casa da lulu: abril 2005

sábado, abril 30, 2005

cheguei no meio da tarde e o computador só foi liberado pra minha pessoa* agora há pouco que maninho e maninha do meu coração ficaram o dia inteiro jogando sabe-se-lá-o-que. e essa hora não funciono mais, nem adianta. amanhã tem posts decentes. e resposta pro comentários e e-mails, não se desesperem**.

* que hoje a breguice entranhou
** é muita petulância escrever isso. mas e daí? ;)
ninguém perguntou, mas depois de dias sonhando com akehnaton e nefertite entrando triunfalmente em akehtaton [onde é o agá??], transpirar modo de produção asiático e teofania, a prova de antiga é uma lembrança (doce, espero; vamos ver a nota); saem meus negões favoritos do lado direito da cama e entram gregos, seguidos bem de pertos pelos romanos.

quinta-feira, abril 28, 2005

uma amiga minha, vocês não conhecem não*, foi à praia esse ano uma única vez e capirchou: sábado ensolarado, águas claras e calmas, ipanema. caprichou também na pereba** que pegou na über-areia xexelenta, humpf.


*copy right by Ticcia
** uma micose nojenta. ninguém merece.
Faz sete dias que não vejo a bem-amada
O desalento desceu sobre mim
Meu coração está pesado
Esqueci-me até de minha vida

Quando os médicos me visitam
seus remédios não me satisfazem,
os magos não encontram solução,
ninguém descobre minha doença

Porém se me dizem: "Olha, ela está aqui", volto à vida
Seu nome é meu consolo
As idas e vindas de seus mensageiros
é o que prende meu coração à vida

A bem-amada é melhor para mim do que os remédios,
é melhor do que as fórmulas
sua vinda é meu amuleto
quando a vejo, volto à saúde

Quando abre os olhos, meu corpo se torna jovem
Quando fala, torno-me forte
Quando a prendo em meus braços, afasta de mim o mal
Ela separou-se de mim, há sete dias.

[poema egípcio de amor -- fim do II milênio a.C.]
estudando há dois dias, cabulei aula hoje pra continuar o estudadô e ainda estou na metade da matéria pra prova de amanhã. conclusão óbvia: não vai dar tempo.
escritório? clientes? devem existir em uma dimensão paralela; ou voltam à materialidade na semana que vem.
*
a ceg resolveu que já era hora de ter gás canalizado aqui, na quase-roça onde moro. depois de esburacarem todas as ruas principais do município e não recapeá-las, começaram a instalação do gás aqui no prédio. isso foi há quinze dias e ainda não terminaram. se eu ficasse em casa o dia inteiro já teria tido um siricutico com dez homens berrando o dia inteiro por todo o condomínio e um tal de interfonarem dá pra tirar seu carro da vaga, dona*? tem que passar encanamento por lá. o lado bom, bem, não tem lado bom; mas têm umas histórias hilárias de vizinhas emputecidas com o entra-e-sai -- e o abuso -- dos rapazes da ceg de suas casas, que culminaram com a expulsão sumária dos biltres e urros de pode arrancar esse encanamento todo que não quero mais merda de gás nenhum.

* como assim dona? me chamem de senhora, senhorita, menina, até tia tá valendo. dona, não.

Pimpim com frio, escondida no meio das cobertas

terça-feira, abril 26, 2005

vejo no jornal nacional estudantes da uerj, inconformados com a mudança nos critérios do vestibular da instiuição, fazerem uma manifestação durante a reunião da comissão, com direito a palavras de ordem, balbúrdia, apropiração de notas e anotações daqueles que participavam da reunião, rasgando-as logo depois. não vou entrar no mérito se a mudança no vestibular é justa ou não: está sendo votada a nota de corte; quem tirasse menos de dois em cada uma das provas específicas seria eliminado do concurso; a mudança valeria para todos, os que disputam vagas pelas cotas ou não. os estudantes argumentam que isso favoreceria alunos oriundos de escolas particulares.
quem está com a razão? não é isso que quero discutir.
óbvio que os estudantes podem e devem lutar pelas posições que consideram mais adequadas, ainda que estejam equivocados. isso estimula consicência e cidadania, é saudável. não considero saudável tampouco educado interromper uma reunião, tocar o zarau, roubar e rasgar notas e anotações alheias. isso não promove o debate, como os estudantes gostariam.
viver numa democracia é saber que há formas de participação e discussão; e faz parte inclusive perder, aceitar decisões, embora não se concorde com elas -- é a vontade da maioria. cabe lutar pela modificação das regras.
*
a fatima bernardes tá me ofuscando com esse blazer prata e esse cabelo de chapinha, uia. vou ali buscar um óculos de sol.

adoro esse quase-frio gostoso. mamãe fez chá, nem curto muito porque chá tem que ter clima e no rio, convenhamos, é forçar uma barra. hoje é exceção, temeratura ideal. só que o chá não esfria nunca, gosto de chá morno e não fervendo me queimando a goela. ainda tenho tantas tantas fotos de sábado pra publicar. faculdade, trabalho, tudo tão enrolado. e uma preguiça enorme, e uma vontade de viver enorme.
acordei no meio da madrugada com o barulho da chuva caindo na tampa que proteje o ar condicionado. a tampa é de metal, então gotas caindo fazem um barulho enlouquecedor. levantei e fui procurar algo para colocar na bendita tampa que abafasse o barulho. de manhãzinha ainda chovia. ponderei se iria ou não à faculdade: terças e quintas só tenho aula de dez à meio-dia. é medieval, matéria que adoro (redundância, gosto de --quase -- tudo; o professor de introdução fica de fora, muito chato e grosso) mas provavelmente teria engarrafamento maior que o habitual.
dias chuvosos são lindos. do engarrafamento via os tons gris das nuvens, o quanto estavam revoltas, a chuva caindo ao longe imitando névoa. isso tudo me lembra tanto friburgo, ando com uma saudade imensa daquilo tudo lá.
depois de uma hora percorrendo cem metros a cada três minutos não estava nem na metade do caminho. chuva? acidente e chuva? não sei. pelo andar da carruagem, não faço idéia de que horas teria chegado em niterói.
peguei o retorno. quinze minutos depois estava dentro de casa. e não voltei correndo, não, que estava chovendo, pistas escorregadias.
'xeu aproveitar e colocar o trabalho em dia.

segunda-feira, abril 25, 2005

então ontem eu fiz um post grandão, contando do trabalho de campo, do final de semana, da exaustão (estava só o pó da rabiola); do quanto me emocionei, do quanto fui e estou feliz, do quanto gosto dessa vida... ah, tantas coisas.

o post evaporou. cansei. quando puder, eu volto. que tempo é coisa que não existe, tenho certeza.

sábado, abril 23, 2005


a banda dos fuzileiros navais, �s 4:40h.
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samba em homenagem a sao jorge, na barraca de rose. foto tirada por volta das seis e meia da manha, que o samba corria solto desde ontem, inicio da noite.
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samba acompanhado do repique de duas garrafas de cerveja, uma delas ainda pela metade. (esse de camisa de sao jorge e o paulinho)
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samba, samba, samba
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Rose, a dona da barraca. 20 anos de Festa de Sao Jorge.
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o sagrado e o profano lado a lado: devoto com imagem em uma m�o, cerveja na outra (n�o d� pra ver na foto) e no meio do samba
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olha que camisa mais linda! toda rebordada!!!!
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mais samba. eros a direita na foto.
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a missa campal, esquina da presidente vargas. nessa caixa amarela os devotos colocam os pedidos.
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devota e sua imagem na missa
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a industria da fe
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cheguei as quatro da manha e festa ja ia alta desde muito, muito antes. foram 60 fotos s� na minha m�quina, fora as fotos das m�quinas das meninas. conversamos com quase todas as pessoas que aparecem nessas fotos: entrevistas incriveis, historias interessantissimas, que depois conto com calma.
nosso trabalho de campo de campo sobre o culto a sao jorge continua daqui a pouco -- vamos em um terreio de umbanda observar os festejos de ogum.
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SALVE, JORGE. SALVE, JORGE. SALVE, JORGE.

sexta-feira, abril 22, 2005

amanhã tem trabalho de campo: festa de são jorge. começa às quatro da manhã (!); às cinco tem alvorada, missa, banda do corpo de fuzileiros navais (moçoilos de farda...), mais missas: na igreja, campais; entrevistas, filmagem, fotos, observações. outras festividades de tarde. à noite, festa de ogum (sim, umbanda), que só deve acabar domingo de manhã.

isso tudo pra falar que a casa está às ordens (mas não muito, cara pálida). volto assim que estiver refeita do trabalho -- e dos festejos.

quinta-feira, abril 21, 2005

depois de vários recados na caixa postal do celular sempre desligado e reclamação de todos do grupo, lê, pelo amordezeus, dá o telefone da sua casa. após um leve desconforto, lê deu o número. com um adendo. um tio doido mora lá conosco, não liguem pro que ele fala. exageraaaaado, pensei.
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-- boa noite, posso falar com lê?
-- ele tá na faculdade, minha filha.
-- obrigada, vou tentar o celular dele então.
(tio tão educadinho. o lê que é doido, isso sim)
-- e não liga mais pra cá pra me perturbar não. e vai cuidar da sua buceta.
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precisei desligar correndinho que não conseguia segurar as gargalhadas.
parando pra pensar sobre isso

quarta-feira, abril 20, 2005

véspera de feriado: descanso pra quem, cara pálida?

terça-feira, abril 19, 2005

mais um post vaticanista (colagem do cometnário que deixei lá no LV)
não tem uma profecia de nostradamus dizendo que depois de JP II só haveria mais três papas e que o penúltimo seria negro? (e não lembro onde li isso...)

alguém sabe se essa profecia existe mesmo?

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bem, depois dos de saias terem eleito um alemão RETRÓGRADO de SETENTA E OITO ANOS nem precisa ser notradamus, né não?
habemus papam

sinal da vida moderna: soube que habemus papam na fal. liguei a tevê do escritório e fiquei aguardando o papa na janela. e assisti a cabertura da globo. uó a sadra annerber (como se escreve isso?) e o menino do tempo evarsito coisa-mais-linda costa falando "benedito décimo sexto"

domingo, abril 17, 2005

blogs queridos + e-mail + msn = orkut pra quê?
depois de um dia corrido e alguns contratempos, finalmente uma horinha de praia ontem, final de tarde, só para tirar a palidez-escritório habitual.
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repeteco hoje. não fosse o fato de ter amanhecido nublado mas com sol, sim, com sol! -- aqui em casa. quando cheguei na barra o toró me fez pensar que havia passado por um portal tridimensional, um universo em tons de cinza-chumbo. tentemos ipanema, pois. humpf, tive que ficar parada meia hora em um posto na lagoa, que as ruas estavam alagadas, não dava pra enxergar nem até a metade do espelho d'água.
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café na loja de conveniência. volta com chuva. até o início do subúrbio, que de lá pra cá não chovia. aqui em casa, ligeiramente encoberto -- e sol. e, desnecessário dizer, aqui não caiu uma gota d'água sequer.
+
quem me disser que o sol nasce pra todos ganha uma bifa no dos zovido pra deixar de ser besta.
+
murphy, acertamos as contas mais tarde.
(...)
Não quero falar de amor,
Não sei falar de amor.
Mesmo que em mim ardam amores secretos
Não os compreendo muito bem
É melhor então não falar deles.

Vou falar de bolhas de sabão
Assim tem sido a minha vida
Efêmera, delicada e levada pelo vento.
(...)


Juliana Louro, Bolhas de Sabão*

* o uol não coloca um link para cada post (e eu eu não tenho a mais pálida idéia do nome que dê à um-link-pra-cada-post). então, Bolhas de Sabão está no post de 16/04/05.

sexta-feira, abril 15, 2005

listinha de coisas que gosto de ouvir -- I
(plagiando o Calendas*)
- mora? [isso mesmo, o final daquela gíria ancestral. é uma brasa, mora?]
- mudando de saco pra mala
- merdas cagadas não voltam ao cu
- caguei baldes
- tô bege
- tô só o pó da rabiola
- nem fodendo [no dialeto de um povo esquisofrênico que habita em um planalto próximo há a variante neiiim fodêiindo]


*mea culpa: ao contrário das listas dele, essa tem um mini-compêndio de expressões vulgares.

quarta-feira, abril 13, 2005

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Embora não agüente bem ouvir um assovio no escuro, e passos.

[Clarice Lispector, A Hora da Estrela, p. 18]
E., a empregada, ficou dois dias sem vir trabalhar. pronto, vai começar o inferno de procurar empregada de novo.
ontem de tarde ela ligou, falou com mamãe que hoje vinha conversar. mamãe deixou até o dinheiro dela separado.
liguei no meio da tarde e E. vem amanhã.
cuma?
quando cheguei em casa soube do aconticido: o marido bateu nela. muito. o biltre é esperto, claro, e não bateu na frente dos filhos, nem no rosto. em compensação, peito, costas e ombros com muitos roxos.
morri de dó. mamãe disse que ela ainda não sabe o que vai fazer, foi a primeira vez que ele me bateu. ficou sem vir trabalhar porque, além de muito dolorida, estava coberta de vergonha. também não contou pra família porque é a caçula de nove irmãos homens.
e quatro filhos pra criar.

segunda-feira, abril 11, 2005

vou fazer uma pergunta bem boba, mas é sério: quem foi são jorge? e ogum?

cartas pra redação, urgente: casadaluluARROBAyahoo.com.br
passei o sábado todo e a manhã de domingo estudando o causo de uma cliente, analisando os caminhos que poderia seguir, pesquisando, anotando idéias. a biltre me liga hoje na hora do almoço dizendo que vou deixar pra lá, doutora. depois eu penso nisso.
e a noite de sábado que eu deixei pra lá, como é que [não] fica?
não consigo entrar no LV da fal. já estou tremendo e babando, sem conseguir pensar ou respirar direito. [socorro]

atualizado: já entrei lá :)
Um outro exemplo de atitude diferente de comportamento desviante encontramos entre alguns povos da Antigüidade, onde a prostituição não constituía fato anômalo: jovens da Lícia praticavam relações sexuais em troca de moedas de outro, a fim de acumular um dote para o casamento.

cultura: um conceito antropológico (capítulo: a cultura condiciona a visão de mundo do homem), roque de barros laraia.

domingo, abril 10, 2005

entrando no meu quarto agora de tarde, só lembro de cazuza, você nem arrumou a cama, parece que fugiu de casa.
relembrando os dias de professorinha
muita calma nessa hora: primeiro, respirem fundo; concentrem-se.
todo mundo zen?
então, repitam com a tia Lu: exceção é com cedilha, ésse não tem lugar em exceção, combinado?
pélamordezeus, nada mais de excessão e outras anomalias do gênero. é exceção.
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pronto, falei. estava com isso entalado, me sufocando.
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voltamos à nossa programação anormal.

sábado, abril 09, 2005

entao e' assim, ta' tudo separadinho na estante: por assunto e por urgencia. numa lista patetica de prioridades, fui ao salao fazer a manutencao-nossa-de-toda-semana mas nao fui ao ingles, que preciso dar conta da leitura ate amanha. mas a preguica nao me larga e eu preciso refrescar a cabeca. as ideias borbulham tanto que ando tendo dificuldades de relaxar e dormir; quando durmo, sonho com os conceitos, as aulas, os processos, as situacoes mal resolvidas de todo dia. preciso de ar fresco, natureza, o jardim botanico, praia e abracos, muitos abracos e carinhos.


o louco do meu computador n�o quer mais aceitar o w.bloggar, modos que preciso publicar pelo blogger e nao posso usar acentos.

sexta-feira, abril 08, 2005

voce foi a felicidade
voce foi a maldade que so me fez bem
voce foi o melhor dos meus planos
e o pior dos enganos que eu pude fazer
das lembrancas que eu trago na vida
voce e a saudade que eu gosto de ter

ninguem comeca o dia impunemente ouvindo bethania cantar roberto* as seis e meia da manha no radio do carro. levei duas horas pra chegar em niteroi, engarrafamento sem causa. ja estava tao atrasada que a pressa ja tinha perdido a razao de ser. o professor da primeira aula chegou no final pra dizer que nao pode ir, filho passou mal (?). nao assisti a segunda aula: hoje foi dia de jornada sobre cultura juridica e historia do direito. sai me sentindo pequeniniha, do tamanho de um grao de areia. voltei com as questoes martelando na cabeca, pensando como podemos passar cinco anos numa faculdade de direito sem jamais levantar tais questionamentos. impressionada com a cultura e erudicao dos professores. um deles, convidado, paulista. sotaque tao caracteristico. senti a saudade que eu gosto de ter, pensei em tudo o que foi e que nao-foi, na distancia no espaco e no tempo, tanto tempo. tudo se misturou: as palestras, os pensamentos aleatorios, todos os caminhos: os percorridos e os ainda possiveis. radio sempre ligado no carro, na volta Maria Irrita** cantando a vida:


foi escolher o mal-me-quer
entre o amor de uma mulher
e as certezas do caminho
ele nao pode se entregar
e agora vai ter de pagar com o coracao

na boa? nao vou pensar em [quase] mais nada, ainda tem o discovery daqui a pouco me en-lou-que-cen-do com os negoes que eles arrumaram pra interpretar os egipcios. quarta-feira, ramses era uma couuuuuusa.


*acabei de descobrir que outra vez nao e de roberto carlos, como pensei a vida inteira: a letra e' de isolda bourdot e milton carlos.
** copy right by fal; a letra de cara valente e de marcelo camelo.

quinta-feira, abril 07, 2005

perceberam que ando com preguiça de postar, né? pois. esse calor senegalês drena todas as minhas forças. não era suposto de ser outono ou eu tô variando? meu por-fazer no escritório está chegando num nível crítico, mil atividades na faculdade, mais o trabalho de campo, me sinto com dezoito anos de novo, tentando abraçar o mundo. é bom, mas não tenho mais dezoito e isso começa a pesar. a semana ficou mais longa já que transferi o inglês pra sábado, detesto estudar sábado, ainda por cima num horário-cocô: o curso começa às dez e meia. ninguém merece.

terça-feira, abril 05, 2005

no melhor estilo tudo-ao-mesmo-tempo-agora :)
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olha que notícia boa: Vladimir voltou!
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essa é a semana egiptomania no discovery channel, todos os dias às nove da noite. embora haja alguns erros conceituais (o egito não foi a primeira civilização e não houve um faraó monoteísta, e por aí vai) o programa de ontem foi excelente.
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ontem o programa discutia se as obras roubadas dos egípcios, expostas em museus europeus e americanos, deveriam voltar ao seu lugar de origem ou não. muito clara a posição do... (esqueci o nome do egiptólogo egípcio, que é quem efetivamente briga por isso), requisitando que voltem as peças únicas, de valor inestimável e inigualável, deixando claro que não quer que toda e qualquer peça egípcia volte pro país, somente as mais significativas, como o busto de nefertite e a pedra de roseta.
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patética a posição dos europeus.
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veja bem, já tinha isso claro antes, que as obras deveriam voltar pro egito. no entanto a edição do programa faz parecer ainda mais patética a posição dos europeus pelo fato do canal se posicional claramente pró-egito (pontos, muitos pontos pro discovery channel).
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gostaria muitíssimo de saber se a frança aceitaria passivamente que a monalisa pertencesse ao acervo do museu do cairo, por ser espólio de guerra. e que os egípicios, claro, utilizassem a mesma desculpa esfarrapada dos europeus: ora, a monalisa está num lugar onde todos* podem visitá-la. e ainda estimula que os visitantes queiram conhecer a europa [os europeus falam egito].
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o programa também mostrou a indústria que essas obras movimentam, sustentando a economia de cidades inteiras (como o busto de nefertite numa cidade alemã que eu não lembro o nome) ou sendo altamente rentáveis em outros lugares (como a pedra de roseta, em londres).
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tem ainda outros absurdos, como um dos obeliscos da entrada do palácio de luxor no centro de uma praça em paris, perto do arco do triunfo. pelo menos os franceses se saíram à francesa,(o tracadilho besta) e não comentaram nada, no lugar de alguma autoridade dar entrevista com uma desculpa estapafúrdia qualquer.
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além do que, hoje os egípcios possuem toda infraestrutura e tecnologia dos melhores museus e centros de pesquisa do mundo, um investimento maciço em cultura, história e tecnologia (e em museus; tem doze sendo construídos)
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tem coisas bacanas também: ao se confirmar que uma das múmias de um museu americano era ramsés I, os eua a devolveram ao egito. foi lindo, não só o traslado, como o cortejo fúnebre preparado pelos egípcios, um cortejo muito similar ao original.
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mudando de saco pra mala, mas ainda falando do egito: bem fazem os portugueses que escrevem egipto, já que de egito (em brasileiro) temos egiPtomania e egíPcios. isso sim, é coisa de português.
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participo de um grupo de estudos de cultura brasileira chamado NCA - nucleo de cultura aplicada. alem de animada com os temas, temos um trabalho de campo esse mes: a festa de sao jorge. tem um professor fofo nos ajudando (ainda nao fomos oficialmente adotados por ninguem), que ondem deu uma aula maravilhosa sobre pesquisa de campo e historia oral.
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depois eu conto mais, que ja estou atrasada.

*todos quem, cara pálida???????? por um acaso todas as pessoas do mundo tem grana pra visitar seu país? e os egípcios, que ficam privados das próprias obras, hein, hein???

sábado, abril 02, 2005

Karol finalmente se foi.
*
como me dói.
*
e' um contra-senso, eu sei. nao sou mais catolica, nao concordava com as ideias dele. mas gostava DELE. sua firmeza, seu carater, seu sofrimento, sua lucidez a pesar da doenca, a forca de sua figura.
*
quando o papado dele comecou, eu tinha dois anos. nao sei como e ter outro papa. porque tenho uma formacoa catolica solida (olha o contra-senso de novo), que incluiu catecismo, anos estudando em colegio franciscano, crisma no final da adolescencia, renovacao carismatica. mesmo quando joguei tudo pro alto, ele continuava la, como aquela figura familar e, como o proprio nome diz, paterna. era como se pudesse voltar quando quisesse, ele ficaria feliz.
*
nao queria ficar emotiva assim.

sexta-feira, abril 01, 2005

pensava que o programa da angélica era muito ruim porque ela é uma apresentadora muito ruim. estava enganada. com a fernanda lima é infinitamente pior.
fico tão triste com a proximidade do fim.