casa da lulu: julho 2004

sexta-feira, julho 30, 2004

Crianças, por motivos de força maior, declaro: moro em Belford Roxo, no RIO DE JANEIRO. Não sou paulista, nunca morei em São Paulo (embora fosse à sumpaulo com bastante freqüência). Sou iguaçuana*, já que iguasuína é piadinha interna. E é terminantemente proibido a qualquer pessoa de outra cidadalidade -- é que falta a palavra pra quem nasce em outra cidade -- fazer qualquer tipo de piada a respeito. Nem tentem.

* quem nasce em Nova Iguaçu, cidade coladinha

quinta-feira, julho 29, 2004

Bons relacionamentos são [como] calcinhas de algodão sem costura.

[em homenagem à Marcelo Ming]
Essa moça está de férias. Passou quinze dias no Rio. E nem me avisou. Só soube que ela tinha vindo ao Rio quando já havia voltado pra Brasília.
A desculpa: Lu, eu até pensei em avisar. Mas aí enfiei na cabeça que vc morava em São Paulo e não no Rio de Janeiro e fiquei com medo de passar por louca. Desculpa...
Acho que eu sou responsável por essa confusão. Quando namorava vocês-sabem-quem* passava todo o tempo possível em São Paulo e vinha ao Rio trabalhar (isso sim que é inversão de valores. Mas já é assunto pra outro post discutindo questões existencias e não estou disposta agora).
Resumindo: só a desculpo porque ela é ela :)

* preciso parar com essa mania de chamá-lo de você-sabe-quem. Parece coisa dos livros do Harry Potter. Ele tem nome. E não tem mais motivo pra não querer falar o nome dele. Só que o uso do cachimbo faz a boca ficar torta, cáspita. E a minha tá assim, tortinha, tortinha.


Meu irmão, sem noção e sem ter nada pra fazer, tirou várias fotos minhas, do meu cabelo descabelado, das minhas olheiras e do maior-casaco-azul-do-mundo hoje de manhã.

Ctrl + r: a máquina é tão xexelenta, mas tão tão, que esse é o resultado final da foto.
Então, o fotolog (sem link, em sinal de protesto) não carregava nem com reza forte, não conseguia atualizar, uma zica. Cansei. Troquei pelo buzznet. O novo endereço é esse aqui.

quarta-feira, julho 28, 2004

Ou estou mais desligada que de costume ou estressada à enésima potência. Não consigo lembrar de coisas simples: não sei se tomei as bolinhas da homeopatia de manhã; se fiz as ligações que precisava; se realmente li aquele artigo ou se foi sonho.
Falando em sonhos, hoje tive um sonho tão estapafúrdio que acordei envergonhada. E espero que realmente tenha sido sonho.
A reguinha preta apareceu hoje de manhã por um acaso. Estava embaixo do estojo, veja só. Lá não é o lugar dela, menina malcriada. Achando que havia uma luz no fim do buraco negro, felicidade. De dois minutos. Entra mamãe no quarto. Viu aquele anel com pérola que vocês me deram de aniversário no outro ano? Não, mãe. Mas procure aí. E nada. Minha tristeza aumentou quando dei conta que um cordãozinho de ouro também sumiu.
Aí a gente pensa o óbvio ( a empregada ou a faxineira) e isso é horrível.
Preferia o buraco negro.

terça-feira, julho 27, 2004

Primeiro sumiu Perdas & Ganhos sem que tivesse dado tempo de ler uma linha sequer. Semana passada seqüestraram o Dalai Lama e sequer houve pedido de resgate (e só umas 40 páginas lidas, tsc). Ontem foi a vez da minha reguinha preta desaparecer.
Meu quarto é um buraco negro.

domingo, julho 25, 2004

Lindo esse ensaio fotográfico Off Flip Paraty [é assim que Sergio Fonseca, o autor, o chama]. E você ainda pode enviar as fotos [de uma delicadeza ímpar] como postais.
E tem mais. Passe lá.



[pescado aqui: Carambolices]
No inverno, os dermatologistas recomendam banhos apenas mornos, rápidos, com pouco sabonete pra não retirar o manto hidrolipídico (é isso mesmo?) da pele e, depois desse banho de gato, muito hidratante no corpo e um específico pro rosto.
Todos os dermatologistas devem morar em Natal, onde faz sol e calor praticamente todos os dias do ano. Talvez no Caribe. É isso, moram por lá e dão entrevistas e e realizam suas consultas por video-conferência. Ah, porque se morarssem aqui, com a temperatura meio dia na casa dos 18° (meio dia, zeus, meio dia!), iriam mesmo é tomar um bom banho quente-fervendo-pelando por meia hora, sem coragem de fechar o chuveiro e sentir congelar-se; ainda mais depois de lavar o cabelo. Me sinto no Canadá. Quando estive lá, o termômetro marcava -30° e pensei que nunca fosse sentir frio igual. Claro que no hotel e em todos to-dos os lugares têm um puta sistema de calefação, mas na rua o bicho pega. Por isso o comércio em Ottawa funciona em ruas subterrâneas, como um shopping gigante à céu coberto e com algumas ruas dando acesso direto ao metrô. Mas aqui não é o Canadá. Extamente por isso, não há nenhuma infra-estrutura no Rio de Janeiro pra temperaturas abaixo dos 22°.
Só me resta o conforto de meia hora de água fervendo pela manhã mais meia hora de água pelando de noite. Impossível ficar sem roupa pra passar hidratante no corpo; é uma questão de escolha, claro: ou passo hidratante e a pele fica linda, linda e morro de hipotermia ou fico que nem um maracujá de gaveta bem quentinha. Sem chance, hidratante; passe amanhã.
Meu rosto parece que saiu do forno: fica num tom de rosa, quase vermelho, pele repuxada querendo escamar, um horror.
Mas um horror quentinho, aquecido e feliz.

sexta-feira, julho 23, 2004

Ontem de manhã cedo, sol querendo sair, fui lá fora pra recarregar o cartucho da impressora (porque depois que inventaram isso nunca mais comprei cartucho original; e ainda tenho a cara dura de imprimir no modo econômico). Um pouco depois da esquina encontro um vizinho e bom dia pra lá, tudo bem pra cá, ah, ainda tô te devendo aquele vinho, né?, ele diz: nossa, você está linda, maravilhosa!
Pre-ci-so encontrá-lo todos, rigorosamente todos os dias de manhã e ser elogiada assim.
Se você ainda não tem um vizinho gay, quérida, trate de providenciar.
como o yaccs se recusou a ficar por aqui, instalei o haloscan. Quer dizer, tem a opção de instalação automática e foi essa que eu selecionei. Os comentários do blogger sumiram -- é um misto de alívio (é um sistema de comentários horroroso) e pena já que havia comentários nele.
Se você tiver algum problema pra comentar, por favor, me avise: casadaluluARROBAglobo.com

quinta-feira, julho 22, 2004

+ A chuva parece querer ir embora, mas anda indecisa. Já choveu, fez sol, céu azul, choveu, fez sol, céu azul, choveu, fez sol, céu azul. E um frio da porra nessa cidade.
- Estava imprimindo uns arquivos e a tinta da impressora, é claro, acabou no meio.
+ Conseguiram consertar o vazamento da tubulação pelo corredor, sem precisar quebrar a cozinha.
- Esse sistema de cometários do blogger é xexelento que só, mas não consigo recolocar o yaccs, tsc.
.

estava cansada do leiauti. Entrei no blogger, escolhi outro e [tentei] fazer umas modificações. Ainda não está como quero ( e está igual ao seu Lulu, desculpe).
Aceito sugestões. Alguma alma caridosa pra me ajudar com html? Alguém?
Se eu tivesse bebido pelo menos um dos setecentos e noventa e seis choppes no domingo (o do giga post aí debaixo) ainda iria estar bêbada. E juraria de pés juntos que tinha me mudado pra São Joaquim, que nunca sei se fica em Santa Catarina ou no Rio de Grande do Sul (preguiiiiça de perguntar ao oráculo), de tanto frio que tem feito.
*
Não gostei de postar via e-mail. Se tem acento, cedilha ou coisa que o valha, o post fica todo esquisitão (é só olhar aqui pra baixo).

quarta-feira, julho 21, 2004

1, 2, 3, testando...

Vejamos: pra postar via e-mail Ã�© preciso entrar na web, acessar o provedor
do mail e escrever a mensagem. DÃ�¡ menos trabalho entrar no blogger.
De qualquer forma, deixe-me ver se isso funciona.

Não temas o progresso lento, receie apenas ficar parado.
Sabedoria Chinesa [roubado daqui]
O que é Mary Jane Watson dizendo pra Peter Parker Go there, tiger?!?
Anotem o novo mail: casadaluluARROBAglobo.com [você coloca @ no lugar de ARROBA; é uma singela tentativa de espantar os spammers].

terça-feira, julho 20, 2004


conflitos
Às vezes tenho dificuldades em começar a contar uma história. Depois do começo, fica fácil. E está difícil começar. O ponto na verdade é: começar por onde?
Antes de tentar: escrevo o nome de algumas pessoas por aqui; outras não. A escolha é um tanto aleatória mas nem tanto assim (confuso? bem vindo, minha vida é assim). Do de outras não, só coloco as iniciais ou a inicial pelo qual a/o chamo. E geralmente quando acontece de só colocar a inicial se se tratar de alguém que em algum momento foi, digamos, íntimo de alguma forma ou o que estou contando é constrangedor e também tenho um leve [e nem tão leve assim] receio que a/o fulana/o acabe parando aqui. Nem sei ao certo porque faço isso já que alguns de meus amigos reais até sabem que tenho um blog, mas não sabem o que é um blog, nem fazem a mais pálida idéia do endereço aqui de casa (ou então me fazem de boba e leêm tudinho aqui, vai saber; mas não está na hora de tecer teria da conspiração a respeito).
Voltando a início da histporia que ainda não começou (e não gosto de posts longos, são consativos pra ler; e já sei que esse vai ficar gigante)
Meu irmão tem um amigo, o T. Nós o conhecemos desde que ele tinha uns 6 anos. T. e família se mudaram mas a amizade do meu irmão com ele (T.) e o irmão (H.) continuou. T. é divertido, tem umas histórias surreais e num [para mim] longíquo passado ficamos. Detesto ficar mas não tem outro termo, ficamos. Eu tinha 21 e ele, 17. Porque além de tudo ele é mais novo que eu. Não rolou nada demais. Só que uns dois dias depois recebi um telegrama, não lembro direito o que estava escrito; ele dizia não sei com quais palavras que tinha sido ótimo e que adoraria ter opotunidades que acontecesse o acontecido mais vezes. E assinou o telegrama com o sobrenome; e pelo que estava escrito nem dava pra ter dúvida. Quase morri; pra mim não tinha sido nada demais, embora tenha ficado ligeiramente sem graça no dia seguinte. Mas aquele sem graça de legal-ontem-mas-acabou-né? Minha prima (na verdade amiga-mais-que-irmã) estava aqui em casa no dia do fico (e ficou com o meu irmão, mas isso era normal naquela época) e o despistou pra não sacar que eu estava com T. Não por mim, mas por T., que ficou com receio dele não enteder nada. Não lembro mais detalhes do que aconteceu logo depois, só sei que T. queria namorar e eu não. Fui o mais delicada possível, embora seja sempre horrível dar e levar um não. Ainda mais quando se tem carinho, afeição, amizadade pela outra pessoa.
O tempo passou, meu irmão e T. ficaram um tempinho afastados porque Alexandre (irmão) estava noivo de uma menina que não gostava de T. e a recíproca era verdadeira. Não vou nem entrar nessa história, que é comprida e confusa e não vem ao caso. Aí Alexandre terminou o noivado, namorou outra menina, ficou noivo de novo de uma terceira, ficou sozinho, namorou outra-outra e T. esteve namorando a maior parte do tempo uma mesma menina ciumenta uma vida toda. Eu sabia dele de vez em quando e ria com as histórias da ciumenta, uma louca de pedra.
Enfim, os dois na pista, voltaram a sair juntos e T. fim de semana sim outra também dorme aqui em casa, no quarto do meu irmão.
T. sempre me chamava pra sair com eles, mas eu sentia que ele queria que rolasse alguma coisa e sempre me esquivava com umas desculpas esfarrapadas e com outras desculpas nem tão esfarrapadas assim. Manhãs de domingo o bom dia dele são beijos no meu pescoço e umas outras gracinhas do tipo quando ninguém está vendo, por ele não é burro, entendam.
Esse fim de semana eu não consegui escapar.
Sábado teve festa junina na casa de H., irmão de T.. Não fui na festa, mas arrumei T. e Alexandre, os pintei (aqueles cavanhaques e costeletas de lápis para olhos, sabe?), coloquei gravata com caixa de fósforo, chapéu de palha e dei as toalhitas com demaquilante, caso quisessem tirar os enfeites e ir pra outro lugar.
E desde sábado que só chove nessa terra. Domingo vimos Matrix Revolutions no dvd (sem links, se não nunca vou conseguir acabar de contar). Lá pelas quatro da tarde meu irmão não queria mais ficar em casa, vamos ao cinema. Que tal Homem Aranha?(sem links idem). Fomos: eu, Alexandre e T.
Ingressos comprados, fomos lanchar. Eu jantei, T. e meu irmão lancharam e beberam uns 2 chopps cada. Meu irmão foi ao banheiro, T. estava sentado na minha frente, pegou minhas mãos, ficamos conversando e eu, burra, fui dando trela (sim, meninos, dei trela. Podem me tacar pedra, que eu mereço). Só pensava, ou melhor, não pensava era na-da, mas sabia que não teria pra onde correr.
No cinema, Alexrandre e T. com mais 2 chopps cada, se revesavam pra ir ao banheiro durante o filme. E estávamos sentados no meio da fileira, nem sei como não tacaram pipoca nos dois. Numa das idas do meu irmão ao banheiro, o inevitável. E na ida seguinte a mesma coisa.
Na saída do cinema, fomos pra fila pagar o estacionamento, que ninguém tinha lembrado antes. Meu irmão foi procurar um outro guichê e ficamos T. e eu na fila. Ele me perguntou será que ele percebeu? Não sabia e não sei; não tenho problemas com isso (eu não falei isso; pensei, apenas pensei).
Aí veio a bomba: É que ele não ia entender o que sinto por você.
Fiquei atônita, olhando fixamente prum ponto no infinito, no meio do nada, rezando pro meu irmão voltar logo, pra eu ter sonhado tudo aquilo, pra eu ter bebido setecentos e noventa e seis choppes e estar tão bêbada a ponto de ter alucinações. Mas estava totalmente sóbria, totalmente acordada e não foi alucinação. Então continuei olhando pro ponto no meio do nada e pensando como assim "o que eu sinto por você", cara pálida? não sinta nada, por favor. Meu irmão voltou logo, amém, e fomos pro carro.
Eles queriam parar num barzinho, mas já eram umas onze e meia da noite e ontem (segunda) além de trabalhar, tinha audiência pra fazer. Estava no meu limite de horário.
Me deixaram em casa e entraram pra ir banheiro (lembram dos choppes?). Meu irmão saiu na frente (é eles saíram de novo) e T. foi no meu quarto falar comigo: quando voltarmos eu posso vir no teu quarto? Não. Não posso? Não, claro que não, menino. Enlouqueceu? Tá bem, mas eu volto. Espero seu irmão dormir e venho aqui Não, não e não. Venho sim. E saiu.
Enlouqueci. Fiquei nervosa, sem sber o que fazer. Não queria, sabia que não. Milhares de motivos: o menos importante, mas não tão desprezível motivo assim: meus pais estavam em casa e se um deles acordasse e fosse no meu quarto... isso nunca acontece, é verdade, mas vai saber. A lei de murphy não foi criada à toa. E com quase trinta (é, vinte e oito quase vinte e nove é quase trinta) não tem nada mais patético que um garoto que não é meu namorado, que eu não quero namorar e não quero nada, enfim, na minha cama queen no meio da noite fazendo só ele[menino] imagina o quê.
Tomei banho e pensei em ligar pra Lari, sei que ela dorme tarde e que aconselharia ao óbvio. Já tinha decidido dormir com a porta do quarto trancada, só queria a confirmação que isso não era piração da minha cabeça ou síndorme do pânico e sim o mais sensato. Mas já era mais de meia noite, eu precisava acordar cedo e não sabia se ela estava em casa ou não.
Não sei se ele tentou ir no meu quarto ou não, dormi.
Mas fiquei com bendita frase na minha cabeça. E fiz logo uma lista de prós e contras. Só enchi a dos contras, que a dos prós ficou vazia de fazer eco. Fiquei lembrando do astrólogo e o xingando baixinho.T. não. T. não, ouviu bem? T. é mais novo, amigo, íntimo e pelo listado até aqui, impossível algo mais que uns beijinho. Sexo, nem pen-sar. Não dá. Seria quase um incesto. É mais novo, baixinho, braquinho (listei tu-do, avisei. Até essas coisas não-importantes e solenemente ignoradas quando estou interessada/apaixonada). E tão grave quanto o incesto, T. não sabe o que quer da vida. Não faz nem fez faculdade, não tem planos pro futuro, nada. Não tenho mais estrutra pra alguém assim. Cansei. Agora quero um homem HOMEM.
E ontem fui no escritário da Lari, conversei com ela, e ela concordou com minhas ponderações. Depois que cheguei ligauei pra The. Não falava com ela há mais de uma semana, soube das novidades, contei o que aconteceu e ela acha que estou histérica; à toa. Até parece que você está escolhendo marido. Relaxa, Lu.
Ah, sim. Ontem saí pra trabalhar logo cedo, de fininho. Hoje ligou uma prima de T. pra cá procurando por ele. Meu irmão disse que ontem T. foi pra casa da tia e depois ia pra casa da Shirley, Sheila ou sei lá o nome da menina quase-namorada ou coisa que o valha. Aí desencanei de vez.
Aí lembrei do astrólogo de novo, você vai achar que é um e provavlemtne vai ser outro.
E ainda não sei ao certo porque contei tudo isso aqui, com tantos detalhes.
Giorgia, estou te devendo um e-mail sobre seus cometários. Até amanhã a correspondência fica em dia :)
E feliz dia do amigo.
dúvidas, acontecimentos, coisitas pra contas e sem tempo pra escrever.

sexta-feira, julho 16, 2004

Saudade de tanta gente bacana que já conheci e por motivos variados perdi contato; saudade de lugares; saudade de cheiros; saudade de toque.

Dá licença que vou ficar quietinha ali no canto esperando a saudade passar.
caçula
Camila: Quem disse "fi-lo porque qui-lo"?
Eu (lembrando do nome de todos os presidentes com jota em menos de dois segundos, Jango, Juscelino, tudo, menos o dito): É aquele presidente da vassoura. (finalmente lembrei) O Jânio Quadros.
Camila: Ué, ele era bruxo?


E eu me senti com duzentos anos.
... então eu estava calmamente vendo o andamento dos processos(e o velox numa calma que só mesmo muito valium pra ser lerdinho assim) e de repente, não mais que de repente, a página do tribunal sumiu.
Vamos combinar que sexta-feira quase cinco da tarde só é hora de acompanhar a esbórnia e nada mais.
+ A semana foi passando e meu humor foi melhorando.
- Estou seguindo à risca o tratamento homeopático; agora alterno: tem dia que espirro (pouco é verdade) e dia-sim-dia-não tenho cólicas. De acordar no meio da noite com cólica e piriri. E levantar, ir ao banheiro, tomar banho e perder o sono. E ficar rolando na cama e acordar um bagaço e na noite seguinte acontecer a mesma coisa.
+ Dias lindo, de céu de azul tão azul que quase dá vontade de chorar.
Historieta recebida de uma amiga, via e-mail:

O CEGO E O PUBLICITÁRIO
Dizem que havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia:
"Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário, da área de criação, que passava em frente ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora. Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu:
-Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras.
Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia:
"Hoje é Primavera em Paris, e eu não posso vê-la".
Mudar a estratégia quando nada nos acontece... pode trazer novas perspectivas.

quarta-feira, julho 14, 2004

Às vezes eu me supero: sonhei que depois de trabalhar honestamente o dia inteiro, durante umas três horas depois do expediente era puta. Não dessas de beira de estrada, era uma coisa fina, elegante (se é que isso é possível se tratando de putas). O lugar do sonho era bem bonito e só lembros dos clientes (?) chegando e não do serviço propriamente dito.
Onde está Freud quando mais preciso dele?

terça-feira, julho 13, 2004

Amarga como jiló.
Ontem não deveria sequer ter levantado da cama. Não consegui resolver na-da, nem as coisas mais simples. Fiquei de mau humor por causa disso e com a sensação de tempo perdido (ainda mais porque sei que o que não consegui resolver foi por pura burrice, estupidez, essas coisas). Fiz uma auto-crítica -- pra não enlouquecer de vez -- e aprendi como fazer e também como não fazer. Mas sou perfeccionista, não me permito errar. Conseqüência: dor de cabeça, nas costas, nos ombros. Tensão. Saco.
E também parei pra fazer as contas das contas. Aí mesmo que o mau humor atingiu níveis nunca d'antes imagináveis.

segunda-feira, julho 12, 2004

bolinhas
O astrólogo me sugeriu tratamento com homeopatia unicista pra aliviar a tepeême e fazer um trabalho preventivo pra algumas outras ziqueziras. Tenho plano de saúde e lá até tem homeopatas mas eu, ignorante que só, nem sabia que havia divisão na homeopatia e quiçá sabia o que significava um homeopata unicista. Nessas horas nada como ter um oráculo. Digitei lá homeopatia unicista e pronto. 946 páginas, a maior parte delas em espanhol. Até que caí aqui. Instituto Hahnemmaniano do Brasil, Rua Frei Caneca, 94. Pelo endereço pensei que fosse ali no HemoRio, no anexo (?) do Souza Aguiar. Na verdade é da UniRio. Liguei, marquei e depois remarquei a consulta (da primeira vez tive que fazer uma audiência, esses imponderáveis da vida). O detalhe é que é baratésimo: 8 (é, o-i-t-o) dinheiros se é primeira vez e 6 (s-e-i-s) dinheiros se é qualquer outra vez.
A consulta foi quinta-feira passada. Nunca tinha ido a um homeopata. No caso, uma homeopata. Além das tradicionais qual sua queixa principal? e como você veio para aqui?
(o parêntesis é necessário: expliquei pra ela que eu iria virar motivo de chacota pra classe médica carioca; ela fez cara de paisagem; aí tive contar a história do astrólogo, com deltalhes e não resumido como está ali em cima; ela fingiu, é, fingiu que não estava ouvindo aquilo, que tudo o que eu falei era o mais corriqueiro e normal possível. É, descubro que não só os advogados têm histórias fantásticas pra contar... e eu ainda nem acredito que tenha tido coragem de contar a verdade. Poderia ter inventado uma história bonitinha que não me comprometesse: tenho uma amiga que cursa medicina aqui -- e isso é verdade -- e ela me sugeriu marcar uma consulta -- e isso é mentira).
Aí ela me disse que não é unicista. Mas na internet (também não ia dizer assim de cara que tem oráculo por aqui) dizia unicista. (e depois conversando com a farmacêutica de lá descobri que há homeopatas unicistas também atendendo por )
Voltando à consulta: ela me olhou com cara de paisagem com a minha historieta tão butininha acima e ela me vem com umas perguntas surreais. Respondi no melhor estilo "tô bege": o que você gosta de comer? doce? salgado? amargo? ácido? você é mais sozinha ou mais acompanhada? tem namorado? seus pés são frios? e as mãos? é feliz? é mais tímida ou extrovertida? dorme bem? bebe água? sente sede? como são suas fezes? e a urina, é normal? e mais um monte de outras perguntas esquisitas que não lembro agora.
Tudo devidamente respondido e todas as queixas listadas, vem a hora da receita. Pras suas queixas principais (ou seja, tepeême e rinite). Quatro remédios pra tomar, alternadamente, aos domingos, por dezesseis domingos; são uns pózinhos* pra colocar debaixo da língua em jejum. E o jejum da homeopatia é jejum mesmo: antes de tomar café, beber água ou escovar os dentes. E depois do pózinho aguardar meia hora pra fazer qualquer coisa que envolva a boca. Às segundas, quartas e sextas têm o medicamento, digamos, número 5 de manhã e o número 6 de noite. Às terças, quintas e sábados têm o número 7 de manhã e o número 8 de noite. E há ainda o número 9: SOS cólica (a médica escreveu isso na receita, juro).
Fiz a pergunta clássica: posso mandar fazer em qualquer farmácia de manipulação? Claro, desde que seja farmácia homeopática. E onde eu acho uma? Aqui dentro, ali depois da cabine do vigia.
Por cinqüenta e um dinheiros e uns poucos centavos, sábado fui buscar os nove remédios na farmácia escola da UniRio. Acredite, se tivesse mandado fazer em qualquer outro lugar teria ficado mais de 200 dinheiros tranquilamente.
Depois que peguei os remédios, ainda procurei o o número 130 da rua Frei Caneca, que descobri que meu bisavô morou lá (e mais em vários outros endereços, até sossegar na Penha). Hoje está desfigurado, tem um muro branco enorme (e é do lado da UniRio, vejam só) mas deu pra ver um pedacinho de telhado com telhas de barro, no que parece ter sido uma vila. Fiquei pensando no vô José andando ali, pelas mesmas ruas que eu, vivendo tão perto e tão distante ao mesmo tempo.
Enfim, ontem tomei o tal pózinho. E essa noite tive cólicas, a noite toda. Acordei com uma dor de barriga, típica de quando tenho cólicas. Já havia lido que é uma reação normal em algumas pessoas que fazem tratamento homeopático, primeiro os sintomas se acentuam e depois eles somem.
Hoje tomei as bolinhas no número 5. Vamos ver.


* sei que não tem acento em pózinho; é que pózinho sem acento é muito esquisito, não gosto.
a grande família
Sábado fomos à Saquarema. Meus pais queriam que nós (os filhos) fôssemos ver um terreno que eles queriam comprar lá. Eles foram à Araruama durante a semana resolver algumas coisas e, aproveitando que estavam por lá, foram à Saquerema olhar terrenos; estavam animadíssimos, o "terreno é ótimo, de esquina, perto da praia e da casa da Nira"* e só faltava a nossa aprovação (somos importantes, visse?). Meu irmão não pôde ir, está fazendo curso pra ser seu puliça aos sábados e ele leva isso super a sério. Então fomos Camila, mamãe, papai, Pinck e eu. Todos brigando, implicando e reclamando uns com os outros de casa até Saquarema (duas horas assim...) e só a Pinck se comportou bem, ficou quietinha. Camila e eu adoramos o terreno e isso é fato raro, todos concordarem com uma mesma coisa. Pinck também adorou: correu e cheirou tudo o que pôde. Claro que estava tudo perfeitinho demais e seu Fernando, que também atende aqui em casa pelo nome de pai, tinha que aprontar das suas. Olhando bem, não gostei desse terreno, não. É muito longe da praia. Não quero esse terreno. Pois é, saímos daqui só pra ver o bendito do terreno e seu Fernando deu pra trás. Vimos mais uns setecentos e oitenta e cinco terrenos e mamãe, Camila e eu só gostamos do primeiro, o tal de esquina. Como não houve consenso também não houve compra nenhuma. Ainda por cima chovia horrores e resolvemos voltar pra casa.
Balanço do sábado: sem terreno, com chuva, sem Friburgo e nada de festival de inverno.

*os primos de mamãe têm casa lá

sábado, julho 10, 2004

Várias historietas aguardando ansiosamente serem contadas mas não dá tempo. Já são onze da manhã, estamos de saída. Primeiro Saquarema, bem rapidinho, porque saímos de lá direto pro sítio em Friburgo (festival de inverno; vamos?). E isso tudo hoje.

sexta-feira, julho 09, 2004

Ontem fui ver Biel. hã? quem? Gabriel Braga Nunes. Sim, Biel. Porque não-sou-mais-gostaria-de-ser-íntima. Então, vi Biel e, claro, assisti K2. É de deixar o coração pequenino imaginando o desfecho da peça. Cenário maravilhoso. E Biel... bem, Biel dispensa comentários.
Vovó foi internada de novo, com dor no peito (no local da cirurgia). Falei com ela hoje e ela disse estar bem. (fico aflita quando tem alguém no hospital)
Filosofia profunda recebia por e-mail (da série "amigos da pós servem pra essas coisas"):

- Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano.

- Nunca desista do sonho. Se não encontrar numa padaria, procure na próxima.

- Qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas somente um gênio é capaz de vendê-lo.

- Tudo é relativo. O tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.

- O mais nobre dos cachorros é o cachorro-quente: alimenta a mão que o morde.

- Se emperrar, force. Se quebrar, precisava trocar mesmo...

- Roubar idéias de uma pessoa é plágio. Roubar de várias, é pesquisa. ( ou MONOGRAFIA ......rs) (piada interna -- e que todo mundo que já teve que entregar um mísero trabalho de pesquisa na vida entende bem...)

- Devo tanto que, se eu chamar alguém de meu bem .... o banco toma !

- Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau e suba...Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue outra pedra, mire bem e acerte o crânio do filho da puta que lhe atirou a primeira.

- Na vida tudo é relativo. Um fio de cabelo na cabeça é pouco; na sopa, é muito!

- À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: É dar um passo atrás.

- Eu queria morrer como o meu avô, dormindo; tranqüilo... E não gritando desesperadamente, como os quarenta passageiros do ônibus que ele dirigia!

- Diga-me com quem andas, que eu te direi se vou contigo.

- Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. Não é bonito, mas é profundo.

- Errar é humano. Colocar a culpa em alguém,então, nem se fala.

quarta-feira, julho 07, 2004

Semana passada comprei uma agenda telefônica tipo fichário e levei quatro dias pra organizá-la. A letra zê por último, como já era de se imaginar. E lá o telefone de Dona Zezé, de casa, do consultório, do sítio da amiga. Ela é mãe de você-sabe-quem-eu-não-quero-dizer-o-nome e vivo com saudades dela, de sonhar que estamos conversando ao telefone e tudo. Pois é, isso tudo pra dizer que liguei pro consultório, nos falamos rapidinho, ela disse que havia perdido meu telefone (e eu acreditei, claro; o filho dela nunca soube nenhum dos meus telefones de cor, mesmo depois de anos). Dei os números, pela milésima vez na vida. Te ligo de noite, aí podemos colocar a conversa em dia. E realmente ligou, no meio do último episódio de Friends (e, depois de dez looongos anos, não sei como acabou :( Ficamos quase uma hora no telefone, fiquei sabendo de tudo e todos, muitas saudades daquele povo maluco. Você-sabe-quem continua na mesma vidinha de sempre, não mudou nem um milímetro, mas também não fiquei perguntando por ele. E tive certeza que tudo está definitivamente no passado, que foi o melhor que poderia ter acontecido. Curioso como alguém que um dia foi tão importante é tão passado.Tudo era tão claro e eu, cega, não via.
Estou de péssimo humor. Péssimo mesmo. Imagine um humor ruim e o meu está pior. Meu carro foi muito arranhado do lado do carona, do pára-choque de trás ao da frente (o nome daquilo que fica assim pra baixo da placa é pára-choque, né?). Não sei se foi aqui no prédio ou domingo, já que deixei o carro na Rio Branco mesmo (aos domingos vira um grande estacionamento ao ar livre. E como o espetáculo no Municipal ia acabar de noite, fiquei com receio de andar sozinha com a Camila até o estacionamento subterrâneo da Cinelândia. É perto, eu sei, mas fiquei com medo, ué. Então parei em frente à Biblioteca Nacional e não sei onde o carro foi arranhado). Então, saí do Municipal de noite, cheguei no prédio, parei na minha vaga; segunda-feira não usei o carro e só ontem me dei conta do acontecido lá no escritório, porque tenho acordado no automático e só desperto mesmo lá pras onze da manhã. E lá estava o carro muito arranhado. O arranhão não é contínuo, mas foi o suficiente pra me deixar irada. É como se fosse algo pessoal, feito de propósito. Inveja das minhas coisas e outras maluquices mais da minha cabeça. O fato é que amanhã o carro vai pra oficina e eu vou ficar dinheiros mais pobre.

segunda-feira, julho 05, 2004

Sexta-feira fiquei o dia todo na rua, cliente pra atender com uma amiga no escritório dela, andamentos pra ver, cara na porta na Justiça Federal (em greve), almoço no Sabor Saúde ali na Quitanda, ótimo como sempre, fui na Saraiva da Ouvidor e sempre fico enlouquecida, vontades de comprar tuuuudo (comprei só o que precisava: uma agenda telefônica tipo fichário, com folhas avulsas); escritório de uma outra amiga e na volta, passando pela Ouvidor de novo, dobrei na Travessa do Ouvidor e, ai, perdição, entrei na Livraria da Travessa; sempre fico vesga por lá. Cliente m-a-l-a uma hora atrasado e que, abuso supremo, quer dar pitaco na petição. Lanche já tarde da noite e conversa com minhas amigas.


Sábado: dia de manutenção -- unhas, depilação. Preciso mudar de manicure, ah preciso. Comprei chapéu de palha, uma pra mim outro pra Larissa. Como o chapéu é liso, com um trançado lindo nas abas, fui enfeitá-lo: lenço vermelho e rosas vermelhas, três rosinhas de cada lado. Maquiagem linda, chapéu enfeitado, saia comprida com estampa florida, blusa preta e jaqueta jeans. Fui buscar Larissa que também havia caprichado: chiquinhas com fitas amarelas, cinto de bandeirinhas de pano, camisa xadrez, calça jeans. Lá na casa dela que prendi o cabelo (estava molhado) em maria-chiquinha bem baixinha, que era pro chapéu entrar depois. Nós duas enfeitadas lá fomos nós pro aniversário de Andréia. Ela (Andréia) nos deu um mapa pra chegar na casa dela, mas uma mapinha tão mequetrefe que nos perdemos três vezes e só chegamos porque a Larissa tinha anotado o endereço da casa dela (no mapa não tinha nem o endereço nem os nomes das ruas do próprio mapa...). Aniversário junino, certo? O convite dizia que os convidados deveriam estar à caráter. Estávmos estilizadas, é verdade, mas à caráter. E só nós duas e as crianças. Quase não entrei no salão de festas. Mas depois de me perder umas três vezes, passar o dia pensando na roupa, maquiagem, no enfeite do chapéu me recusei a não entrar. Então, entramos eu e Larissa. Vários risos. Eu e meu ar blasé, inabalável. Andréia, uma das aniversariantes, com dó de nós duas fez maria-chiquinha e se pintou. Teve trio de forró e o povo se acabou de tanto dançar.


Domingo: levantei às oito pra fazer xixi e voltei pra cama. Cólica, cólica, cólica. Impossível dormir. Tomei banho, café, ponstan, li o jornal. Adeus, cólica. Almoço: salada de feijão fradinho com camarão e churrasco. Vó Maria, Larissa e Tiquinho, amigo do Alexandre, aqui em casa. Risos, risos, risos.Tia Catia e Thabata chegaram um pouco depois, e como está linda a minha afilhada (sim, sou uma madrinha bem babona). Banho, mais ponstan, e começa nova arrumação: saia, meia calça, blusa, maquiagem leve que é dia de assistir Kataklo no Municipal com a Camila. Lindo, lindo, lindo.


Segunda é dia de branco. E de audiência e de ver andamento e de atender clientes e de fazer petição e...

sexta-feira, julho 02, 2004

Ontem assisti o capítulo todo da novela (exceto a parte que papai ficou tagarelando, fazendo mil perguntas sobre trabalho e eu não consegui ouvir os diálogos). Voltando à novela: a Suzana Vieira foi buscar o José mayer no Galeão (deu pra perceber que ainda não sei o nome dos personagens) e volta pra casa pela Linha Vermelha. Até aí tudo bem, pra ir pra Caxias saindo do Galeão é o mais rápido mesmo. O detalhe é que eles estavam na pista contrária. Explico: estavam indo na direção Centro/Zona Sul quando deveriam estar no sentido Baixada.
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Bem que estava achando o bairro que a Suzana Vieira mora chique demais. Ela pensa que mora em Caxias, mas mora mesmo em algum lugar no limbo entre Recreio e Vargem Grande e esqueceu de avisar pro Aguinaldo Silva que se mudou.
E essa casa completa três anos esse mês. Você deve se perguntar o porquê de não encontrar arquivos de 2001 no baú. É simples: já estive em dois outros endereços e no final do ano passado demoli a casa toda, mudei templeite, apagueie todos os arquivos e comecei de novo. Porque minha vida é assim: um eterno recomeço.

quinta-feira, julho 01, 2004

Dias de inverno são absurdamento lindos.
É comentário quase-antigo, mas vou fazê-lo mesmo assim (entenda: a novela já está na "segunda fase": os filhos-de-faz-de-conta da Suzana Vieira já tem mais de 36 aninhos -- a novela começa em 1968 e a "segunda fase" é hoje; será que esqueceram de avisar ao Aguinaldo que hoje é 2004? --, voltando aops filhinhos de faz-de-conta, todos estão devidamente embalsamados por todo o sempre em corpinhos de 25): a Marília Gabriela estava com o maior nariz do mundo na novela (e só assisti uns dez minutinhos). Curiosamente, estava numa expectativa danada para vê-la atuar, o que não acontece normalmente. Conhecido ou completamente anônimo, é apenas o trabalho de um ator. Dela, não. Fiquei prestando atenção em tudo: roupa, cabelo, maquiagem, linguagem corporal. Ela estava bem (tirando o nariz), mas o andar (com o pé direito lááá no ponteiro das duas horas) não combinava com a personagem.. Sim, eu sei, é o cúmulo de não ter o que fazer assistir novela, ficar reparando em detalhes e saber qual o pé que causa o descompasso. Mas é uma delícia.
Vó Orayde fez a cirurgia semana passada. Três safenas e uma semana depois chegou em casa, graças.