casa da lulu: junho 2004

quarta-feira, junho 30, 2004

... e dentre as pessoas animadíssimas com o Carnaval, estou eu.
Minha irmã (Camilinha) é tão linda e inteligente que fico toda prosa. Na oitava série, já sabe todas as leis de newton e mais um monte de coisas que eu nunca aprendi ou pelo menos não lembro que. (e estudar isso tudo é uma maldade com uma criança de 13 anos).
Um homem assim é o meu sonho de consumo: destemido, ético, sensível, bravo, leal, sincero. Pois é, bom demais pra ser verdade: foram extintos.
Meus dias têm cinco horas e vinte e dois minutos, não dão pra nada.

segunda-feira, junho 28, 2004

E as pessoas estão animadíssimas para o próximo Carnaval.

domingo, junho 27, 2004

Ontem foram os festejos propriamente distos do aniversário de mamãe (que sexta-feira foi só um bolinho de sorvete delicioso para cantar parabéns de noite). Primos, primas, tios, vó, afilhada, todos aqui.
E vovó Maria cismou que vai tirar o passaporte português, já que não aguenta mais restrições no exterior e um passaporte europeu sempre ajuda (sim, bem, eu sou falida mas vovó é chique). E não sei porque os documentos de meus bisavós, pais de vovó e portugueses naturamente, não estão com ela.
Aproveitando os festejos de ontem, uma de suas primas (primas da vó, entenda), a Marli, trouxe a carteira de trabalho do vovô da vovó. Deu pra entender? A carteira de trabalho é do pai do meu bisavô, que não sei se é meu trisavô ou tataravô, é demais pra minha cabeça.
Mas então, a carteira de trabalho de Maximino Portugal foi tirada em 1926. Isso mesmo, mil novecentos e vinte e seis, com direito a fotinha dele e uma letra linda do funcionário do governo que preencheu a dita carteira. Linda. Tem o nome dos pais, Manoel Portugal e Maria Rodrigues, o local de nascimento, Enguias, C° Belmonte, Portugal (não sei o que significa o C° Belmonte; se alguém souber, por favor, me conte -- o endereço do e-mail está aí do lado onde está escrito correio; e eu esqueci como é a tag pro mail, só sei que começa mais ou menos com mailto...)
O que achei mais curioso foi a data de nascimento: 15 de dezembro de 1876. Sim, bem, ele nasceu no último quarto do século XIX.
Fiquei admirada. Com que rapidez chegamos tão longe na história da família. Sim, porque conheço várias histórias dele e da vó Maria (esposa dele), além das histórias de vó Joaquina, mãe da minha bisavó Beatriz (temos quatro bisavós e bisavôs e o dobro de tataravós e as histórias são assim, infinitas...).
Marli trouxe ainda umas fotos antiiiiiiiiiiiiiigas que estavam com ela: fotos da vó Maria (não da minha vó; mas da vó da minha vó, também Maria), do meu bisvô José; foto deles dois juntos, tiradas em Portugal, mais ou menos em 1911; fotos dos irmãos de vovó ainda crianças,...
Adoro ver essas fotos, conhecer os rostos de pessoas que me são tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes. Memórias.
É incrível olhar as fotos e ver como nos parecemos fisicamente com eles.
É que aqui em casa é assim: Alexandre e Camila, meus irmãos, são iguaizinhos à famiília de papai e muito parecidos entre si. Eu sou talhada como a família de mamãe.
E ver as fotos só me dá mais certeza disso. Tenho o mesmo cabelo, os mesmos olhos e a mesma cor de pele de vó Maria, minha trisavó. E vô Maximino também era assim, mas de feições, por óbvio, diferentes.
Achamos que os Portugal são descendente de mouros, exatamente pelos olhos e cabelos extremamente escuros e o tom da pele, moreno, enquanto europues tem a tez alva. Além da família se chamar Portugal ainda em Portugal, características de cristãos-novos. Mas parte da história perdeu-se no tempo, infelizmente.
Antes que eu esqueça, vai se lascar, Gilberto Braga.
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Ninguém merece o último capítulo da novela das oito acabando às dez e quarenta da noite. E aqueles comerciais infinitos.
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E aniversário de mamãe na sexta, 50 anos. A-do-ro aniversários redondinhos assim.

sexta-feira, junho 25, 2004

Minha revista chegou segunda e ainda não a li. Sinal dos tempos.

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Só há dois assuntos em pauta hoje: o último capítulo da novela e o tarado de Belford Roxo.

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"E examinando as ações e as vidas deles, vê-se que da sorte só receberam a ocasião. Deu a eles a matéria para darem a forma que quisessem. Sem esta ocasião, o valor deles seria perdido. Sem tal valor, a ocasião teria sido em vão".
Parece uma fala do Renanto Mendes, né? Mas é d'O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.

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Vovó está bem melhor, pontos sequinhos, conversando, e já no quarto. Adeus, cti.

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Da série pergunta-que-não-quer-calar: todo dia 29 é dia de comer gnocchi com uma nota de dólar embaixo do prato. Se a tradição é italiana porque raios a nota tem que ser de dólar?

terça-feira, junho 22, 2004

Não consigo entrar no hotmail porque the server is too busy.
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O exame foi tranqüilo, menos aterrorizante do eu pensava. E o boa-noite-cinderela me fez sonhar.
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Vovó fez cirurgia no coração hoje. 3 pontes de safena. Medos, muitos medos.
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Sem vontade alguma de conversar, quiçá blogar. Preocupação. Além de vó internada, vovô, que está inconsolável com a situação.

quinta-feira, junho 17, 2004

Telefone da sala toca. Ligação a cobrar ( e esse telefone não tem identificador de chamdas -- o da sala, porque o do meu quarto o tem desde o dia em que foi instalado. Mas mamãe não quer identificador, então...)

Voltando a ligação: atendo e ouço aquela mensagem irritante, mas ouço até o final. Minha avó está internada, não está bem, de modos que. Mas não é nenhuma notícia sobre vovó. É uma menino mal-criado, que me fala meia dúzia de palavrões.

-- Ué, meu bem, já acabou? Não acredito que você ligou pra minha casa, perdeu o seu tempo e só sabe falar esses palavrõezinhos mixurucas... Tinha que me ligar e me ofender de verdade, falar palavrões cabeludos, de gente grande, e me deixar bem irritada. Isso não dá nem pro começo, é coisa de amador. Além do mais, é ótimo você me ligar a cobrar: seu número vai vir na minha conta e eu vou ligar pra sua mãe, dizendo pra ela pagar a conta.

tu-tu-tu-tu
Ontem liguei de novo pro médico e ele liberou o anti-alérgico já que no sábado vou tomar um boa-noite-cinderela apenas (ele não disse isso mas foi o que quis dizer).
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E dei adeus à rinite.
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Uma amiga, da minha turma da faculdade, está fazendo medicina; embora uma coisa não tenha muito a ver com outra ela está super feliz com a escolha. E sempre aproveita quando alguém tem uma ziquezira qualquer para assuntar tudo: quais os sintomas, os exames que o médico passou, o que ele disse, que medicamento prescreveu, essas coisas. E ela pediu que eu escaneasse meu exame e enviasse pra ela.
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Vou pedir um curso avançado de como-usar-seu-scanner-para-digitalizar-documentos.

quarta-feira, junho 16, 2004



Estava passeando por aqui; resolvi dar uma esticadinha até aqui e acabei parando aqui. Visite também.
Consegui a proeza de ir pra cama com a rinite a mil e acordar com alergia e resfriada. Sim, porque desgraça pouca é bobagem.
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O que me preocupa é o exame que tenho fazer sábado de manhã, vai ter biópsia e, por isso, vou levar anestesia. Nunca sei o que pode e o que não pode tomar. Liguei pro médico pra perguntar se posso tomar meu antialérgico peloamordedeus e ele está examinando uma paciente, ficou de retornar a ligação mais tarde.
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Se eu ainda estiver viva até lá.

terça-feira, junho 15, 2004

Depois de meses hibernando, minha rinite está em fúria.
Quase nunca vejo as estatísticas aqui de casa, não me interessa saber quantas pessoas passam por aqui -- uma contradição ter contador no blog, eu sei; mas como dizia Whitman "sou vasta, contenho multidões" (acho que a frase era dele e tomara que a frase seja essa ;p). Voltando ao contador, hoje fui ver as tais estatísticas. Resumindo, tem louco que cai aqui procurando:
-- as pernas do Brad Pitt (se elas -- as pernas -- e os donos das pernocas estivessem por aqui já teriam sido todos, as pernas e o Sr. Pitt, devidamente devorados à Caetano);
-- humor de puta (juro que não entendi... é pessoal? tem alguém me achando com cara de? ou é só um humor sexita???)
-- fui pegar Hello Kittys (essa eu tive que rir; entendo perfeitamente o desespero pra completar a coleção; mas quem completou, completou e quem não completou só com reza forte);
-- pimpim (a Pinck não está disponível, tente outra);
-- quem cortou os cabelos da Giovanna Antonelli (qualquer cabeleireiro mais ou menos copia o corte, quérida, não se preocupe)

domingo, junho 13, 2004

Aqui do lado de casa tem duas igrejas (e hoje é dia de falar de igrejas, vixe!). Colada no prédio tem uma, depois tem uma vila de casa e ao lado uma Assembléia de Deus.
Tem gente ensaiando as músicas do... culto (é culto pra quem é crent... digo, evangélico?) e, bem, tem uma hora mais ou menos que estão ensaindo uma música engraçadíssima, até bem alegre e, não fosse música de igreja eu saia rodopiando pelo quarto, que diz mais ou menos assim:

o tempo de cantar chegou (umas 4 ou 5 vezes)
ele vem, ele vem saltando pelo bosque (acho que é isso)
seus cabelos são brancos como a neve (mais sumas 5 vezes)
e os seus olhos (aí eles cantam algo ininteligível)
incendia, Senhor, a a sua noiva
incendieia, Senhor, a tua igreja
incendeia, Senhor, a minha casa
vem me incedia
r (e repete o refrão até o fim dos tempos)

Rolo de rir aqui sozinha imaginando deus tacando fogo em tudo por aí, e no rabo desse povo. E a coitada da noiva, iludida, vai virar churrasquinho também.

Santo Antônio. Tunico, para os íntimos


Confira um pouco da história Fernando, nome de batismo de Tunico, aqui.

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Queria assistir à missa das 7 para evitar o tumulto (teve ano que uma vózinha me machucou para conseguir pegar um paõzinho de Tunico); coloquei o celular pra despertar às 6. Em vez de levantar logo, fiquei enrolando na cama, friozinho gostoso, tomei banho, me vesti e resolvi ir de ônibus (não sabia se ia ter lugar pra estacionar). Peguei um ônibus que me deixou loooonge, fui andando rápido, ruas desestas. Comprei uma rosa vermelha, dois saquinhos com aqueles pãezinhos redondinhos, bem pequeninos, sabe?, ainda ganhei um outro pão (parece um pão de cachorro quente) na porta da igreja e pronto, cheguei no meio da missa. Como tinha prometido assistir uma missa e não metade ela, assisti a missa seguinte também (no dia do Santo as missas são de hora em hora). No pequeno intervalo entre as missas fui conversar com Tunico. No final, a igreja já estava lo-ta-da. Lentidão na saída, todos querendo um pão (e eu já com os meus, guardados num saquinho que ganhei de uma senhora no meio da missa).

Comprei duas cocadas e um quebra-queixo numa das barraquinhas da rua e fiquei lembrando da minha mãe e minhas tias dizendo que hoje só se vende cocada na festa. Elas têm razão, todas as barraquinhas são de cocada, com exceção de uma de churrasco. Cadê as comidas típicas, onde estão?

Cheguei, meu irmão ainda dormindo. Não me viu sair nem voltar. Queria conseguir dormir assim.


sábado, junho 12, 2004

e vamos brincar de ser feliz hoje.
Ontem a noite foi divertidíssima: dois amigos do meu irmão aqui em casa contando os causos da festa de quarta-feira.

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Minha irmã de cabelos cortados, finalmente. Ela deu adeus ao resto de alisamento japonês e os cachos estão mais lindos que nunca. Ficou tão lindo, mas tão tão que eu tive que implicar com ela: "não sabia que no salão faziam transplante de cabelo..." (ah, adoro ser a irmã mais velha)

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Sábado, nove e meia da manhã já no shopping. Sim, nove e meia porque hoje é dia dos namorados, eu destesto lugar lotado e precisava ir no mercado (nesse shopping tem) e comprar uma calça jeans. Fiquei na dúvida: entre nessa loja onde nunca comprei nada ou na E., onde sempre compro [tudo]? Tentei a primeira. Algumas peças bonitas, outras cheguei demais, outras simplesmente horrorosas. Escolhi uma calça jeans clara, básica. A dona da loja estava lá e é uma maaaaaaaala, que mulher mais chata, jeusmariajosé! Queria que eu esperimentasse de um tudo e, óbvio, comprasse a loja toda. É que detesto quem quer me vender alguma coisa só por vender, sabe? Não quer saber combina com o estilo da pessoa ou nada do gênero. Até a vendedora já estava meio sem graça, coitada. Cortei logo, disse que não queria e não iria experimentar mais nada. Da calça mesmo não gostei muito, mas vá lá. Preço estava maio alto, mas eu estava sem paciência de experimentar roupa em cinqüenta lojas até me decidir. Visa electron, ok? Não, não estava ok; máquina com problema. Cartão de crédito, então. Não, nada feito; meu cartão é eletrônico (daqueles que não passam em máquina manual) e a tal da máquina com problemas. Então, tá, vou sacar dinheiro ali na praça de alimentação. Não, não está; caixa eletrônico só no estacionamento, lá na saída do shopping. Volto mais tarde (até agora...)
Duas lojas depois é a E. Passei na porta. Virtine linda, peças novas e uma gracinha de calça. Posso experimentar, Dani? (que conheço até as vendedoras pelos nomes, aimeudeus...) Então saí com a calça, blusa e jaqueta pagos com o Visa Electron.

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Tinha planejado gasta xis dinheiros e gastei três vezes o tal xis de dinheiros. Tá, paguei à vista, mas ainda tenho o último cheque das outras compras que fiz lá pra bater no fim do mês, humpf.

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E é claro que é isso mesmo que você está pensando.

quinta-feira, junho 10, 2004

fiquei olhando essa tela branquinha do w.bloggar e as palavras ficaram preguiçosas, sem querer trabalhar. É feriado até pra elas.

terça-feira, junho 08, 2004

A dica é do mano Beto, o pai do Matheus: alguém encontrou um jeito criativo de protestar contra o Bush. Entre no www.google.com, digite weapons of mass destruction e clique no botão "I'm feeling lucky" (ou estou com sorte ou uma frase parecida com essa). Aparece uma curiosa mensagem de erro...

[roubado daqui]
tem umas palavras, digamos, caipiras que são lindas. Perfumoso é uma delas.
Na falta de tempo pra almoçar, comi quatro bombons. Tive uma puta dor de barriga.
Bem feito pra mim; tenho que aprender a ter tempo e a comer direito.

segunda-feira, junho 07, 2004

-- já casou, Lu?
-- não, estou solteira.
-- pensei que vc fosse se casar.
-- eu também
-- ?!?
-- ...

sexta-feira, junho 04, 2004

Passei boa parte da semana pensando no mapa astral e em algumas coisas que o astrólogo disse; ri quando lembrei "você [eu] não é indisciplinada; é indisciplinável".
E o que estou fazendo essa hora conectada? Trabalhando, ora.
A propósito, minha coleção de Hello Kitty está completa. Sim, porque liguei desesperada pra Lari e pedi que ela comprasse a última perto do escritório dela.

terça-feira, junho 01, 2004

Séculos sem comer nada, nem casquinha de bauniulha nem água, no McDonald´s só podia dar nisso: não sabia que o McLanche* está dando de brinco umas Hello Kittys liiiindas. Comecei minha coleção ontem, com a bonequinha amarela. Hoje tem mais, já que só descanço quando tiver as quatro.

*E quem se importa com o fato de ter acordado com o estômago embrulhado, todo remexido por causa do bendito lanche, quem?
Domingo acabou a novela da cama: quando estava namorando você-sabe-quem o apartamento estava quase todo montado, o que incluía uma cama queen. Quando o apartamento foi, digamos, desmontado, a cama ficou na casa da minha avó; ela detestou a cama (muito grande, muito macia, fico sem espaço no quarto, essas coisas; detalhe: a indignação com minha cama foi tanta que ela foi às Casas Bahia e comprou uma daquelas camas de casal xexelentas, vai entender....)
O fato é que minha cama estava num quartinho mínimo, em pé (na vertical). Estava: agora reina soberana no meu quarto. Ainda estou me adaptando... é muuuuuito espaço e quero aproveitá-lo todo, ainda que sozinha ;)