise histérica com o computador (que comeu parte do fichamento e ficou dando erro na joça do arquivo) e com a impressora (que não trabalhava nem com reza forte -- e depois meu irmão falou que o cabo estava desconectado, coisas da faxineira) e de ter enchido os ouvidos da santa ana da borgonha, o fichamento do bonitinho-arranca-toco* está finalmente pronto.
+
ainda que pouco, dormi bem, sonhei, sonhei, sonhei e acordei achando que era domingo. hohoho.
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renata, querida, obrigada pelas boas energias :)
+
x diz: vc não é nada convencional
aí eu fiquei com cara de ué pra janelinha do emeésseêne.

*coisas da ana

quinta-feira, setembro 15, 2005



feliz aniversário, guga!
o trt fica na rua do lavradio (acho que já contei isso aqui). perdição. enlouqueço com aqueles antiquários todos. e agora que a rua está na moda, está limpíssima, há bares e restaurantezinhos naqueles sobrados charmosos, estacionamento na rua do lado. em uma das varas, entro pra falar com a contadora. de lá vejo a catedral e a fundição. lembro que tem show do jorge ben no sábado, com roda de samba do arlindo cruz na outra pista. e que eu não vou poder ir. mas é por um excelente motivo, fico feliz
*
faculdade. a dois carros de distância, quatro meninos dentro de um veículo. e o cheiro da maconha empestiando tudo. um mico. já falei pra vocês que sou careta.
*
ontem estava bem agasalhada -- e de saia. senti muito frio na última aula. voltei com o aquecedor do carro ligado, posição pés. banho fervendo e nem assim me aqueceu por dentro. dois cobertores. acordei com frio. tem um sol tímido lá fora, um céu azul-pálido e uma preguiça enorme aqui dentro de fazer o que quer que seja.

quarta-feira, setembro 14, 2005

estou preocupada com a prova de sexta, hoje tem revisão, não dá pra parar tudo e ficar só estudando. essas noites dormi mal, e há dois dias tenho piriri. não gosto de ficar assim. ainda me sinto com nove anos quando tem prova. a mesma ansiedade, o mesmo tudo. e tenho tido sonhos estranhos. essa noite sonhei que ficava noiva e casava com um blogueiro famoso que não mora no brasil e que mal conheço.mas ontem estava lendo o blog dele e tinha foto. na outra semana, sonhei que vendia meu apartamento em jerusalém, e não me perguntem porque eu tinha um apartamento em jerusalém, só consigo imaginar que seja por causa dos textos que tenho lido, final de idade média, início de moderna, ainda espírito de cruzadas na ibéria (não perguntem, não perguntem). mas, então, vendia o apartamento em jerusalém e comprava um outro apartamento em paris. acordei com crise de riso. como se paris ficasse logo ali. e como se algum dia eu tivesse ido à europa ou a jerusalém ou tivesse dinheiro disponível pra essas coisas. nem freud, nem freud.

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e tem aqueles pensamentos fúteis que não me deixam em paz e tem minha indecisão eterna. no final de semana estava revendo umas fotos de uns anos atrás, que meu irmão perguntou por uma foto dele e estava lá na minha gaveta. eu, sorridente, e de cabelos muito muito curtos. a namorada do meu irmão quase não me reconheceu, é você... né?. e já estava nesse dilema eterno de ou deixo o cabelo crescer ou corto curto de vez. que tudo está me incomodando: os cabelos brancos, o comprimento, o corte, tudo. curto é mais fácil de passar um casting, sof color ou coisa que o valha. e prático: lavou, encerou, penteou e pronto: cabelo arrumado o dia inteiro. e não adianta chanel, acho lindo e não combina comigo. só tive cabelo curto daquela vez; me olhava no espelho e me sentia todo dia com a mesma cara. como se com o cabelo comprido fosse diferente, como se.

terça-feira, setembro 13, 2005

o problema de ler blogs alheios é a cobiça. não tô falando de inveja, essas coisas de energia ruim, não. tô falando de cobiça mesmo, que todo mundo quer esse trem aqui (iPod nano, é isso?), que eu sei que serve pra tocar música e só; não faço a mais pálida idéia de como o bicho funciona, naaaaada.
que ainda sou da época que era chique ter um tocador-de-cd-portátil-que-eu-esqueci-como-se-chama. old fashioned mesmo. e ainda nem tenho um, sintam o drama.
aí fico olhando o bichinho e pensando que ele é bonitinho, pequenininho, que não é tão caro assim o modelo básico.
mas nunco quero modelos básico, sempre penso que todos os acessórios disponíveis são in-dis-pen-sá-veis -- enquanto não os tenho, que depois fica tudo jogado.
foi assim com o celular. tô precisando trocar de aparelho, mas isso já é outra coisa. e vocês me tentando, falando sobre novos modelos que fazem maravilhas, até massagem nos pés.
mas então, voltando ao acessórios, sempre quis um fone de ouvido pro celular e ia adiando a compra porque eu me conheço. quando comprei meu celulinho na promação o brinde foi um fone de ouvido. que fica sempre na bolsa e eu nunca lembro de usar.
então não me venham publicar maravilhas do iPod nano que eu não não não vou comprar. nem adianta, láláialá.
se bem que as músicas que mais gosto ali armazenadas, podendo ouvir rapidinho.... em qualquer lugar... hummm... não, não, não. nem faço idéia de como gravar as músicas ali. é pra baixar na internerd? não sei como se faz. passar do cd pro bichinho? também não sei como se faz.
xô, tentação.
essa semana é pra sentir gostinho de sangue na boca. dito por débora, professora de hidro. isso às sete da manhã de segunda-feira. como macaco velho não põe a mão em cumbuca, alonguei, alonguei, alonguei no final da aula que não queria ficar doída. depois, claro, natação, que não sei mais viver sem. fábio, coitado, tentando me ensinar peito, que não consigo fazer a pernada certo, não saio do lugar. trezentas horas pra nadar cinqüenta metros. borb cansa mais e ainda assim tenho menos dificuldade, tsc.

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e levei a roupa no cabide. audiência no final da manhã e não dava tempo de passar em casa pra trocar de roupa. e vocês sabem o quanto detesto vestiário, tomar banho em vestiário, me arrumar em vestiário e -- o pior -- as conversas de vestiário. mas era necessário. pior do que me arrumar em vestiário é me maquiar em vestiário.
atualizado, que eu esqueci de contar: tiro a calça do cabide e desacredito. o cabide tinha umas nervurinhas, bolinhas, sei lá o nome daquilo, que depois fiquei pensando que era pra roupa não escorregar. realmente escorregar não escorrega. em compensação puxou tooooodos os fios possíveis da minha calça-novinha-que-eu-amo-tanto. remédio: jogar o cabide fora, que é depois da porta arrombada que se coloca cadeado..

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aí esqueci o maiô no vestiário. e, não, ninguém achou o maiô. mamãe perguntou e aí?. ora, não vou me chatear por causa de um maiô velho e esgarçado. e como se chateação fosse me trazer o maiô de volta.

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e eu sinto muita falta da máquina digital. que ontem cheguei mais cedo na faculdade e deitei na grama, lá na beira da baía porque eu sempre tenho a canga no carro. e ficou aquela coisa gordinha, de terninho, deitada ora de barriga pra cima ora de bruços, ora estudando (que tem prova sexta-feira) ora olhando as barcas e os navios. e o tempo virou -- a tal da frente fria fianlmente chegando. e ventou, ventou, ventou. cabelo o mais desarrumado do universo. e os olhos vendo tudo aquilo e querendo uma máquina pra registrar. não o cabelo mais desarrumados do universo, que eu não queria ser meus coleguinhas de sala ontem. não, não. uma ursa na cadeira ao lado. ah, a verdade é nem me preocupei em prender o cabelo. me sinto livre com o vento bagunçando tudo, brincando de jogar os fios pra cá e pra lá. e de mais a mais eu vejo tudo -- e não me vejo.

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e chega desse querido diário.

domingo, setembro 11, 2005

sempre a primavera, nunca as mesmas flores
(sabedoria chinesa, em homenagem à vida)

(será que alguém repara que de quando em quando eu troco a frase lá de cima?)

e eu quero abraçar o mundo com as pernas

porque tem o escritório, que eu preciso pagar as contas e tenho responsabilidade com os clientes. e a academia, que chega dessa cachaça que é a vida de um ser sedentário, sem ânimo e fôlego pra nada. tem a prática que é o que mantém inteira e centrada e me dá energia pra encarar o dia-a-dia. e a faculdade que eu amo -- e que eu estudo, leio tudo o que posso e mesmo assim não estou dando conta. mas ainda preciso encaixar uma lustrada no inglês e me decidir finalmente entre o francês e o espanhol. e aprender latim, que é vital saber latim.
e isso é curioso: se eu tivesse dezoito anos teria o tempo necessário pra estudar, me dedicar, fazer todos os cursos e ler todos os livros. mas não teria (como não tive) paciência ou dedicação e maturidade. agora sou dedicada e um pouco madura, e descobri o quanto isso é uma delícia. mas não tenho o tempo que gostaria.
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e esse tempero faz toda a diferença.
então que semana passada eu estava de tepeême (pouquinha, mas presente), me revoltei e não fui nadar nenhum dia. tolice. senti muita falta da água, do nado, de ficar sem fôlego (pois é, sou um tantinho masô).
mas amanhã tô lá cedinho, pra hidro e pra natação.
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se eu sobreviver ao massacre, volto pra contar.

sexta-feira, setembro 09, 2005

eu aqui tendo ataque de abstinência, que a crise é agudíssima e já virou ataque, e descubro que a máquina digital ainda não foi pro conserto. meus sais, faizfavô.
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ontem fiquei uma hora e dez na fila de um cartório maledeto pra tentar fazer o raio do processo andar, pra tentar, que a escrevente diz que está demorando uns trinta dias pra processar, como se trinta dias pra juntar uma petição e mandar o raio do processo pra conclusão fosse um prazo razoável. como se.
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por causa disso sempre tenho um livro, uma revista ou coisa que o valha comigo. leitura, concentração, meditação, recitação de mantra (e não tô brincando não; recitação de mantra é o melhor, concentra e relaxa os músculos). qualquer coisa que me abstraia da fila e do estresse.
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e aquela chuvinha fina no final do dia. mamãe diz que está serenando, acho tão lindo.
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tepeême acabou de acabar. espero que toda-a-fome-do-mundo também.

quinta-feira, setembro 08, 2005

feriado com chuva é bom pra ler e pra desenhar :)


porque eu descobri que minha irmãzita querida tem uma caixa de giz de cera desde de todo o sempre e só eu não sabia :)



e na terça-feira fui comprar tecido pra fazer um vestido (não eu, entenda, eu comprei o tecido pra costureira fazer o vestido). ai-ai **suspiros** fico doida no meio daqueles tecidos liiiindos. não resisti e comprei um tecido estampado pra fazer uma saia (pra eu fazer a saia; meda).

e então que loja de tecido e papelaria poderiam ser chamados de parque de diversão.
ana, era só ter falado que queria ir ao show e teríamos ido juntas, menina.
lu, vou acompanhar a agenda (tem no site) e assim que tiver show em florianópolis te falo.
joka, anote aí: tem show dele em sampa nos dias 16 e 17, no cie music hall, com direito a meia entrada e tudo (aqui dá pra ver os preços e comprar os ingressos).

domingo, setembro 04, 2005

... eu sou a chuva pra você secar...

porque quando alguém perguntar, simplesmente quiser saber, ah, é tão fácil. eu quero alguém como ele, exatamente como ele. igualzim, igualzim, sem tirar nem pôr.

sexta-feira, setembro 02, 2005

reli o que fiz ontem. pqp, não é possível que tenha passado o dia inteiro pregada na cadeira na frente do computador pra fazer só aquilo. não é possível. então que até meio dia o prazo tem que estar pronto porque a pessoa também tem que ir ao fórum em n.i., assinar acordo no rio e passar na casa do avô até às três da tarde. tá foda.

quinta-feira, setembro 01, 2005

o que você não deixaria de fazer se vivesse para sempre?

há um ano eu lia uma entrevista do contardo caligaris que me deixou muito mexida por dentro.
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hoje a resposta é prosaica e difícil: seria feliz.
tá flórida. prazos mil, parindo um recurso extrordinário (tá difícil, tá difícil) e problemas mil ao cubo em casa. pqp. e nem tenho mais a desculpa que ainda é agosto (embora eu nem acredite nisso, agosto é um mês tão simpático; mas serve como desculpa, ô, se serve).

ferveção

se você quer brigar
e acha que com isso estou sofrendo
se enganou meu bem
pode vir quente que eu estou fervendo


[ barão cantando vem quente que eu estou fervendo, de carlos imperial e eduardo araújo]

OU

se você quer me dar
e acha isso eu tô querendo
acertou meu bem
pode vir quente que eu estou gemendo


eu tenho treze anos e adoro trocadilhos imbecis.

institucionais -- II

é até confuso de tentar explicar: os professores e os funcionários deliberaram pela manutenção da greve.
funcionários de alguns cursos estão em greve, outros não; há os que trabalham por plantão.
com isso, três dos meus professores estão dando aula e três aderiram, embora dois sejam contra. parece contraditório mas não é: participaram da assembléia e resolveram seguir a decisão da maioria.
mais delicada é a situação dos estudantes: na sexta houve assembléia do dce onde foi deflagrada a greve dos estudantes, como disse em outro post. na segunda de noite e na terça de manhã houve assembléia dos estudantes de história e, por grande maioria, disseram(mos) não à greve.
o xis da questão é que na terça de noite estava programada uma manifestação contra o aumento do bandejão. alguns membros do dce e do c.a. foram pro campus (do gragoatá) com um carro de som para convidar os alunos para participar. embora contrários à greve os alunos estão a favor das reivindicações e já tinham dito que participariam da manifestação.
resumo da ópera: o dce e o c.a. estão mordidos pelo não-à-greve e tentaram invadir a aula do daniel aarão; a turma barrou a entrada dos manisfestantes e foi uma confusão, com direito a xingamentos (pelego) intimidações e divisões dentro do movimento estudantil. não param de chegar e-mails da lista do cahis (c. a.) e todos estão furiosos: os alunos com a atitude o c. a. + dce e estes com a não-adesão daqueles.
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democracia não é nada nada fácil.
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me resta uma pergunta: o que diabos é pelego? no dicionário está escrito pelo de carneiro, com a lã usada como xiarel ou coxinlho; (bras. do sul) passo errado nas danças gaúchas, ouquei, mas eu devo estar muito lerda hoje que ainda não senti o quão pelego pode ser ofensivo.