casa da lulu: janeiro 2005

segunda-feira, janeiro 31, 2005

estou em ebulição e as palavras não vêm.
e vocês já perceberam que ando sem inspiração e sem paciência pra tudo, inclusive pra escrever.
depois de muitos recados desencontrados, finalmente consegui falar com A. ontem de tarde. Antes, ela estava chateada comigo (ou p., como ela mandou na mensagem do celular); agora estamos magoadas uma com a outra :o(
se ficasse em casa ia enlouquecer de tanto chorar. fui pra Cobal com duas amigas, nos acabamos de tanto rir e falar mal dos homens (afinal, é preciso desopilar). tinha um fofo na mesa em frente à nossa e devia estar um papo muito chato por lá que o joselito-sem-loção descaradamente virara a cabeça e ficava ouvindo atentamente nossa conversa. quando estava pra chamá-lo a virar a cadeira de vez e pedir seu parecer s. m. j. sobre o assunto, que eu não aguentava mais aquela intromissão e abuso, o fofo foi embora. graças.
mas aqui dentro ainda dói quando penso na conversa com A. e ela dizendo que precisa de 'um silêncio maior'. ela tem os motivos dela e eu os meus, estamos ambas certas e erradas ao mesmo tempo.
e ainda assim, a vida segue.

domingo, janeiro 30, 2005

a felicidade
pensei em umas duas ou três formas de contar a felicidade. vejamos.
a semana foi boa, embora tenha trabalhado como uma camela. ontem (sábado), já perfumosa, arrumada, maquiagem bem leve, sandálias novas, prontinha pra sair de casa, o celular toca. estranho: aparece no identificador de chamadas um número de celular de são paulo. não conhecia o número e não, não pode ser. mas era: E., o ex,exatamente quem vocês estão pensando. conversa polida, educada, racional, cartesiana, ele dando um toque (palavras dele) pra mim e A. (a amiga 1, que também é amiga de E.), enfim, para A. e mim* voltarmos a nos falar, que ela está se sentindo sozinha e vai fazer a cirurgia essa semana etecétera e tal. depois perguntou da minha vó e eu, educadamente disse que está melhorando, eu mandei um beijo pra mãe dele, ele perguntou de todo mundo aqui, eu disse que estão todos bem, e só. quando desliguei o contadar do celular marcava mais ou menos dois minutos e vinte de duração da chamada.
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onde está a felicidade? não, queridos, não foi o fofo do E. ter ligado. a felicidade é: eu não senti n-a-d-a!!!!! me comportei como uma dama, educada, fina, adulta, bem resolvida. nada da Lulu antiga, passional, sem medida, que fala tudo que vem ao coração. essa mulher não existe mais.
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talvez vocês não tenham entendidonada muito bem porque tá tudo confuso e mal escrito aí em cima. ou não. não importa, foi um momento importante porque eu me surpreendi. nunca pensei que fosse ser tão tranqüila.
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depois disso peguei minha bolsa, saí, na portaria lembrei que o casaco estava na cedeira do quarto, voltei, mas o que foi, menina, você tá agitada. nada, não, mãe. é que esqueci o casaco; pega lá pra mim? no carro liguei do celular** pra Lari, contei o aconticido. precisamos marcar pra comemorar o feito! claro que sim.
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e chegamos á conclusão que de ontem em diante o nome oficial de E. passa a ser E. joselito-sem-loção da S., que onde já se viu ligar pro celular da ex-namorada em pleno sábado oito horas da noite.
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e a noite foi uma delícia: saí com o perna***, fomos num bar e já viu os incríveis? vamos ver? acabamos assistindo closer, sessão de meia noite e quarenta. eu adorei. o perna detestou. aliás, também detestou os sorvetes que eu escolhi pra taça, pra você não dizer que sou chato demais, só o ferrero é bom. então, tá, então, ninguém é perfeito, oras.
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o ano está realmente começando bem :D



* pode ser correto mas é, arrrrgh, horrível falar "pra A. e mim"
** não façam isso crianças; só em casos extremos ;)
*** perna de cobra; já viu uma? então, é isso mesmo. e quase todo mundo tem um perna.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

o tempo passa, o tempo voa e meu ímã pra gente doida continua numa boa. esperando uma cliente atrasilda na entrada do fórum um velhinho de Belém (!) começa a conversar comigo do nada e ainda ficou com aquela conversa mole; eu ali, passê, sem acreditar que o velhinho estava dando em cima de mim; mas passê e blasé, entenda, que nem me abalei e fingi que naaaaada estava acontecendo.
+
diliça esse tempinho fresco em pleno janeiro.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

tá, talvez não seja em estado de choque. embasbacada, talvez. porque as outras pessoas estão doidas-doidas-muito-doidas.
*
faz um favor? faça figa por mim, se você for de figa ou uma oração, se você for de oração.
estou em estado de choque (e isso é bom, espero).

segunda-feira, janeiro 24, 2005

mais do mesmo
sábado estava num típico bad hair day, eu eu quis dizer bad mesmo. de tanto experimentar roupa ficou bad ao cubo. fizemos um trato: ele, el cabelito, tem até junho pra melhorar, que é um tempo muito mais que razoável, sob pena de ser totalmente tosado, estilo joãozinho. e tenho dito.
Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar
Eu cultivo rosas e rimas
Achando que é muito bom
Ela me olha de cima
E vai desiventar o som
Faço-lhe um concerto de flauta
E não lhe desperto emoção
Ela quer ver o astronauta
Descer na televisão
Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Que ela só me guarda despeito
Que ela só me guarda desdém
Mas o tempo vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Se do lado esquerdo do peito
No fundo, ela ainda me quer bem

Essa moça é a tal da janela
Que eu me cansei de cantar
E agora está só na dela
Botando só pra quebrar


Essa moça tá diferente, do Chico, deliciosamente regravado pelo Bossacucanova + Simoninha. não me canso de ouvir. clica lá no site deles que dá pra ouvir um pedacinho de várias músicas, inclusive essa. preguiça de clicar aí em cima? clica aqui, então.

da série ninguém merece
sábado, dois shoppings depois você consegue comprar um vestido de linho branco, leve e longo, bem verãozinho, pra ir no aniversário do marido de sua amiga, que já virou seu amigo também. reunião íntima, amigos chegados, boa comida, bebida, conversa deliciosa. dez horas da noite, você ainda em niterói, lembra que na segunda-feira de manhã tem que atender uma cliente logo cedo no escritório (em são joão). elegantemente se despede dos amigos, dá carona pra uma amiga que mora na vila da penha e volta pra casa. antes de dormir, confere a agenda, arruma a bolsa e organiza sua segunda-feira e quando vê já é meia-noite e meia.
o despertador toca e você nem acredita que já amanheceu, ainda um bagaço depois do final de semana. mas compromisso é compromisso. você levanta, toma banho, se arruma, toma um leite e pronto: oito e meia da manhá de segunda-feira chega no escritório, organiza a mesa, separa as pastas, prazos, tudo. e dá nove, nove e quinze, nove e meia, quinze pras dez. nada da cliente. sem perder a pose, liga pra casa da fofa. a própria atende e dá uma desculpa tão tão esfarrapada que você nem se lembra mais, desmarcando o compromisso.
e você fica com vontade de apertar o pescoço da sujeita que a fez acordar cedo em plena segunda-feira e abandonar o aniversário do amigo pelo meio no dia anterior, isso tudo depois de um sábado estafante atrás de uma roupitcha.
ah, mas a fofa vai ligar de novo.
oh, que desolação; minha agenda não tem mais horário pra ela.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

amiga 1: esqueceu solenemente meu aniversário. no dia seguinte liguei pra ela e não economizei nos verbos; o ultraje maior foi ela ter dito também esqueci o aniversário do E. e a resposta foi à altura, foda-se o E. não quero saber dele e não me comprare àquele filhodaputa, que também sei ser 'fina' assim. situem-se: E. é meu ex. onde já se viu comparar o aniversário da melhor amiga com o de um reles amigo, que mal e porcamente liga pra ela, e ainda por cima é ex da melhor amiga? é, meu bem, demarco meu território muito bem. claro que também perguntei como ela estava, se já tinha marcado a cirurgia pra tirar o cisto do seio (ela deveria ter feito a cirurgia desde fins de setembro). depois disso, não consegui mais falar com ela. Deixei vários recados na secretária eletrônica e na caixa postal do celular e nada. Fiz uma última tentativa essa semana e mandei uma mensagem de texto pro celular dela: neguinha, não consigo mais falar contigo; já deixei milhares de mgs na secretária e no cular. pô, manda pelo menos sinal de fumça pra dizer que está viva. bjus, lu. e recebo isso como resposta: não estou em sp, assim que voltar entro em contato. estava p. da vida c vc pelas coisas que me disse depois do teu niver (...). nas reticências tem o dia da cirugia e o novo telefone da mãe dela.
vamos lá: você é amiga da sujeita há pelo menos vinte anos. e ela sempre foi sua melhor amiga. ora, pílulas, se está brava comigo por que raios não passa a mão no telefone, me liga, me xinga e resolve logo isso? veja bem, não vou pedir desculpas, não me arrependo de nada que eu disse -- e eu não disse nada demais. e fazer doce comigo é algo que não adianta. ô, como sei ser tinhosa e cabeça-dura. mas não é esse o ponto; o que eu espero das minhas amigas é sinceridade, lealdade. que tinha alguma coisa estranha eu sabia. ainda que o celular tivesse doido e não registrasse minhas chamadas, havia as mensagens na secretária eletrônica. estou tão desapontada mas tão-tão que ela nem imagina.
+
amiga 2: ontem à noite o telefone toca; lu, saí com um cara ontem e dormi com ele; a gente usou camisinha e tal, mas hoje estava fazendo as contas e acho que estou no meu período fértil e.. nem a deixei acabar de falar, postinor 2. peraí, vou anotar. agora me conta a história toooooda, quem é, o que faz, conheceu onde. ah, ele estudou lá na faculdade. como assim, bial? você não deve lembrar dele, ele estudava à noite... aí ela me disse que fez um curso e o fofo era da turma; o tempo passou e ano passado, em maio, se reencontraram na rua por um acaso e desde então têm saído mais ou menos uma vez por mês. olá, estranha, foi a reação que consegui esboçar. ah, lu, não tem nada demais por isso que não contei nada antes. mas... foi a primeira vez que você dormiu com ele? não. carácoles, a amiga 2 sabe e pergunta de um tudo e eu conto! sabe coisas que até deus duvida, inclusive aqueles detalhes meio sórdidos, sabe? e está saindo com B, o fofo, há mais de meio ano e ninguém sabe de nada! e depois ainda lembrei que há umas três semanas saímos eu, ela e H, amiga nossa também, e surigiu esse assunto de já saiu com alguém da faculdade?. com seis anos de formadas nas costas tivemos que parar e fazer força pra lembar quem, onde, quando. lembrei de dois, H. de um. amiga 2 jurou que nunca saiu com ninguém. o que passa pela minha cabeça: eu sou amiga dela mas ela não é tão minha amiga assim, no final das contas.
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a pior parte da história e ficar tendo sonhos com as duas essa noite toda e acordar moída. sair cedo pra comprar o bendito ar-condicionado e acabar com meu suplício no escritório e na volta discutir com meu pai. sempre tivemos brigas, uma relação de cão e gato. quando tinha uns 20 anos achei que tivesse sido assim por causa da adolescência, já que adolescentes tendem a problematizar e exagerar muito tudo. com pouco mais de vinte e cinco tivemos uma briga realmente feia e fiquei sem falar com ele um ano. agora com quase trinta vejo que a idade nunca foi o problema, o problema somos nós mesmos.
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tô me sentindo o côco-do-cavalo-do-bandido; na verdade, algo bem mais baixo que isso.
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resumo da ópera: preciso me reinventar.
tô bege com minhas amigas.
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sabe aquela sensação adolescente "como assim, bial?" ou parem-o-mundo-que-eu-quero-descer? pois é. aguardem os próximos capítulos, que já estou atrasada -- e hoje é sexta-feira.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

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pre-ci-so comprar um livro que não acho em lugar nenhum, tsc.
      
não me reconheço mais: resisiti bravamente a brigadeiro com banana no fim de semana (assim, ó: Camila fez um brigadeiro um pouco mais mole que o normal; enquanto isso Alexandre cortou bananas em rodelas em umas taças; depois as pestes cobriram as bananas com o brigadeiro mole e ainda tiveram a petulância de me oferecer e insistir pra eu comer!); segunda e hoje almocei num restaurante que tem umas sobremesas divinas e... também resisit! nada de pudim de clara ou cuca de banana ou cheesecake com framboesa ou um rocambole magavilhoso de chocolate meio amargo e branco.
      
mereço uma medalha :D

terça-feira, janeiro 18, 2005

a revolta das máquinas: o computador enlouqueceu; o aparelho de ar condicionado da minha sala chegou a ir pro hospital mas não teve jeito: mór-reu; foi um bravo guerreiro, descanse em paz; a impressora, bem, só funciona se for comigo porque tem que mandar imprimir, ligar e desligar pra ela funcionar (você não entendeu? tranqüilo, nem eu sei como a entendo); além disso, semana passada ficou uma folha engastalhada nela, fui puxar e quebrei uma peça...
vou ser obrigada a gastar aos tubos pra normalizar a situação. como diria o esquartejador (ui, essa foi podre) vamos por partes. primeiro o ar, que não dá pra trabalhar no calor senegalês dessa terra sem o bicho -- que ainda por cima custa os olhos da cara no verão; depois a impressora; se não precisar vender a alma, quem sabe, o computador.


editado pra acrescentar: e como esquecer? a faxineira quebrou o rodízio do gaveteiro e não me contou, claro; preciso de um novo arquivo pras pastas suspensas. alguém tem uma moedinha pra ajudar uma pobre moça desesperada?

segunda-feira, janeiro 17, 2005

You're a Cappucinno.
You're a Cappucinno!


What Kind of Coffee are You?
brought to you by Quizilla


[pescado aqui]


tá, dou o braço a torcer. essa foi a volta dos que -- ainda -- não foram. navegando aqui e ali, respirando fundo e tomando coragem pra encarar o batente de novo.
pequena anotação mental: antes tarde do que mais tarde.
*
vocês já sabem que o computador anda às turras comigo, funcionando e desligando quando quer, incluvise no meio das petições e das pesquisas. um terror.
*
aí fico cada vez com menos vontade de blogar :/
*
e os e-mails se acumulam, os comentários ficam sem resposta. estou um desastre.
*
então eu fiz uma prova ontem. e meu moral está lá no dedão do pé. isso é jeito de começar a semana?
*
quando estiver mais animada eu volto. cuidem-se.

sábado, janeiro 15, 2005

crianças, o computador tem vida própria e conspira contra mim.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

estou tão sem paciência que até me assuto. e nem tem mais a desculpa-que-não-é-desculpa da tepeême.
~
ah, um showzinho pra relaxar não é má idéia. talvez sexta, talvez.
~
ontem teve missa de formatura da tati, na candelária. lindo. e hoje é dia de colação. oba.
~
dois quilos a menos em uma semana. e começamos o ano bem :D
~
não se deixe enganar pelo méqui-donaudi: o iogurte é uma delícia, com aquelas framboesas e morangos picados levemente congelados por cima e lá no fundo do pote. mas é ultra calórico e engordativo. um mísero iogurte méqui tem, pasme!, 9 n-o-v-e pontos. acredite, é muita coisa. pra ter uma idéia, a casquinha de baunilha tem 5 pontos. ainda tem alguma dúvida? olha como tudo é absurdamente calórico aqui.

terça-feira, janeiro 11, 2005

crianças, fiquei sem internet esses dias. quem tem Camila e Alexandre como irmãos e é cliente velox não precisa de mais nada pra dar problema :(
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mea culpa: sei que estou devendo respostas de e-mail e comentários. até o fim da semana tudo fica em dia.
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a semana está corrida, louca e, não fosse por hoje, boa.
~
o não-fosse-por-hoje: levei vovó pra fazer exame. o laboratório lotado, aguardamos um pouco o atendimento, logo depois, o exame propriamente dito. e ela desde quando chegou com aquela cara de c*, de quero-ir-embora-já-correndo-agora. fingi que nem vi. a atendente informa que o resultado sai em uma hora. claro que sempre demora mais um pouco. macaca velha que sou, fui equipada com um livro que não consigo acabar de ler nunca e duas revistas. li as revistas, o livro fica novamente pra depois. vovó fez mal-criação pras moças da recepção, pra mim, reclamou em voz alta. tive vontade de cavar um buraco e me enterrar viva dentro dele. não me pegam mais pra cristo, mas não mesmo.
~
por vias tortas, ainda tenho a lembrança do fim-de-semana: suave, agradável e inesperado. sábado nublado e esquisito que desabrochou em noite estrelada num quiosque [lotado :( ] que adoro na lagoa, amigos, conversa, comida. domingo de trabalho, e quem disser que advogada tem vida mansa eu perco a linha, mas com intervalo para almoçar com minha prima que estava tristinha, tadinha. meia-tarde de cólica e conversas bobas depois, chuva. e dois, d-o-i-s DOIS arco-íris* lindos! pronto, estava novinha em folha pra enfrentar a semana.


* nunca fui boa em plural de palavras compostas. algúem se arrisca?

sexta-feira, janeiro 07, 2005

meus amores, se vocês estão de férias, não importa onde, poderiam me fazer um favor? mas é um favor daqueles grandes, enormes. seguinte: a-pro-vei-tem muito, tudo o que puderem. daria o dedo mindinho pra estar aí, de pernas pro ar na rede da varanda, ou fazendo rafting, ou enrugando no mar sob o sol, ou tirando uma sesta depois do almoço, ou, bem, não importa. vocês não tem idéia do que é precisar desesperademante de férias e não poder gozá-las. entendam como quiserem.
~
agora dá licença que o fórum me chama.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

não quero lembrar de mais nada. por isso esse post foi apagado às 10h46min.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

o que desanuvia tudo isso
primeira semana do ano e ainda não teve um dia sequer que você conseguiu chegar cedo no escritório. tá, o escritório é seu, você trabalha sozinha e tal mas isso não é desculpa. e há os prazos pra sexta-feira. mesmo assim, não perde a fé e vai dirigindo com cautela rumo à labuta. sinal vemelho com uma antiga kombi branca parada na sua frente, com placa de uma cidade vizinha. sem ter nada pra fazer além de esperar o bendito sinal abrir e você poder seguir seu rumo, fica procurando distração e eis que se depara com um giga adesivo colado no vidro traseiro da tal kombi: sabe aquelas placas vermelhas octavadas de pare? então, dentro dela está escrito:


SEXO
grátis
AMOR
à combinar


e está escrito nessa proporção mesmo.
depois dessa frase tão profunda, de uma culta sabedoria ancestral você segue feliz, fazendo uma pequena prece de agradecimento por ter vizinhos tão inspirados.
e rindo, claro.
depois de dias de tensão, cabeça explodindo, preocupação etecétera e tal lembro que isso tudo está severamente agravado por uma tar de tepeême.
alguém aí na platéia já ouviu falar?
o melhor do casamento de viriato e duda não foi o pai deixá-la na porta de igreja, nem o desmaio da mãe, tampouco as gafes dos ferreira da silva ou o celular tocando e interropendo a cerimônia ou os convidados grã-finos indo embora, nada disso
abre parênteses
que casamento animado, vixe. por isso que levou mais de dezoito horas pra ser filmado
fecha parênteses

então, o melhor do casamento foi o são nunca. Ou vai me dizer que você não reparou que o padre é o são nunca?

terça-feira, janeiro 04, 2005

eu aqui tagarelando sem parar tendo muito trabalho pra fazer. tô tão tensa que mal consigo mexer os ombros. não parece que fiquei dez dias sem pisar no escritório e sem pensar em trabalho.
carnaval, favor chegar logo.
mundo estranho o dos sonhos. tenho sonhado com pessoas que não, digamos, conheço. porque a pessoa tem um blog; se eu deixasse comentáiro por lá já haveria divergência quanto ao 'conhecimento'; sem nunca, nunquinha ter deixado mensagem então...
~
ainda no estranho mundo dos sonhos: sonhei que meu ex(?)-amigo-de-virilha havia sido eleito prefeito de uma cidade pertinho daqui. eu descobria no dia da posse.
~
pensando bem, estranho mundo é um nome bacanudo pra um blog; dá pra brincar com o duplo sentido, as possibilidades de interpretação: mundo estranho ou eu que estranho, do verbo estranhar mesmo, esse mundo.

[atualizado: já existe pelo menos um finado blog com esse nome]
vovó contou, rindo, que E. (a nova empregada) é minha, hã, fã. os motivos: ah, ela me trata tão bem, nem parece que sou empregada; e é tão educada também, caseira, se preocupa com a senhora*. não gosto quando dona Nadia** briga com ela. ela não merece, coitada. eu já estava rindo muito quando veio a pérola: . quando minha filha crescer quero que ela seja assim. No que vovó emendou eu não falei, que não sou tola nem quero deixar E. triste, mas pensei: 'mal sabe que minha neta é um cavalo vestido, exatamente como eu'.
~
vovó sabe das coisas.
~
e agora antes de E. chegar vovó sempre pergunta rindo ué, sua fã ainda não chegou?. e ficamos as duas rindo.

* a vó.
** dona Nadia também é conhecida como minha mãe
.
ironia
a primeira leitura do ano foi sobre o amor.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

shopping ainda com enfeites natalinos, tão sem sentido.
~
tem ano que os espíritos baixam em mim -- o de natal e o de ano novo. dessa vez, nem sombra.
~
no lugar do tradicional post esperançoso de blábláblá de início de ano, damos prosseguimento à nossa programação anormal.