os cegos do castelo

cena um: casa da Lari. enquanto a espero acabar de se arrumar, conversamos potoca e vejo o dvd do nando reis. quando começa cegos do castelo, mas essa música me lembra tanto da faculdade e do F.! o mosquitinho?!? de onde você desenterrou esse homem, lu! ah, a música me lembra ele, fazer o quê. essa música me lembra a sua aline*. me lembra ela também, mas me lembra mais o F.: sempre que ia pra casa dele ia ouvindo aquele cd dos titãs acústico que tem essa música. há quanto tempo você não vê F.? nossa, há muito muito tempo, mais de cinco anos.
.....
corta.
......
cena dois: chegamos na casa rosa, na rua alice, (laranjeiras), pra assistir o show do reverse. preste atenção: reverse, as músicas são ótimas, o show é tudo. enfim, chegamos na casa rosa e adivinhem quem foi a primeira pessoa que vi assim que coloquei os pés lá.

* a sua[minha]-amiga-aline, já que as alines são muitas.

de luzes e de cores

Quando ainda discernia alguns bocados de luzes e de cores, estava feliz porque via ainda: guardo a lembrança muito viva desses momentos de adeuses ao mundo visível. Mas a monocromia invadiu minha existência e devo fazer um esforço para conservar a paleta das nuanças, para que o mundo escape à monotonia e à transparência. Dou cores aos objetos, às pessoas que apreendo: conheço uma mulher cuja voz é tão azul que ela consegue colocar o azul sobre um dia que eu sei ser cinza de outono.
Encontrei um pintor que tinha uma voz vermelho-escuro, e o acaso quis que ele gostasse dessa cor... O que vem a ser portanto um olhar? É talvez a soma de todos os sonhos, cuja parte de pesadelo se esquece, quando a gente pode pôr-se a olhar diferente

Le Voyer absolu, Evgen Bavcar*, fotógrafo esloveno cego desde os 11 anos.

* o link é presente desse menino lindo

igreja de nossa senhora dos remédios

igreja de nossa senhora dos remédios, em mauá, magé. a igreja seria ainda mais bonita se a prefeita narriman zito tivesse respeitado o patrimônio histórico não pintando a pobre com esses frisos amarelos horrosos (que, claro, era a cor da prefeita)
as igrejas coloniais, com a porta no meio e duas janelas em cima, sempre me pareceram uma carinha: a boca e os olhinhos.

há controvérsias: eu acho que os riscos escuros são rachaduras; cristiano disse que o mais largo e escuro é um caminho de cupins; e o mais claro, sim, é uma grande rachadura.

a porta principal da igreja

detalhe do piso

símbolo maçônico na nave (?) da igreja

olhinho da igreja visto por dentro

a vista da foto anterior: a baía de guanabara. ao longe a silhueta do pão de açúcar, a ponte rio-niterói (dá pra ver?) e niterói. a entrada da baía é em linha reta, por assim dizer: entre o pão de açúcar e niterói.

revelações

guia dos mil presentes, de betty chateaubriand. primeiro capítulo presentes clássicos. a autora sugere de perfumes (entre os orientais resinosos, obsession*, de givenchy) a diamantes e pérolas, passando por viagens a veneza e no orient express.
a seção o presente para ela está subdivida por perfis femininos: a dona de casa; a esportista, a fanática por regimes; a fashion; a intelectual; a mística; a poderosa; a prática; a que tem tudo; a religiosa; a religiosa; a sexomaníaca. a poderosa é um primor:

Independente, atualizada, cheia de compromissos, toma decisões, viaja. "O fim justifica os meios" é uma de suas frases preferidas. É minimalista, dispensa detalhes insignificantes, vai direto ao ponto. Sua casa é clara e as paredes são decoradas com obras de arte. Coleciona relógios, desde um Vacheron ou Rolex até um Swatch. Mantém assinatura para a temporada de concertos e óperas do Municipal (adora Carmen, de Bizet).
Ela sabe que champanhe de boa qualidade dá uma ressaca de melhor qualidade.
Suas pérolas South Seas custaram uma fortuna, mas como Coco Chanel e Jackie Kennedy, ela não as dispensa para completar seu elegante tailleur Armani ou Galliano. Todos os anos, escolhe um período em que possa escapar dez dias para ir a Gstaad, Courchevel, Aspen ou Zermat, onde se atira nos braços do professor de esqui, que vive prometendo fazer dela uma campeã.
O marido, que é compreensivo, aproveita para curtir um descanso a sós com a melhor amiga dela. Faz poesia, mas dizem as más línguas, de má qualidade.
Sugestões de presentes
-álbum para fotos (capa feita com fibra de bananeira) $$
-baralho (para joguinho de tranca) $
-bolsa da Bottega Veneta (NY) $$$$
-brincos turquesa $$
-caixa com agendas e cartões $$
-caixa de couro para papéis $$
-caixa de madeira e marchetaria para guardar batons $$
-caixinha antiga de porcelana Limoges ou Vista Alegre $$
-câmera digital $$$$
-castiçais de madeira esculpida $$
-cestinha de prata para pães $$
-calar da Adelina Silveira $$
-conjunto com caneta-tintiero, tintas coloridas, mata-borrão $$
-conjunto de quatro espetos de inox alemães $$
-conjunto de três vasos lisos de cristal (tamanhos diferentes) $$$$
-DVD player $$$$
-escultura de papel machê $$
-ferramentas para jardinagem $$
-jogo de xadrez $ / $$$
-livro de arte (Body and Soul) $$$
-luminária italiana / design de Michelle de Lucchi e Giancarlo Fassina $$$$
-peso para papel de cristal $$ /$$$
-porta-retratos de madeira $/$$
-saquinhos de viagem com monograma para sapatos $$
-teatro em casa $$$
-telas, tintas para testar talento $
-toalha para mesa de jogo $

como se não bastasse a autora citar vários lugares, artistas e marcas que desconheço, ainda faz piadinha com poesia com todos os perfis: a esportista apesar de estar sempre com a agenda cheia de compromissos, faz poesia (escondido!) -- o ponto de exclamação é original, não fui eu quem o colocou aí --; a dona de casa faz poesia desde criança; a prática, de vez em quando; a sexomaníaca, a dois.
no capítulo o presente para ele, o ele é uma coisa só, uma massa indefinida, sem sudivisões, nem mesmo as mais óbvias: pai / namorado / marido / patrão. homem é tudo igual, parece querer dizer.
..................
não me perguntem JAMAIS o por quê de ter comprado esse livro. não há explicação possível pra esse surto de primavera. fico contransgida de tal forma que sequer tenho coragem de passá-lo adiante ou doar pra uma biblioteca.
preciso de cinco anos de análise, começando ontem.

* nunca confiei em quem nutre simpatia pelo obsession, a nhaca eterna, que não sai nem com reza forte.

minha* câmera digital deu pití :o(
......
aproveitando esses dias friozinhos pra andar de meia pela casa e ficar lendo debaixo do cobertor o dia inteiro.
......
não entendo como há quem sublinhe e faça anotações em livros de biblioteca. tudo bem, concordo que tem coisa pior: roubar os livros. mas continuo sem entender.

* leia-se: a câmera digital é do meu irmão embora eu me apodere dela de vez em sempre

fábrica de tecido inglesa em paracambi, construída em 1875.
[foto minha, maio 2005]

embaixo do vão da escada

detalhe dos tijolos

fluminense

cara, estou ficando sem opção de rádio nesse rio de janeiro de mô zeus. tá tudo ordenadinho no rádio do carro: 1 pra mpb fm, 2 pra paradiso, 3 pra fluminense. êpa, alto lá! como assim a fluminese virou band news fm????? ouquei, a flu não era mais a FLU, nem maldita nem A Maldita, mas ainda assim dava pro gasto e me salvava do marasmo, já que o 4 (jovem pan) só me serve de sete às oito pelo noticiário que vou ouvindo no caminho até niterói. o 5 e o 6 são de mamãe e da última vez que passei os dedos por lá quase enfartei: noventa e oito e nativa, ou quaisquer tranqueiras parecidas com essas.
de mais a mais, a tal da band news fm já teve sua chance e ficou me informando do trâsito na ponte cidade jardim, na bandeirantes, na paulista. só pra registro: trânsito paulistano não me interessa, ô, belo, que moro no ridijaneeeero.
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sugestões am/fm nos comentários, plis.
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Rafael, se não fiz grandes besteiras, o atom está habilitado. ou não?

duas horas e meia de engarrafamento, recorde absoluto; estou exausta e ainda é segunda.
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prova hoje e amanhã. desespero.
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pra alegrar esses dias chuvosos:

[vassouras; foto minha, de 21/05/05]

vassouras

então, fui à paracambi e vassouras hoje, outro trabalho de campo*. mas hoje foi fraquinho; alguma desorganização, já que há funcionários públicos ligados à cultura em greve e, por isso, não deu pra ir no museu da casa de hera (vassouras); a visita à uma das fazendas de café também deu pra trás. fiquei triste.
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meu humor hoje não estava dos melhores. isso pra não dizer que até o início da tarde estava mau humorada mesmo: em parte por causa da tepeême, em parte pelos reveses das visitas e da falta de educação de algumas pessoas do grupo. ou talvez tudo tenha sido intolerância minha. talvez.
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claro que isso se refletiu nas fotos, que não ficaram legais :o(
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* o trabalho de campo de hoje e da semana passada foram realizados pela feuduc, uma faculdade de duque de caxias. mamãe depois que se aposentou resolveu fazer outra faculdade (feuduc). adivinhem? pois é, ela se forma em história em dezembro.

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optei por não contar histórias; apenas publicar algumas fotos (o que deu pra salvar):

antiga estação de trem de vassouras

detalhe do gradil da igreja de nossa senhora da conceição

reparem nos galos em cima das torres sineiras

detalhe de uma porta no interior da igreja. ferro (?) trabalhado como renda

palmeiras com casario colonial logo atrás

olha que coisa mais fofa esse portão de um casarão no entorno da praça (portão que da pra rua, não é porta da casa não)

a lateral da camara dos vereadores de vassouras

janela do centro cultural presidente tancredo neves, no centro de vassouras

sempre tive curiosidade em saber como era um pilão por dentro -- centro cultural presidente tancredo neves

fiquei encantada com essa casa com fachada de azulejos portugueses

vó

vovó, comentando os livros que comprei na bienal, mas essa menina compra livro à metro. fiquei ali com cara de paisagem, do pouco caso que ela fez com meu amados livros novinhos (adoro cheiro de livro novo) e escolhidos a dedo (não, não foram muitos como ela sugeriu), já que não tinha grana pra trazer todos os que queria.
.....
não é suposto de se comprar alguns livros na bienal? se fosse só pra saber que existem e/ou ler por lá iria numa bilioteca, ora. tá, a bienal tem outros objetivos, formar um fiel público leitor, promover a interação leitores/escritores, badalar o lançamento de livros e por aí vai. mas o espírito consumista está embutido nisso. ou não?
.....
não sei se aquele mundo de stands e livros é uma coisa muito boa, pela opção e variedade, ou muito ruim, pela opção e variedade e a sensação de estar perdida, já que muita coisa interessa, tsc.

Bienal

me rendi. fui à bienal. imaginem um lugar lotado, crianças e adolescentes correndo pelos corredores entupidos, empurrando todo mundo, pisando nos pés alheios. impossível entrar em alguns stands. estava com dor de cabeça da balbúrdia. tirando que parecia a ante-sala do inferno de tão quente. e não coloco mais os pés lá até os organizadores especificarem dias para maiores de 20 anos, com proibição, é claro, para os ogros. quer dizer as crionças. quer dizer, crianças.
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mesmo assim gastei aos tubos, que os livros não estão nada baratos. só fui à bienal por causa de um livro do le goff, lançamento. a única edição em português era portuguesa, em dois volumes. o primeiro 110; o segundo, 92. a edição brasileira é volume único e saiu por 38,50, modos que.
.........
modos que esse livro do le goff valeu os 3,20 de pedágio pra ir + 3,20 pra voltar. estacionamento 7,00; 10,00 de entrada (tá, estreei a carteirinha da uff, peguei meia); um copinho de mate: 2,50 (quase infartei). água? 2,00. quem ainda não foi (se é que tem alguém que ainda não foi, que sou atrasilda): prepare o bolso.
.......
modos que me empolguei (dinheiro de plástico dá nisso: a senhora quer que parcele?; mais dezoito reais e a senhora ganha essa bolsa -- que vamos combinar que o saber pesa e minhas mãos estavam doendinhas) e comprei outros livros, entre eles (e não é exatamente um livro): um baralho com programas sobre o rio, maneiríssimo.
.....
estou fa-li-da, tsc.

não é história de pescador: historiadores pulam a cerca! ;) manoel, um perfeito cavalheiro, segurando a cerca; wilsa pulando a cerca, cristiane e eu logo atrás (que não apareço na foto pq estou atrás da câmera, dãh)

[ainda em Estrela]
essa ruína é conhecida como "casa das três portas"; provalvemente era uma venda. e, ao fundo, lá em cima do morro, as ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares (mas é isso mesmo que você está pensando; pra chegar láaaaa em cima do morro tive que pular cerca e andar num caminho apertadinho, do lado do barranco)

do interior da casa das três portas só sobrou isso...

o que restou do caminho do proença (reparem no calçamento)

o gado assustado com a passagem do onibus(caminho do proença).
quase não dá pra acreditar: Estrela, antes uma próspera freguesia foi reduzia a poucas ruínas; e hoje é uma enorme fazenda.

Como não pdeia deixar de ser, havia uma Igreja linda, linda em Estrela: Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares* (construída em 1650), sede da Freguesia de Estrela.

Hoje só restam ruínas abandonadas, sem nenhuma conservação.

* o nome correto da Igreja é esse, já editado: Nossa Senhora da Estrela doS Mares.

contar essa história correndinha que estou ficando atrasa pra faculdade.
a partir daqui as fotos serão publicadas na ordem inversa em que foram tiradas. mas o Caminho do Proença aparecerá da forma como quem chegava pela Baía de Guanabara o percorria (claro que só conhecemos um pedacinho do Caminho, onde levava-se 11 dias* pra fazer o percurso até Minas -- e de lá até cá).
Esse é o Rio Inhomirim, visto das Ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Estrela do Mar (o sincretismo com Iemanjá é inevitável). À época o rio era largo, navegável e havia um porto nesse trecho (o Porto de Estrela).

Pedra do Porto de Estrela, parte do Caminho do Proença.

Hoje toda essa região é uma fazenda (lembram que eu contei que passei metade do dia pisando em bosta?), no bairro Parque Estrela, em Magé.

*a propósito, as outras fotos da Igreja do Pilar fazer parte do Caminho de Garcia Paes, onde o levava-se 15 dias para fazer o percruso Minas - Rio. O primeiro Caminho era por Paraty, onde o tempo gasto era de noventa dias.

já em condições normais de temperatura em pressão, tenho vontade de apagar os últimos posts. mas foi o que deu vontade de escrever na hora, modos que.
continuemos com a programação anormal de sempre.

então que recebi dois tocos em dois dias. minha carreira adolescente acaba aqui. o interesse também.

outros campos, outros gafanhotos [provérbio javanês; ou seria balinês?]
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já que ninguém me enviou o contra-feitiço que pedi, resolvi respirar fundo e entrar na roda, que quem tá na chuva é pra se queimar: dois convites feitos. um, já declinado. mas ainda (?) há esperança (??).
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sim, estou numa semana de aborrecente. socorro.

perdi um giga post, tsc.
...

quase meia noite e o sono, cadê?
e cadê vocês que não estão no msn, hein?

- fui dormir cedo ontem, dormi bem, sonhei a noite toda e acordei cansada, muito cansada. olheiras e tudo;
- estou mais anti-social que de costume; afaste-se;
- tô descontrol também. e a tepeême ainda está longe;
- e falando nesses raios de hormônios maledetos, depois da última menstruação foi isso, tudo saiu do lugar;
- precisada de contra-feitiço; povo da magia, favor entrar em contato e enviar receitas para casadalulu no iarrú ponto com ponto br
- falando nisso, entrando no orkut tinha um gmail me esperando. agora tenho conta lá e não vou usar. já disse que estou descontrol, quem mandou não acreditar;
- agora vou dormir pra poder trabalhar e estudar com um mínimo de decência, que tá foda.

detalhe dos tijolos do muro do cemitério logo atrás da Igreja de Nossa Senhora do Pilar. o interior de alguns tijolos está negro pois os fornos em que eram assados nao tinham potencia suficiente para assá-los integralmente.

Igreja de Nossa Sehora do Pilar -- Duque de Caxias - RJ
reparem no detalhe da torre sinaleira. influencia moura na arquitetura portuguesa.

(obrigada, Ju! consegui colocar meu nome nas fotos ;)

'xeu editar esse post pra começar a contar as histórias: a Baixada Fluminense é muito próxima à Baía de Guanabara. Especialmente Duque de Caxias e Magé, que estão às margens dela. Essa localização privilegiada fez com a Baixada Fluminense tivesse papel relevante durante a Colônia e o Império.
O ouro de Minas Gerais era escoado para Portugal através do Rio de Janeiro. Primeiramente os tropeiros levavam três meses para chegar ao Rio (esqueci o nome desse Caminho; vou assuntar de depois conto pra vocês) e o ouro era escoado pelo Porto do Pilar, provavelmente alguns metros à frente dessa Igreja. O rio que à época era largo e navegável hoje é um "valão", sujo, imundo e estreito. Uma pena. À época havia várias vendas, estalagens, aluguel de burros e cavalos. O lugar era uma vila importante e próspera.
As pessoas do lugar também não sabem de sua importância histórica.
O atual bairro Pilar fica às margens da Rodovia Washington Luís, sentido Rio, um pouco antes da REDUC (saída Vale do Ipê / Lote XV).

publico mais fotos depois que ainda tenho que aprender a colocar legenda dentro delas (escrever "Foto: Luzia Portugal"). não ria, eu não sei fazer isso. descobri hoje -- e só porque minha irmã falou... -- que tem um photoshop joinha aqui no computador de casa. imagina se eu sei usar, tsc. não costumo fazer isso de colocar meu nome nas fotos. mas muitas pessoas me pediram cópias e elas serão usadas em estudos, pesquisas e eventuais publicações; nada mais justo que colocarem "foto de Luzia Portugal". pode até ser só vaidade; mas, fazendo uma analogia, é como internet: essa casa, como a maior parte dos blogs, é copy left, pede-se apenas que cite a fonte. simples. é só isso que quero com as fotos: usem-nas à vontade, mas citem a fonte (eu! eu! eu! :oD )

....

então que passei a semana feliz, ia jantar ontem com um amigo querido. ele mandou um torpedo, o trabalho de campo está atrasado, liguei pra ele e avisei que não poderia chegar na hora compbina, mas que uma hora mais tarde estaria lá. ele me disse que um amigo + a família (mulher e duas filhas) iriam jantar conosco. beleza. só que o trabalho de campo atrasou mais ainda. estava preocupada, as meninas são pequenas, iriam chiar de fome e não queria causar mal-estar. voltei voando pra casa, estressando todo mundo (estou atrasada, estou atrasada, estou atrasada) fiz uma faxina geral* rápida e liguei pra ele. estou atrasada, dá pra me esperar ou as meninas estão esfomeadas?eles não vão. mas eu não almocei, e não dá pra te esperar, não. estou indo comer. fiquei tão tão despontada e tão irritada.
não dava pra dormir que estava puta demais; nem pra ler, que não ia ter concentração. mas precisava me ocupar. peguei minha máquina e fui costurar a bolsa que estava cortada e bordada há séculos.
quarenta minutos depois ele ligou, poxa, lu, eu estava com fome. vamos no cinema, ou tomar um chopp ou vamos no restaurante, eu te acompanho. ora, pílulas, não era isso que eu queria. queria ter jantado com ele. só que o fófis não pode me esperar. estressei meio mundo pra chegar o mais cedo possível, fiz tudo correndo quando cheguei em casa, e estava tão irritada e de mau humor que não dava mais pra sair, pra ir a lugar nenhum. não era boa companhia nem pra mim mesma. e de mais a mais, eu moro em belford roxo e ele no flamengo. e ele está sem carro, modos que eu teria que me despencar até lá. não.
então vamos ao cinema amanhã, não dá, tenho que estudar, há um monte de textos pra ler pra faculdade. impossível. e de mais a mais, estou tão irritada e desapontada contigo que não quero mais te ver esses dias. mas... e continuou tentando me convencer a sair ontem e/ou hoje. por que os homens são assim? cagam no pau e depois querem limpar. isso me deixa mais irritada que um simples caguei. que com um simples caguei eu tenho certeza que o cara não se importa, que sou um nada pra ele. quando tentam limpar o pau também. mas se não se importa, ora raios, pra que tentar consertar???

....

mas isso foi ontem. e ontem acabei a minha bolsa em tempo recorde. claro que a irritação atrapalhou e ele não ficou exatamente do jeito que eu queria. mesmo assim, está lá prontinha. mau humor? sumiu, escafedeu-se ;-)

* doze horas subindo e descendo morro, pisando em bosta, pulando cerca, andando em trilhas, entrando e saindo de ruínas e de igrejas centárias: estava um lixo. banho, urgente: a água batia na cabeça e eu sentia escorrer quente... faxina pra virar gente novamente.

Caminhos da Fé: Igreja de Nossa Senhora do Pilar (do sec. XVI), no bairro Pilar, em Duque de Caxias - RJ, em reforma.

Detalhe do telhado.

[isso foi só uma palhinha; quando acordar publico mais fotos e as historinhas]

domingo? pra mim ainda é sábado. passei o dia inteiro (e isso não é forca de expressão) fazendo trabalho de campo (Caminhos da Fé). não deu tempo de irmos a todas as igrejas -- pena. vida de historiador não é nada fácil: sobe e desce morro, pula cerca de arame farpado, fica suado, sujo, fedorento. e há flores pelo caminho.

saí de casa atrasada; mas um atraso tolerável até porque o professor está atrasado sempre, sempre. o engarrafamento é que não estava nem um tiquinho tolerável. bethânia e bossacucanova me fazendo companhia enquanto esperava o fluxo fluir (é, bem redundante, que queria uma sexta-feira treze assim bem redonda). já que estava ali, 'xeu me divertir vendo os desenhos que as nuvens forma(va)m, o pão de açúcar ao longe, os carros ao lado. e no carro ao lado... êpa, pára tudo!!! o que tá escrito no vidro traseiro do clio? ah, sim... SOU SAPINHO + POSSO VIRAR PRÍNCIPE

mas é claaaaro que quando passei pelo sapinho meti a caraça lá dentro pra conferir a qualidade do brejo. e o sapinho é gatinho, uh-ru!

belíssimo início de sexta-feira treze, dia de nossa senhora de fátima, da abolição da escravatura e de preto velho. a bença, pai miguel.

olha que diliça:

Lulu adoro o Zeca Baleiro e isso já faz para lá de tempo, o cara estava começando ainda qundo fez um show em BH patrocinado pela prefeitura, como fotógrafa da núcleo de comunicão da secretaria de cultura de BH fui escalada para cobrir o show do então desconhecido Zeca Baleiro. Quando cheguei ao lugar do evento, tinha um cara empunhando uma bela viola e não tive dúvida gastei um filme nele (o filme da prefeitura. Quando já estava me preparando para tomar uma cerveja com os amigos presentes o locutor sob ao palco e diz entusiasmado: - Agora com vcs Zeca Baleiro, eu tinha fotografado o cara errado! por sorte ou por manha nunca deixei de carregar filmes extras na minha bolsa, filmes meus para uma emergência. Ainda bem! Pois tive que fotografar o Zeca Baleiro com este filminho extra. No outro dia na prefeitura cheguei entusiasmada na sala: - O Tal de Zeca Baleiro é muito bom! mas o cara da viola também mandou muito bem. Risos na sala e gente pegando no meu pé pelo resto dos meu dias resto do ano.
Abs da Ju

abrindo a série pombo-correio: os amigos maravilhosos de lulu

dentre outras cositas, escrevo: hoje fui levar vovó pra fazer revisão da cirurgia em ipanema; do lado da entrada da galeria da clínica tem uma loja da gang; fiquei rindo sozinha, nem*. tinha umas roupitchas de p#r#nha bem p#r#nh#da mesmo!!!!! advinha o valor das calças? 199. aí fiquei lembrando do funk: "calça da gang / toda mulé qué / duzentos reais / pra deixá a bunda em pé"**

no lugar de responder o que era realmente importante no e-mail, ele só me envia uma frase: quer uma da gang branca??? eu dou, mas vai ter que usar SÓ comigo!!! ;-)

* piada interna
**só sei esse pedaço da... hã... música

de você sei quase nada
pra onde vai ou porque veio
nem mesmo sei
qual é a parte da tua estrada
no meu caminho

[zeca baleiro, quase nada]

pra G., de quem sei quase nada...

esse blog é tão-maravilhoso-de-bom e eu nunca sei qual o nome dele já que a dona, cris, tasca um nome diferente lá todo dia.

não consigo entrar no orkut, nem no bloglines. a minha sorte é que o computador [ainda] não me morde.

agora tenha uma conta, ou seja lá o nome que se dê, no bloglines. pelo que eu entendi, vocês podem assinar o blog por lá e eu também assino os blogs que mais leio. ou não? alguém sabe como se usa aquele trem?
+
a novela do inglês acabou ontem : tranquei a matrícula. . eu sei, eu sei.

enfio a chave na porta do carro (que carro de pobre não tem trava) e a chave não gira. que estranho... tento de novo e nada. coloca a mão na maçaneta. a chave não ia girar nunca. o carro passou o final de semana todim todim aberto. ando com a cabeça nas nuvens.

blergh.

atualizado às 19h42min:-- meus sobrinhos sempre me encantam; saudades de criança rindo pela casa, camilinha-irmãzita, já está "grande", pena.
-- as horas simplesmente se recusam a passar. blergh.

tem uma vela acesa lá no fim do túnel.

então que tô matutando o que fazer com o inglês. saí da turma de seg/qua porque a turma era fraca -- embora o professor fosse maravilhoso. adorava as aulas, a simpatia de P. e, como sou carne de pescoço, o enchia de perguntas no final da aula, reflexo de dez longos anos sem abrir um livro de inglês. chegava em casa e estudava até morfeu me carregar em seus negros e macios braços*.
conversei com P. (que também é o diretor do curso) sobre minha insatisfação com a turma e ele, na boa, me deu várias opções de turma na outra filial. escolhi sábado. o horário é um horror: de dez e meia à uma hora. isso não seria problema nenhum até porque a turma, sim, é boa. a professora... bem, a professora me deixa brocha**, não tem outra palavra é brocha mesmo. e não consigo nem explicar direito, que a aula não é ruim. mas ela começa em inglês, depois dá uma traduzida, acaba a explicação em português. eu não estou lá pra pensar em português, pra ter aula em português, nem estou fazendo curso de tradução. em aula, gosto de pensar em inglês, entender em inglês, ter a matéria explicada em inglês.
fico totalmente desmotivada. aí acontece sempre isso: tenho dever pra entregar amanhã, duas composições pra fazer, prova semana que vem e fico aqui, enrolando tudo o que posso. sim, é uma birra boba, prejudico a mim mesma. mas cadê motivação?

* que o meu morfeu é negro, por óbvio.
**sempre pensei que fosse broXa; a maritza consultou o houaiss e espancou qualquer dúvida: é broCHa.

jorge e eu

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[pois está fazendo uma ano e meio amor / que eu estive por aí ]
[lembrando só por lembrar. (e essa música tem nada que ver com a foto; uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa) ]

dia lindo hoje, céu de um azul tão azul que me doeu a alma. e um sol calmo, traqüilo, meio preguiçoso com o friozinho da manhã. em frente à uma igreja vejo uma faixa convocando seus fiéis para o culto em determinados horários para a gravação da rádio relógio.
...
passei o dia inteiro me sentindo macabéa.

Levai-me aonde quiserdes.
Aprendi com as primaveras
a deixar-me cortar e
a voltar sempre inteira

(Cecília Meirelles, Levai-me aonde quiserdes)

porque sempre floresço no inverno*.

*tá, ainda não é inverno. mas deu pra entender.

o iarrú, tá com 1GB de espaço? uh-ru!
[ô trocadilho besta]

acordei no meio da madrugada com cólicas; tomei meu sos cólicas da homeopatia. não sei o porquê de cólicas me causarem piriri, mas é sempre assim. o remédio tem demorado um pouco pra fazer efeito, preciso falar isso pra médica. tomei um longo banho fervendo. há quem diga que banho muito quente dá mais frio. comigo é ao contrário, saio do banho com toda aquela quentura presa dentro do corpo, e demoro muito pra voltar a sentir frio. fiquei descoberta até quase o amanhecer.
+
não fui à faculdade :o(
+
camilinha, minha irmãzinha, havia me pedido pra levá-la ao salão hoje, queria fazer depilação. desde sábado estou falando pra ela marcar horário. hora do almoço, hoje: marcou salão pra que horas?, ainda não marquei, escolhe: ou vai a-go-ra ou não vai mais que preciso ir ao fórum e aos correios e você não sabe se vai ter horário; te deixo lá e pego mais tarde; mas eu preciso almoçar, almoça na volta, preciso almoçar; ela precisa almoçar, filha, tá bem, então; fui.
+
mas antes de ir, liga minha tia. o carro deu problema, vovó tem cirurgia marcada pra hoje (vista); fala pra ela esperar que já estou indo. menos de três minutos depois ela liga de novo, o mecânico deu um jeito, estamos indo. como assim deu um jeito? pelo menos passa aqui, pega o carro. não precisa. eu fiquei com aquela cara de ponto de interrogação.
+
agora é assim? eu entro no msn e o mais fofo dos fofos aparece? **suspiros**
+
Quem é o mais fofo do MSN? O que ele diz que o faz merecer tal título? Hein?. E eu posso com esse menino curioso?

quero a sorte de um amor tranqüilo / com sabor de fruta mordida

tudo culpa desse tempo frio e da tepeême maledeta.

acabo de escrever isso e entra o mais fofo dos fofos do msn. e nao me da a minima, nunca.

atualizado: só pra queimar minha língua ele puxou assunto hoje...

semana que vem começa a bienal do livro, no rio centro.

alguém a fim de ir?

em tempo: isso é um convite, visse?

detesto remédios. de-tes-to. só tomo se estiver morrendo ou em vias de. por isso durante muito tempo sofria calada: um tepeême violenta e um rinite crônica quase virando sinusite. aí, vocês já sabem, ano passado fui no astrólogo (preciso voltar lá) e ele me aconselhou a procurar homeopatia. batata. em pouquíssimo tempo estava bem melhor. já contei essas histórias aqui.
mas meu cabelo continuava a cair, a pesar do -- caríssimo e chato -- tratamento dermatológico. teria comprado metade dos livros que preciso pra faculdade, e não estou exagerando. além, claro, de umas perebas aqui e ali, muito estresse, falta de ânimo, um ansaço crônico.
+
até que minha anja-da-guarda, a Giorgia, me receitou uns florais. estou encantada. o cabelo reduziu a queda, as perebas melhoraram, a disposição voltou, estou lidando melhor com o estresse, embora ele só vá dar uma trégua mesmo quando finalmente conseguir tirar férias (não lembro quando foram as últimas). e vejo que meu relacionamento com as pessoas está melhorando.
enfim, em quize dias, surge uma nova mulher :D mas não tenho isso de querer resultados djá. sou a favor do devagar e sempre.
e estou conseguindo algo fantástico: otimizar meu tempo. há muitíssimo tempo não tinha um final de semana tão produtivo. sábado fui ao salão, fiz minha manutenção (pé, mão, buço, sobrancelha, axila), fui pro inglês (que é em nova iguaçu), peguei mais um vidro de florais na quintessência (no flamengo); o meu está quase acabando e Giorgia trocou um deles. às três da tarde estava de volta em casa (e se você conhece o rio sabe qual a distância nova iguaçu - flamengo), estudei até de noite, fiquei um pouco de bobeira por aqui, estudei mais. domingo acordei às sete, sem despertador e com toda disposição! depois do banho e café, passei o dia nas costuras do post aí debaixo, depois bordei, voltei pra cá (que esse vício não me larga). isso me fez tão bem. é minha melhor terapia: ocupar mãos e mente ao mesmo tempo fazendo algo que gosto muito.
muito obrigada, querida. você não sabe o bem que me faz.

COMO ASSIM NINGUÉM ME AVISA QUE O ROCCO PITANGA ESTÁ EM MALHAÇÃO???

listinha de coisas que gosto de ouvir -- II
(sempre inspirada nele)
- domingo pé de cachimbo
- pois, sim
- vou me abostar
- a bença, vô
- péla-saco
- combater o bom combate
- tá se sentindo uma gracinha*
* essa é da mariana

passei o dia inteiro assim, as voltas com costura. como costuro pouquissimo fica tudo devidamente entulhado dentro do armario. pra armar meu circo preciso da mesa cozinha pra ter onde colocar a maquina de costura (lulu em acao nas duas fotas ai de baixo!)

e tambem preciso da mesa da sala pra poder me espalhar a vontade ;) (e por essa mesa ser de vidro, preciso usar a da cozinha pra colocar a maquina, capisce?)

quando entrei no curso de costura no ano passado, guardava o material quase todo nessa caixa de papelao, feinha, tadinha. mas que me quebrava o galho.

apiedada da minha penuria, thereza me deu essa caixa de mosaico linda, linda que ela mesma fez.

nira & cia me deram essa caixa de costura maravilhosa (ideia do fabio!). fiquei toda, toda.

como se nao bastasse mamae me deu mais uma caixa de costura, cheia de divisoes. um luxo. nao achei a foto dela, mas na terceira foto de cima pra baixo, ela tambem esta na mesa, a esquerda.

resumo da opera: eu tinha uma sigela caixa de papelao onde cabia tudo. agora tenho quatro caixas de costura completamente abarrotadas. socorro.

e fiquei o dia todinho costurando uma unica bolsa, que tia catia adorou e levou. e bordei uma outra, que acabo de costurar semana que vem.

casa da lulu

domingo, maio 29, 2005

os cegos do castelo

de luzes e de cores

sábado, maio 28, 2005

igreja de nossa senhora dos remédios

sexta-feira, maio 27, 2005

revelações

terça-feira, maio 24, 2005

fluminense

segunda-feira, maio 23, 2005

sábado, maio 21, 2005

vassouras

sexta-feira, maio 20, 2005

vó

quinta-feira, maio 19, 2005

Bienal

quarta-feira, maio 18, 2005

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