casa da lulu: novembro 2004

terça-feira, novembro 30, 2004

a propósito: uma semana e contando.
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E continuo ouvindo o mesmo mantra, sem parar quero a sorte de uma amor tranquilo / com sabor de fruta mordida / nós na batida, no embalo da rede / matando a sede na saliva
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comportem-se, crianças. e não me abandonem.
então escrevo posts confusos, com idéias repetidas várias vezes -- e é exatamente assim que estou.
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e a audiência? pois é, não teve, o juiz não foi. remarcada logo ali pra março, já que pimenta nos olhos dos outros é refresco.
to cansada, corrida, tenho mais espinhas agora que aos quinze e preciso lembrar de comentar isso com a homeopata, que foi depois de começar a tomar os remédios. coisas inacreditáveis acontecem e sempre vejo o gato escondido com o rabo de fora: meu amigo de virilha tenta, tadinho, só tenta, me dar uma volta e to eu lá na curva, vendo tudo, não vai dar pra almoçar contigo, Lu, porque vou despachar com meu chefe agora e não sei que hora vou estar liberado; beleza; cinco minutos depois estou no ponto de ônibus esperando, dã, o ônibus e o vejo passar.. de mãos dadas. depois me ligou, eu comentei o aconticido e ele, com toda calma, disse que não me viu. se é verdade ou não, há muito não me interessa. essa história já foi longe demais e já deu o que tinha que dar, sem trocadilhos, por favor, que estou sem paciência. na hora que o vi fiquei com muita raiva. raiva, e o mais curioso é que não sinto ciúmes. dois segundos depois me toquei do absurdo da situação e a raiva passou. apaguei todos os números dele da memória do celular e pronto. as pessoas começam a sair da minha vida saindo da memória -- inclusido celulítica, se é que vocês me entendem. nunca tolerei mentiras, era só ter dito Lu, não vai dar e pronto. ele contou uma história enrolada e, bem, cada vez que ele faz uma caca, compra um presente. qualquer diz tem um caminhão parado na minha porta descarregando tudo. ou não. ah, chega. estou tagarelando e tenho que sair correndo pra fazer audiência e a cliente é minha mãe, vejam só a responsabilidade. esse tempo continua lusco-fusco, eu continuo cansada pra caramba, o trabalho continua absurdo, acabei de fazer a calça e não gostei da bicha depois de pronta, agora estou acabando um vestido e não sei se vai ficar bom, não tempo tanta paciência assim pra alinhavar tudo e depois passar na máquina, coloco alfinetes e passo na máquina direto; uma das útlimas coisas que faço é experimentar, mas aí a roupa já está quase pronta. ah, sim, e o puto ficou de me ligar de noite e claro que não ligou. se eu falar que fiquei esperando é pura mentira, fiquei acordada até às tantas por conta desse bentido vestido. só quando fui deitar que me dei conta. e o pensamento voa, penso nos meus sonhos, ambições, paixões, desejos e sei que [quase] tudo só depende de mim. mas to cansada até pra isso. quero uma vida pré-fabricada, pelo menos até janeiro.

segunda-feira, novembro 29, 2004

Ontem foi aniversário da vó (ah, vocês já sabem disso, tá no post aí debaixo). Então, foi aniversário de Dona Maria e teve bolinho na casa dela. A comemoração oficial vai ser no próximo domingo, no sítio de tia Catia. O menu não poderia ser mais apropriado ao clima tropical, veja só: sábado (que a comemoração começa na véspera, vai entender): feijoada (!!!!!) e domingo churrasco (!). Ainda é segunda e já estou com o estômago embrulhado.
Sábado, temporal, vento, muita chuva e depois, falta de luz. Mais de seis horas sem luz. Bolsas atrasadas por causa disso. Tristeza? Claro que não. Cida e Larissa aqui em casa, ficamos de papo até as tantas, sem conseguir pedir lanche no habib's (lá também não tinha luz!). Jantamos, hummmm, diliça.
Ontem, aniversário da vó. Mais temporal. E chuuuuuuuuuuuuuva até agora.

Alguém me jogue uma bóia, faiz favô.

sexta-feira, novembro 26, 2004

Luuuuuuuuuu, parabéns!!!!! Felicidades mil, querida :D

quinta-feira, novembro 25, 2004

se eu já estava cansada ontem, hoje tô só o pó da rabiola. e pó da rabiola me lembra a Aline, que cunhou a expressão; ela tá sumida que nem ela só, mas isso é assunto pra depois. Então, voltando à vaca fria: tudo está uma loucura; segundas, quartas e sextas pela manhã totalmente tomadas pelas aulas do curso de costura; meu desespero não é maior porque o curso acaba em duas semanas. na verdade estaria completamente desesperada se não estivesse lá. é minha diversão e terapia, tirando que converso à vera com pessoas tão diferentes de mim e tão diferentes entre si. e o trabalho não tem fim, simplesmente não consigo dar conta. há mandados de pagamento que não consigo receber (os cartórios não ajudam; eu entendo já que os funcionários tem salário certinho no fim de mês, religiosamente depositado na conta; mas eu não tenho, cáspita. é um dos motivos pelos quais os advogados ficam tão irritados, Cida). preciso estudar, preciso estudar, preciso estudar. não bastasse, a bendita da monografia que não avança. as bolsas aguardando ansiosamente ser confeccionadas. se tudo correr bem, sábado umas duas ficam prontas, Larissa deve vir pra cá me ajudar com os bordados (que posso estar atolada mas as bolsas são chiques, bem!); quero tempo pra bordar [ponto de cruz; e não adianta chamar ponto de cruz de ponto cruz, não me desce; é pon-to-de-cruz e pronto]. e os livros pra ler se acumulam. na última contagem, estava lendo (?) cinco (!) ao mesmo tempo -- e não consigo acabar nenhum deles. mas tem mais livros acenando pra mim, aqui dentro de casa mesmo, fora os que pre-ci-so comprar. salve, salve, aleluia, salve, que estou sem um puto no bolso. meu amigo de virilha me liga quando quer, não aparece quando não quer e eu tô de saco cheio não exatamente dele, mas dessa situação que é um absurdo por si só, não gosto de pensar que me sinto maaaaaal. ele não, diz que se sente bem, dã, óbvio. sim, to falando de você mesmo que vira e mexe deixa uns recadinhos john-no-arms aqui em casa. preciso voltar na oftalmologista, meus olhos continuam com uns veios vermelhos, as lágrimas que não desempenham as sei-lá-quais funções fisiológicas que deveriam, tsc. não é pela saúde, já que não tem me incomodado. é pela parte estética mesmo, nunca fui fã de olhos vermelhos. nem dá pra ser outra coisa além das benditas lágrimas, associadas à muito tempo de computador (pisca-se pouco, pouca lubrificação e olha a confusão) e, claro, poluição, ficar muito tempo na rua, muito sol, vento e depois ambientes fechados com ar condicionado (aí volta o ressecamento). é que sou preconceituosa sim e quando vejo alguém de olhos vermelhos penso logo maconheiro e nem sei se maconha faz isso de olhos vermelhos, nunca tive vontade de experimentar. tá tudo confuso, igualzinho esse post, tudo misturado, um caldeirão fervilhando. com certeza esqueci muitas outras coisas, também importantes. tô precisando fazer faxina no quarto, na cabeça e no peito. ah, mas hoje não que tô exausta.

esse post era pra dizer que fiquei de nove da manhã até quinze pras cinco da tarde por conta da burocracia brasileira, tirando cópias, mandando autenticar, reconhecendo firma, averbando certidões, correndo vários cartórios em comarcas diferentes, indo quatro quatro QUATRO vezes ao banco pagar grerj's malditos. e ainda não acebei de resolver, o que é pior. o dia foi embora e não deu tempo de mais nada, saco. não fosse a marca da roupa quem me visse diria que estou de férias na praia. até que não é má idéia, mas por enquanto não rola.

e pronto, pra variar comecei falando alhos e acabei falando bugalhos.
o post aí debaixo ficou borocoxô, foi? foi essa a intenção, não, Cidoca. (nossa, lembrei de Cidoca Ishaio... e como se escrevia ishaio mesmo????
****risos****
****risos****
****risos***
isso é do fundo do baú!!!

enfim, tô bem.
Pausa pra lembrar de teu aniversário hoje. tu não vens nessa casa -- quer dizer, acho eu que não sabes que tenho blog; se vens, ficas calado, olhando de soslaio, como em tudo, enfim. e eu iria cair dura se descobrisse que, sim, tu me lês e fica com um sorriso bobo no canto da boca. que importa isso? não vais receber nem telefonema nem cartão com desejos de felicidades. também sei ser turrona e de mais a mais, convenhamos, sabes que não mereces nem que eu lembre da data, quanto mais ouvir meus parabéns.
mesmo assim, to eu aqui, escrevendo sobre ti mais uma vez. e mais uma vez fazendo balanço da vida. e usando a segunda pessoa do singular no lugar do tradicional você. nem conferi a conjugação dos verbos, a falta de uso faz tudo ficar turvo. o uso do tu na conjugação própria é distante, exatamente como deve ser. também não queria usar tu com verbo na terceira pessoa, na, coloquial demais falar tu vem, tu lê. teu lugar é exatamente onde estás: longe dos olhos e mais distante ainda do coração.

quarta-feira, novembro 24, 2004

e já que acordei com música nos neurônios, nada melhor que terminar o dia com outra musiquita.

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez


O quê? Você realmente está pensando que essa música foi escolhida à esmo? Tolinho. Claro que dão. Vinte e nove é maravilhosa, mas também não é por isso que. É que dia 7/12, anote, 7/12, se-te-de-de-zem-bro é meu aniversário. Faço questão de poucas coisas e comemorar aniversário é uma delas. Favor enviar cartões, telegramas, e-mails. Flores e outras delicadezas também são muito bem-vindas.

E como você já adivinhou, faço vinte e nove.

terça-feira, novembro 23, 2004

tepeême. só hoje me toquei que ontem estava de tepeême e sensííííível... o tratamento homeopático é uma magavilha mas [ainda] não fez o milagre de zerar a tepeême.
trocando em miúdos: já em condições normais de temperatura e pressão, voltamos à nossa programação normal.

segunda-feira, novembro 22, 2004

num dia cu nada como ver uma manchete igualmente cu, algo como uma receita de bolo-cu: Plano infalível. Transforme seu paquera em namorado firme Seus ficantes não se decidem? Precisa turbinar suas táticas de conquista? Leia nosso roteiro engata-namoro.
em condições normais de temperatura e pressão teria, eu disse teria, gargalhado com isso aí de cima.
vontade é coisa que dá e passa. isso é o que dizem. e quando a vontade não passa? aí só resta fazer para passar, mesmo que isso signifique chorar quieta num canto.

domingo, novembro 21, 2004

sexta, quase nove da noite o telefone toca. atendo. antes de conseguir dizer alô, uma pessoa ligeiramente histérica diz:
-- Lu, que história é essa que vocês vem aqui pra casa amahã e vão embora amanhã mesmo? desde quando não tem lugar pra vocês aqui? nada disso, vão dormir aqui.
-- oi, The. Boa noite pra você também.
-- pode tratar de trazer roupa que você e Lari só voltam domingo depois do almoço.

e a conversa seguiu por aí afora. resultado: ia almoçar em penedo ontem; ia do verbo acabei-passando-o-final-de-semana-em-penedo-fofocando-comendo-e-me-divertindo; e estou tão cansada que nem vai dar pra contar as novidades pra vocês, tsc.

quinta-feira, novembro 18, 2004

então que eu tenho toneladas de documentos -- e, consequentemente, problemas -- na mesa esperando uma solução ; zilhões de textos densos (pra mim, entenda) ansiosos pra serem devidamente devorados; muitas coisas pra resolver na rua ( fóruns, já que são vários, e outras maledetas repartições públicas); comprar tecido pra fazer a calça, que o curso de corte e costura, lembram?, já está quase acabando e ainda tem um monte de peças a serem feitas; quando finalmente consigo sentar e me concentrar: o pensamento voa e não quer saber de colocar o pezinho no chão. É um tal de "zion é um nome lindo, não pra filho, como daquela modelo que vai casar com aquele ator lourinho, que eu acabei de esquecer o nome - Henri qualquer coisa; mas ela não era casada com um mega-modelo? guarda sendo discutida ou é loucura minha? isso que dá não ler caras; ah, mas é um nome liiiindo pro meu futuro gato ou cachorro"; "hoje é aniversário da The. já liguei, parabéns, felicidades e tal, de coração; e o que comprar, óceus?"; "será que sábado vai chover?"; "foi só colocar o post dizendo que tô naufragando que não vai ter nenhum e-mailzinho, aposto" (e ganhei minha auto-aposta, desgosto supremo); ah, os outros pensamentos ou se perderam ou são impronunciáveis, nego até pros meus botões. perceberam que concentração é comigo mesmo.

somos barrocos o arauto do porvir quando o que se quer dizer é mensageiro do futuro

terça-feira, novembro 16, 2004

crianças, a frequência e quantidade de posts deve diminuir nos próximos meses. estou com o minha mesa fervilhando de coisas por fazer, tenho a bendita monografia da pós pra entregar no início do ano e preciso estudar pra algumas provas ( assunto pra depois). sim, to enlouquecendo.
eis que você chega em casa e tem correspondência, uma singela multa te aguarda. Abre, olha a data, o local e lembra que nos últimos dois meses cometou a mesma infração, à mesma hora, três vezes por semana e reza pra não ter mais multa nenhuma perdida por aí. Aí você entra no detran, imprime a bela. E entra no banerj pra imprimir o boleto, ou seja lá o nome da sigla, pra poder pagar a dita e... pois é, não tem nada lá pra você pagar. Isso porque você quer pagar a maledeta; se não quisesse, teria até cobrador batendo à porta.
recebi uma ótima notícia ontem de noite, fui dormir feliz.
~
Sonho estranho, com gente esquisita*, ambientado numa cidade mais exótica (São Paulo) que a da vida real. E eu grávida (no sonho), pode?
~
Acordo com essa chuva fina me dizendo levanta, não, Lu; hoje é dia de preguiça. Pois, sim.
~
agora dá licença que já estou atrasada, nessa terça mascarada de segunda.

* escrevendo isso me lembrei de Eduardo & Mônica, do Legião.

domingo, novembro 14, 2004

esses dias
Páro num daqueles quiosques da Lagoa. Algumas amigas, três casais, duas famílias. Olho o nada. Às vezes avisto uma vela solitária; e a vida passa rápida em cima de rodinhas variadas. Vejo um pipoqueiro. E o vento vem estranho, tangenciando o cabelo e trazendo o cheiro de cigarro de duas mesas distantes. O garçom traz a bebida e me olha enviesado. Ignoro. De repente a vida passa devagar -- e não estou acostumada com isso. O guardanapo dança enquanto escrevo. Um rosto familiar. Advogado também? Não sei, não lembro. Penso em frustrações e esperanças. Nos amigos também. Beberico a "água sem gás num copo com gelo e limão" escrito Heineken, isso eu não pedi. Céu cinzento, o helicóptero não se importa. Há algumas noites, falta de ar, tosse. Não me importa. Sinto calor e frio intercalados. Você poderia ter me salvado. Diz alô. Sorrio. Não me venha com esse discurso que tenho as respostas, você sabe que há tempo não as tenho mais. Conversas imaginárias. Sinto o cheio de pipoca. O celular toca. E por quê não?
Quem tem boca vai a Roma. Quem tem internet vai a qualquer lugar.

[propaganda de um site de viagens veiculada na Revista O Globo de hoje]
pequena pausa para respirar.

sábado, novembro 13, 2004

Toda vez é a mesma coisa, os convidados aparecem e você nunca consegue acomodá-los confortavelmente; uns sentam no chão, outros ficam em pé, e para piorar, não cabe mais nenhum móvel na sua casa! Como resolver esse problema? O fantástico sofá-cama inflável Air-O-Space Sofa Bed é o que você precisa!

Aliás, Air-O-Space Sofa Bed é muito mais que um sofá-cama, é um incrível 5 em 1: sofá de 3 lugares, sofá reclinado, cama queen size, cama alta para crianças e cadeira de descanso num só produto!


No início fiquei decepcionada, não é um produto com a qualidade, confiança e tradição tabajara. É melhor ainda: um produto poli-shop, que já brindou o mundo com as inesquecíveis meias vivarina e facas guinso ou seja lá como se escreve o nome das facas. Aí abri um sorriso de engolir os brincos.

Mas fiquei pensando com meu botões putz, como encher um sofá-cama de mil-e-uma-utilidades no sopro? Seus problemas acabaram!!!!!! como brinde há três produtos incríveis! bomba de ar pra encher seu pseud-sofá-bed*-tabajara em menos de um minuto; ainda vem com um conjunto de bicos adaptáveis, que transformam sua bomba num sistema de inflar universal (não sei como consegui viver até hoje sem essa maravilha tecnológica) e, a cereja do sundae, uma linda sacola de viagem compacta, para levar seu sofa bed com muita comodidade, a qualquer hora a qualqer lugar! sim, o sofá-bed cabe numa sacola, ideial para você, amigo, que curte carregar o mundo nas costas. Pelo menos o sofá e a cama, você já consegue!

Ah, a propaganda esquece de divulgar: ideal para acampar. Imagina a inveja dos seus vizinhos camping-neiros!!!!

Acha que é invencionice minha e propaganda enganosa no nosso msn amigo de todas as horas? Clique e confira.

* olha: tá escrito sofá bed nos brindes.


Atualizado: E não deixe de assistir a propaganda no polishop tv (tá lá no meio da página, logo abaixo dos brindes). Rolei de rir com o cara pesacando no sofá.

sexta-feira, novembro 12, 2004

Há algum tempo comentei como quem não quer nada que fui ao astrólogo. Esqueci de dizer que ele é bruxo também. Tudo acontece(u) exatamente como ele disse. E pensar que são bolinhas num pedaço de papel.
- e o nosso cineminha amanhã?
- noway*. Tô viajando hoje.

beleza. Só que: vento que venta lá, venta cá. E a ventania já começou, se é que vocês me entendem.


* não é invencionice minha. foi extamente essa a palavra que ele usou. arrrgh.

quinta-feira, novembro 11, 2004

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é pra entrar em pânico ou o quê?
nojo
Atenção: post nojento, contra-indicado para pessoas sensíveis; se este é o seu caso não leia (depois não diga que eu não avisei).
7h20min entro no ônibus, uma cata-corno com ar condicionado. É claro que não tinha lugar pra sentar e eu fui em pé mais pra trás do ônibus, sabe? A moça que estava sentada na minha frente se ofereceu pra segurar minha pasta e, dã, óbvio que aceitei. Quando o ônibus entra na Av. Brasil vejo de relance que a moça que estava em pé atrás de mim chegou pra trás, ligeiramente abaixada.
Girei o corpo pra ver o que houve (isso foi instintivo). Foi a sorte. A moça estava vomitando; você não leu errado não: ela estava vo-mi-tan-do (arrrrgh, que só de lembrar me embrulha o estômago). Foi tudo muito muito rápido. Ela pediu mil desculpas à outra moça que estava sentada e foi lá pra frente, morrendo de vergonha. Pensei que ela fosse descer, mas nem tinha como: estava no rápido (isso quer dizer: o ônibus vai pela seletiva na Av. Brasil e o primeiro ponto é no JB, lá perto da Novo Rio).
O zumzumzum continou e eu não entendi nada. Aí virei e olhei de novo: a moça que estava sentada na frente da que vomitou, bem, estava toda vomitada. Tem noção? Com exceção do rosto e do cabelo todo resto era um lixo. Ela estava morrendo de nojo -- e eu e todo mundo também. Sem saber o que fazer, ela pegou a jaqueta e se "limpou". Coitada, morri de pena. E fiquei com raiva da menina que vomitou. Poxa, se sabe que passa mal viajando em pé, por que raios não esperou o próximo ônibus? ou pelo menos, não tivesse tomado café. Contei pra minha mãe do aconticido e ela disse ela pode estar grávida, coitada. Coitada????? Se estiver grávida, coisa que eu não acredito, é mais um motivo pra só viajar sentada. Saísse de casa mais cedo.
Imagina o dia da desinfeliz da menina que foi vomitada: isso é jeito de começar o dia? Pior: imagina ficar com essa inhaca o dia inteiro! Ah, se tivesse sido comigo teria voltado pra casa, dane-se o trabalho, que eu não ia ficar vomitada até de noite. E se ela tivesse me vomitado, na boa, o ônibus ia virar um barraco, que eu ia reclamar e azucrinar o ouvido da moça n° 1 ( a que passou mal) até não poder mais.
A menina n° 1 deu uma sorte danada, que do lado da moça n° 2 (a vomitada) estava um negão de três metros de altura. Queria ver se tivesse sido ele o vomitado.
Por pura sorte nem respingou em mim. Eu olhei tudo: blusa, bolsa, calça, tênis. Nada. Depois que desci do ônibus até olhei de novo, porque nem dava pra acreditar que não estava imunda.
Acha que as emoções acabaram por aí? Ah, o dia estava prometendo...
Logo depois do aconticido o ar condicionado do ônibus pifou. Só funcionava quando o ônibus parava, e estava um engarrafamento infernal. Mais uma cena: passageiros enlouquecidos de calor, já que as janelas dos onibus com ar são travadas (não abrem nem com reza forte) e vários passageiros falando aos berros com o motorista ô, piloto, liga o ar aí. Maior calor!!!
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Depois desses, hã, contratempos finalmente chego na biblioteca da EMERJ. Um dia ensolarado, com 30° às 9 da manhã no horário de verão e frio da porra lá dentro, quase todo mundo de casaco. Quase -- eu não.
Meu resfriado querendo me matar, um incômodo só. Fui no fórum, protocolizei petições e voltei pra casa.
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Agora é água, cama e carinho* pra ficar melhor.

* aceito doações

quarta-feira, novembro 10, 2004

estou um porre, sim, eu sei. também tenho esperanças que passe logo.
é tão estranho ler e ouvir falar sobre "missionários". É o cúmulo da pretensão, não importando as intenções da pessoa-missionária. Há algum tempo (bastante tempo, na verdade, até + ou - o meio do século passado) os "missionários" iam pra África. Como já vieram pro Brasil também, ou alguém tem alguma dúvida que os jesuítas eram "missionários" e trabalhavam (sic), entre outras coisas, pela conversão dos índios?
Agora me diz: alguém pediu pra ser salvo? os "missionários" receberam carta, telegrama, telefonema, fax, e-mail, sinal de fumaça pedindo socorro?
Cada grupo tem sua cultura, valores, crenças. É muita maldade tentar aniquilar isso impondo uma religião.
Sempre tem quem diga: ah, mas eles não impõem nada. Apenas pregam e as pessoas se convertem. Francamente, não sejamos ingênuos a esse ponto. Os "missionários" comem pelas beiradas. Não chegam em algum lugar dizendo que tudo o que você acredita está errado. Mas pintam um quadro onde só há salvação possível na religião dele (aí eu pergunto de novo: quem disse que o povo estava perdido e que precisava de salvação, quem????).
E já disse lá em cima: não me importam as intenções do "missionários", podem até ser as mais louváveis possíveis e ele realmente pode acreditar que está fazendo o melhor por aquela pessoa / aquele povo.
Veja bem: estou falando de missionário e não de ajuda humanitária que são coisas muito distintas. Merece aplauso, honras e louvores as ongs, empresas, onu e pessoas que se dispõem a ajudar outras pessoas/populações a combater uma violência, um surto de uma doença maluca ou uma catástrofe -- quando essa é a intenção; não me refiro a interesses econômicos e religiosos por trás disso; falo de ajuda humanitária e pt saudação.
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Bem, e foi-se o tempo em que só havia "missionário" em lugares, digamos, diferentes e longínquos. Hoje eles estão no lugar mais exótico possível: ao nosso lado.
Por que estou falando disso? Pois é. É que detesto mesmo quem tenta me converter. Vamos combinar que cada um pode ter a religião que quiser, vivenciá-la da forma que achar correta e ter certeza que ela é o caminho -- para si. Se você está satisfeito, fico feliz, feliz mesmo, não é da boca pra fora. Mas pélamor, não tente me converter dizendo que seu deus isso, que sua igreja aquilo.
Sem perder a compostura digo que:
1) sim, tenho problemas com deus e ele -- se é que existe -- sabe disso;
2) continou no mesmo lugar e ele, sendo o fodão que vocês dizem ser, me acha se quiser.
3) se for o caso, ele se entende comigo; combinamos assim e não é você que vai se meter no meio dessa combinação divina, não é mesmo?
4) obrigada pela preocupação; não estou perdida; não preciso de salvação.
O que me dá nos nervos é que tem gente quie não se manca e continua tentando me converter. Ah, esses "missionários" de tempos pós-modernos. Aí eu me espalho e sou grossa mesmo. Depois até fico com dó, mas o esbregue foi merecido.
estresse + tempo doido = início de resfriado que está me tirando do sério.
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preciso cortar o cabelo (está esquisito, sem corte). Esperar o início de dezembro, lua minguante. Pode soar estranho fazer questão de cortar o cabelo na lua minguante, mas é batata: o cabelo pára de cair e creeeeeesce...
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A dúvida: aparar as pontas pro cabelo crescer e voltar a ser el cabelón ou cortar bem curtinho, como há alguns anos, com nuca desfiada e tudo. ai-ai *suspiros*

segunda-feira, novembro 08, 2004

Sabe quando tua intuição te diz que as coisas estão para mudar? Pois.
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Só não sei quando. Nem de onde o vento vem.
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Meros detalhes assim não fazem diferença, enfim.
pombo-correio enviado pela Lulu (temporariamente fora do ar, e só o blogger sabe o porquê -- ou por que ou por quê, que deu tilt e não sei mais qual pq usar):

Desembargador carioca concede liminar para que juiz seja tratado como "doutor" ou "excelência" no condomínio onde mora
(Magistratura - 08.11.2004)

O juiz estadual Antônio Marreiros da Silva Melo Neto obteve - via concessão de efeito suspensivo em agravo de instrumento que interpôs no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - o direito de ser tratado, pelo porteiro e demais empregados do prédio em que mora, em São Gonçalo (RJ) , por "doutor" ou "excelência". O recurso foi distribuído, por sorteio, ao desembargador Gilberto Dutra Moreira, da 9ª Câmara Cível, que deferiu a liminar.
O autor da ação não obteve a antecipação de tutela em ação ordinária que, em 27 de setembro passado, ajuizou na 7ª Vara Cível de São Gonçalo, contra o Condomínio do Edifício Luiza Village. Por isso, agravou.
Ao conceder, no dia 14 de outubro, o efeito suspensivo em favor do juiz autor da ação, o desembargador Dutra Moreira refere textualmente que "tratando-se de magistrado, cuja preservação da dignidade e do decoro da função que exerce, antes de ser direito do agravante, mas um dever - e verificando-se dos autos que o mesmo vem sofrendo, não somente em enorme desrespeito por parte de empregados subalternos do Condomínio onde reside, mas também verdadeiros desacatos - mostra-se, data venia, teratológica a decisão do Juízo ´a quo´, ao indeferir a antecipação de tutela pretendida. Isto posto, defiro-a de plano. Intimem-se os agravados para contra-razões, por carta".
No último dia 3, a secretaria da 9ª Câmara Cível do TJ-RJ certificou que "até a presente data, o agravante não recolheu custas para intimação do agravado por carta". Por isso, os autos voltaram conclusos ao desembargador Gilberto Dutra Moreira. Um novo despacho deste - ainda não publicado no Diário da Justiça - estabelece prazo "ao agravante para cumprir em cinco dias, pena de não conhecimento do recurso".
O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Octávio Augusto Brandão Gomes, se disse estarrecido com o caso e considerou "esdrúxula" a pretensão do juiz.
Em nota distribuída à imprensa, o presidente da OAB-RJ afirma que "todos nós somos seres humanos. Ninguém nessa vida é melhor do que o outro só porque ostenta um título, independente de ter o primeiro ou segundo grau completo, ou curso superior. Quando vejo ser feita uma exigência esdrúxula como essa, paro e me questiono: será que não existem coisas mais importantes para este senhor pensar e realizar ?". (Proc. nº 2004.002.17725)



Dá licença que vou ali enfiar a cabeça debaixo da cama de tanta vergonha.
(...)
Quem olhasse de longe, teria certeza de que vivíamos confissões. E, no fundo, era isso que fazíamos. Ele, me roubando, revelava sua miséria e sua dor. Sem falar no espanto que percorria sua cara, os olhos livres, as mãos prontas. E eu, inerte, lhe confessava as sobras, o supérfluo, as cadeiras vazias reverenciando a mesa. Enfim, era somente uma bolsa de couro cru entupida de inutilidades fundamentais.
Foi a primeira troca. A vantagem estava comigo.
De que valeria uma carteira cheia e essa vida aberta para o nada? Éramos dois pensamentos, bóias luminosas em alto-mar. Ninguém a ser salvo, a correnteza. A voz dele timbrava o escuro e o escuro engolia as sílabas, os
ss, as palavras truncadas que atirava na minha cara. Que tá olhando, hein dona? Nunca viu não, é? A voz dele batia na minha pele e eu deixava escorrer, fazendo ele pensar que comandava o espetáculo. Verdadeiro circo, pau e cerco. Num se move não, moça, esse bicho aqui num gosta de conversa. Ele chove bala e fura seu corpinho todo.
Foi o segundo tempo. Ele falou "corpinho todo". E me olhou mais fundo, vagando o escuro, metendo a mão no silêncio e abrindo a porta sem bater. E ele logo percebeu que estávamos desaguando no meio do mar. E ali boiávamos, lado a lado, náufragos de uma solidão ao contrário. A fome dele não parecia ter destino. A minha esperava, estava aprisionada e gritava no cerrado. Depois de tanta água, de tanto sal, a seca rachando a terra, flor enfiada no meio do barro, resistindo sabe-se lá o quê.
(...)

trecho de Flor de Cerrado, conto de Maria Amélia Mello, pulicado em Os cem melhores contos brasileiros do século, selecionados por Italo Moriconi, Ed. Objetiva. E orignalmente publicado em Às oito, em ponto, Ed. Max Limonad.


sexta-feira, novembro 05, 2004

-- tô tão cansada.
-- eu também. O dia foi puxado, né?
-- ôô. É por isso que quando chego em casa só quero saber de Naza.
-- Nasa?!?
-- é. Naza. Só quero saber da Nazaré

hohoho
cinco pras nove no horário de verão. cinco pras oito no horário normal. E um sol de rachar catedrais lá fora. E eu tendo que passar o dia in-tei-ro na rua. :(

quinta-feira, novembro 04, 2004

tá certo. eu me rendo. tô piegas paca hoje.
é essa prévia do verão. é novembro.
+
e sou eu.
(...)
mas a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão
(...)


porque, de todas as coisas, as mais importantes são as que vão no meio do peito.
Num desses dias do feriado, trocando de canal, peguei esse filme já pelo meio. Aí fui no canal da programação ver o título de filme: Nosso amor de ontem; ui. malditos tradutores brasileiros. O orginal: The way we were, refletindo o espírito do filme.
Enfim, o post não é sobre o título do filme.
Algumas contatações tão óbvias vendo o filme que eu não as enxergava (porque o óbvio normalmente está escondidinho debaixo do nariz):
1) não há, nunca houve e nunca haverá homem mais lindo que RR aos trinta e poucos anos. E olha que a coisa mais difícil é eu achar um louro bonitinho, quando mais o homem mais lindo que há.
2) mesmo separados o sentimento continua lá, pulsando.
3) da mesma forma que continua cá, pois. a impossibilidade de (con)viver um com o outro não importa.
4) o futuro será -- e já é -- assim aqui também: cada um vivendo o melhor, dentro de suas próprias limitações. E nos casaremos, teremos filhos, seremos muitos felizes. Só que com outras pessoas.
5) e o brilho nos olhos ainda.
6) é claro que chorei. A Katie de Barbra Streisand é meu clone de emoções e pensamentos; e turrona também.
7) com tudo assim tão claro, finalmente relaxei.
8) porque a felicidade, quando em conta-gotas, não é menor por isso.
9) ah, novembro. sempre você.
10) a catarse esse ano já começou mais cedo.


(e continuo metódica, né, Grace?)
[mais um] bolo.
~
e meu camarada é o cacete.

terça-feira, novembro 02, 2004

testando o yahoo messenger.
(...)
Foi assim,
quando a flor ao luar se deu,
quando o mundo era quase meu,
tu te foste de mim
(...)


[Paulo André e Ruy Barata]
lendo o Pasquale, vi um trecho dessa música; nunca a ouvi. a letra é divina.
Fabio Júnior, ingrato, também viajou no feriado.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Na estrada tinha uma curva repentina.
Derrapei.
Cai sentada na lembrança de vc.


[descaradamente roubado daqui]
comprei mídia. pode pegar, se quiser. hã?!? mídia. comprei mídia. pode usar. o quê?!? cd virgem, Lu, cd virgem. aaaaaahhhhhhhh........ tá
Meu irmão, um sem-blog-com-flog.