casa da lulu

domingo, novembro 14, 2004

esses dias
Páro num daqueles quiosques da Lagoa. Algumas amigas, três casais, duas famílias. Olho o nada. Às vezes avisto uma vela solitária; e a vida passa rápida em cima de rodinhas variadas. Vejo um pipoqueiro. E o vento vem estranho, tangenciando o cabelo e trazendo o cheiro de cigarro de duas mesas distantes. O garçom traz a bebida e me olha enviesado. Ignoro. De repente a vida passa devagar -- e não estou acostumada com isso. O guardanapo dança enquanto escrevo. Um rosto familiar. Advogado também? Não sei, não lembro. Penso em frustrações e esperanças. Nos amigos também. Beberico a "água sem gás num copo com gelo e limão" escrito Heineken, isso eu não pedi. Céu cinzento, o helicóptero não se importa. Há algumas noites, falta de ar, tosse. Não me importa. Sinto calor e frio intercalados. Você poderia ter me salvado. Diz alô. Sorrio. Não me venha com esse discurso que tenho as respostas, você sabe que há tempo não as tenho mais. Conversas imaginárias. Sinto o cheio de pipoca. O celular toca. E por quê não?