casa da lulu

terça-feira, novembro 30, 2004

to cansada, corrida, tenho mais espinhas agora que aos quinze e preciso lembrar de comentar isso com a homeopata, que foi depois de começar a tomar os remédios. coisas inacreditáveis acontecem e sempre vejo o gato escondido com o rabo de fora: meu amigo de virilha tenta, tadinho, só tenta, me dar uma volta e to eu lá na curva, vendo tudo, não vai dar pra almoçar contigo, Lu, porque vou despachar com meu chefe agora e não sei que hora vou estar liberado; beleza; cinco minutos depois estou no ponto de ônibus esperando, dã, o ônibus e o vejo passar.. de mãos dadas. depois me ligou, eu comentei o aconticido e ele, com toda calma, disse que não me viu. se é verdade ou não, há muito não me interessa. essa história já foi longe demais e já deu o que tinha que dar, sem trocadilhos, por favor, que estou sem paciência. na hora que o vi fiquei com muita raiva. raiva, e o mais curioso é que não sinto ciúmes. dois segundos depois me toquei do absurdo da situação e a raiva passou. apaguei todos os números dele da memória do celular e pronto. as pessoas começam a sair da minha vida saindo da memória -- inclusido celulítica, se é que vocês me entendem. nunca tolerei mentiras, era só ter dito Lu, não vai dar e pronto. ele contou uma história enrolada e, bem, cada vez que ele faz uma caca, compra um presente. qualquer diz tem um caminhão parado na minha porta descarregando tudo. ou não. ah, chega. estou tagarelando e tenho que sair correndo pra fazer audiência e a cliente é minha mãe, vejam só a responsabilidade. esse tempo continua lusco-fusco, eu continuo cansada pra caramba, o trabalho continua absurdo, acabei de fazer a calça e não gostei da bicha depois de pronta, agora estou acabando um vestido e não sei se vai ficar bom, não tempo tanta paciência assim pra alinhavar tudo e depois passar na máquina, coloco alfinetes e passo na máquina direto; uma das útlimas coisas que faço é experimentar, mas aí a roupa já está quase pronta. ah, sim, e o puto ficou de me ligar de noite e claro que não ligou. se eu falar que fiquei esperando é pura mentira, fiquei acordada até às tantas por conta desse bentido vestido. só quando fui deitar que me dei conta. e o pensamento voa, penso nos meus sonhos, ambições, paixões, desejos e sei que [quase] tudo só depende de mim. mas to cansada até pra isso. quero uma vida pré-fabricada, pelo menos até janeiro.