casa da lulu: dezembro 2005

sexta-feira, dezembro 30, 2005

(quase) todo dia leio os blogs que me apetecem e fico sabendo mais da vida alheia. pessoas que nem conheço de verdade. e que nem sabem que eu ando por lá. enfim. não é isso que quero falar. é que quando volto aqui pra essa casa, pqp, como sou piegas.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

fliz, fliz

é assim que quero o ano novo pra todo mundo: com muita felicidade, fartura, harmonia.

nada de mesquinharia, problemas cotidianos. nada disso.

dias luminosos, singelos e belos. uma brisa, um amigo, um bom papo, um sorriso, quitutes de dar água na boca.

porque a vida é agora. é cada segundo, cada breve momento com quem amamos.

e mesmo longe, a distância não diminui o sentimento, não esmorece. só aumenta a saudade e a vontade de ficar juntos, enroscados, braços dados, dormir conchinha.

e 2006 bate à porta.

seja bem vindo.
ontem liguei o rádio antes de dormir. e uma saudade sem fim me invadiu o peito.

unforgettable, that's what you are
unforgettable though near or far
like a song of love that clings to me
how the thought of you does things to me
never before has someone been more

unforgettable in every way
and forever more, that's how you'll stay
that's why, darling, it's incredible
that someone so unforgettable
thinks that I am unforgettable too

unforgettable in every way
and forever more, that's how you'll stay
that's why, darling, it's incredible
that someone so unforgettable
thinks that I am unforgettable too


[nat king cole e natalie cole cantando unforgettable]
não gosto de natal, acho a festa mais sem graça de todos os tempos.

mas descobri que amo chocotone, nham-nham.

foi assim: não gosto de panetone, é enjoativo. e não me animava a provar o tal do chocotone, que jamais poderia imaginar que chocotone é o que há!!!

e se o natal é murcho, o mesmo não se pode dizer do ano novo.

amo, amo, amo.

pra ser perfeito, só falta o e.

enfim

o acabamento não ficou assim uma brastemp... não agüentava mais, minha coluna já estava pedindo arrego.

de longe nem dá pra perceber, né? [cof]

e ainda tem forro e renda!



a pimpim nem acreditou. mas será que a saia ficou pronta mesmo?



e então que a blusa não combina com a saia.

e daí?

quarta-feira, dezembro 28, 2005

as frô :)

uma blusa branca, bem simples, sem enfeites nem nada. e apliquei essas margaridinhas com cola de tecido. tem de vários tipos, é só entrar no armarinho e escolher. compra-se à metro.

e pronto.

uma blusa exclusiva.



(ouquei a foto não está boa; mas não exijam muito de alguém que passou o dia tentando fazer uma saia e ainda não acabou *suspiro*)
desde nove horas da manhã. e tudo o que consegui foi fazer o molde e cortar. que olhei o primeiro molde que fiz e tem alguma coisa errada aqui. tinha, claro. outro molde. tecido, risco da saia, cós, forro. pois é, também não sei pra quê fui inventar uma saia com forro. só que sem forro não rola, fica meio transparente, modos que neeeem pensar.

espero acabar a saia antes do ano novo. não tô nem um pouco a fim de entrar o ano de blusa e calcinha. (não esse ano. que no próximo ano novo... ah, o próximo ano novo!)

terça-feira, dezembro 27, 2005

antes de ir fazer as compras fiz a lista. e contei o dinheiro, que não queria comprar nada com cartão ou visa electron/ rede shop (nunca sei se o cartão do banco é de um ou de outro, enfim).

cara, ri muito pra não chorar.

nem fodendo vai dar pra comprar isso tudo, pensei.

e deu, viu?

o nével das compras: agenda + jarra pra flor = 9,80.

sim, minha gente, menos de dez surreais. e foi tudo por aí.

agora? é respirar fundo e tomar coragem de fazer a saia. e bordar a blusa. e tenho diversão pra um ano inteiro só com isso.

affff.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

-- nina simone me faz ter muitos, muitos pensamentos impuros;
-- nunca mais vai fazer sol? :/
-- ainda não tive coragem de abrir nenhum dos muitos livros que quero ler, por culpa da preguiça infinita desses dias (sei que já falei isso hoje, ainda não estou tão gagá assim);
-- amanhã ainda é dia de bobeira geral e institucionalizada; na quarta volto a trabalhar, que quero entrar o ano com tudo em dia;
-- na lista, ainda há compras por fazer: agenda nova (é, ainda não comprei; e não, não estou cogitando a hipóte$e de uma palm), tecido pra saia de ano novo (ando animadinha pra costurar, hoje até fiz bainha numa toalha pra mamãe -- e como se isso fosse algo dificílimo, cof) e umas outras coisas que não lembro agora;
-- me sinto com dezessete anos. e isso é bom :D

home is where heart is

aqui em casa tem uma xícara com essa frase. presente da minha prima que mora na califórnia pra vovó. e de quando em quando a leio em algum lugar pela internet. e semana passada pensei nessa frase muitas vezes. que o coração pode estar fisicamente tão tão longe, com um sentimento tão vivo, tão forte, que deixa as pessoas tão próximas.

na quarta-feira lembrei do aniversário de casamento de t. e p. pensei em ligar mas, ah, tem sempre um mas.

e na sexta não esqueci que era dia 23. porque todo dia 23 é dia.




imagem pescada aqui, vai gúgol. e, veja só, o site é sobre a catalunha...


Chagas abertas, Sagrado Coração, todo amor e bondade. O Sangue do Meu Senhor Jesus Cristo, no meu corpo se derrame, hoje e sempre.


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo, o meu corpo não me alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.


Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder da sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré me cubra com o seu Sagrado e Divino Manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu Defensor contra as maldades e perseguições dos inimigos. E o Glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, em nome da falange do Divino Espírito Santo, estenda-me o escudo e as suas poderosas armas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências e que debaixo das patas do seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olho sequer que me possa prejudicar.


Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.


[oração para a giorgia querida]

preguiça...

que segunda-feira é assim, uma preguiça sem fim. ainda mais hoje, a última do ano. e o ano passou tão rápido. ia fazer um balanço do ano mas o que importa é que estou fliz, fliz.
muitos planos e expectativas pro próximo ano. me dá um frio na barriga e uma ansiedade danada, de quem espera coisas boas.

domingo, dezembro 25, 2005

queridos, obrigada pela solidariedade. ainda não decidi o que vou fazer com a faculdade, se vou pedir exclusão das disciplinas ou o quê.

o fato é que no domingo comecei a melhorar, foi o dia que e. chegou da espanha, queria fazer surpresa e nem conseguiu. que eu já estava arrancanado os cabelos com a falta de notícias e, pronto, acabou-se a suspresa. dias de felicidade maravilhosa mas ele já está voltando pra lá. passa rápido, tempo, passa, quero que maio chegue ontem.

sábado, dezembro 17, 2005

menos três quilos em dois dias. vou ficar reprovada na matéria que mais gosto porque minha cabeça derreteu, meus olhos ardem, até meu cabelo dói, e não consegui fazer o trabalho final. me sinto com oitenta anos. não agüento mais me sentir mal. não quero mais me sentir sozinha. não tô dando conta de mim mesma.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

noite em claro. febre estúpida. emergência. exames. remédios. sinusite. tá doendo, porra!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

os banhos quentes de ontem me aliviaram a cólica. e me deixaram mega-resfriada. mas que beleza :(

os skype dá erro e não liga mais. beleza 2, a missão.

meu computador do escritório mór-reu. beleza 3, a revanche.

não era suposto do inferno astral já ter acabado?

quarta-feira, dezembro 14, 2005

a cólica foi e voltou; não consegui dormir; nem consegui assisitir o filme pra fazer o trabalho, droga; ligo e o skype me avisa pela zilhonésima vez que está ocupado. sei o que (não) tenho que fazer e não me contenho. quero carinho, atenção, chamego. esse lado mulherzinha sabe ser um saco. nem tento ser diferente porque já tentei e, dã, advinha? não consegui. melhor a fazer é beber uma água, engolir outro ponstan, tomar um banho quentinho e me enfiar debaixo do lençol.
tive que sair do escritório às pressas, mal me agüentava em pé de tanta cólica. não sei como começou, quando me dei conta ela já estava lá, instalada. nem sei como consegui vir dirigindo.
botei os pés em casa e primeira providência: ponstan. constatação: acabou. solução: buscopan. que não fez efeito nenhum. depois de meia hora estava deitada na cama, rolando de dor, com vontade de chorar, com muito calor e muito frio tudo-ao-mesmo-tempo-agora. pedi pra minha irmã ir na farmácia aqui do lado comprar o bendito ponstan pra mim, mas eu ainda tenho que tomar banho. vou falar com o alexandre. que também ainda tinha que tomar banho. entrei no meu quarto voando, peguei a primeira roupa que me passou pela frente e ele mas é só você esperar que eu tomo banho e vou. acontece que eu tô sentindo dor a-go-ra, preciso do remédio a-go-ra, daqui a meia hora quando você acabar de tomar banho eu já vou ter morrido de tanta dor. é difícil de entender isso? porra, mas tu é grossa.
fui pra rua marchando, morrendo de dor, de raiva, com vontade de chorar, cabelo em pé (só vi quando cheguei em casa), uma cara de quem estava morrendo. tomar banho de cu é rola, pensava.
na farmárcia aqui perto de casa só tinha ponstin ou um outro trem parecido com isso. é genérico do ponstan, mais barato e tudo. cara, eu não estava pesquisando preço, fazendo pechincha, nada disso. estava hipotecando a minha alma por um único comprimidinho de ponstan. a vontade era de pegar o puto do farmacêutico pelo colarinho e berrar no ouvido dele ponstaaaaaan, entendeu? ponstaaaaaaaaan. consegui reunir forças e falar obrigada, mas eu já tomei outro remédio que não fez efeito. então só serve ponstan mesmo.
estava com tanta dor e tanta tanta vontade de chorar que o mundo era uma grande mancha preta na minha frente, fui às apalpadelas até a outra farmácia láaaaa longe e comprar o bendido do remédio. entrei no cospe grosso duas lojas depois e comprei alguma coisa pra beber, nem sei se foi um mate ou um guaravita desses da vida, e tomei o remédio.
voltei o mais rápido que pude, que só queria saber de tomar banho pra colocar a barriga embaixo de uma água pelando de tão quente.
+
na hora fiquei com raiva, havia cinco pessoas em casa. depois pensei melhor. acho que a maior parte das pessoas não entendem que dor, bem, que dor dói -- quando dói nos outros. ainda mais cólica, parece frescura. minha mãe nunca teve tepeême na vida. minha irmã muito raramente tem cólica e mesmo assim é leve. então elas não têm esse parâmetro de que essa porra efetivamente dói pra caralho.
+
na hora da dor, só lembrava de uma amiga da mamãe que morreu de câncer. sei que ela sentia muitas dores e os médicos ficavam dando morfina a ela no conta-gotas. porra, a mulher sentia doooooooor! muita, muita dor. se eu não agüento dor de cólica, imagina uma dor de câncer, comendo tudo por dentro. ficava passada com os médicos que não ministravam os remédios na quantidade adequada. todo mundo sabia que ela estava morrendo, poderia pelo menos ter partido sem sentir dor, com um mínimo de conforto.
+
isso tudo é pr'eu aprender a ter prioridade. que eu desmarquei a homeopata porque estava totalmente enrolada com a faculdade e o escritótio. ouquei, já fui à outra consulta, já retomei os remédios mas fiquei um mês sem fazer o tratamento. eis o resultado.
pra não haver dúvida de nenhuma espécie: mim gostar de receber zimêios.

terça-feira, dezembro 13, 2005

tem noites que sonhos tanto que acordo exausta: ontem sonhei que estava grávida (!), de novo(!!); e de novo, era dele; depois, sonhei que e. já havia voltado; (tem um sonho aqui que eu esqueci); e que o irmão de uma amiga tentava me beijar e eu não queria de jeito nenhum e não conseguia me desvencilhar (é com cê?) e ele me segurava os braços e ia me dando um embrulho no estômago e uma angústia e uma falta de ar... acordei assustadíssima. tudo isso numa noite só.
.
essa última noite foi atípica: sono profundo, sem sonhos.
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chove de novo. ou ainda, porque o tempo hoje não abriu, apenas não caía água do céu. tinha pensado em ir com um vestido comprido, de linho branco, na formatura ontem. impensável deixar a barra arrastar na água. desacreditei que usei uma blusa preta de manga comprida, gola rulê, saia branca, sapato preto fechado, estilo boneca, em pleno dezembro. pensei que fosse julho ou algo assim.

isso aqui tá até parecendo sáite de carola, mas vamos lá

sabe aquela santa sara carésima? esquece. descobri numa loja de um e noventa e nove aqui pertim pertim de casa uma santinha liiiinda, exatamente como eu quero. claro que não custa um e noventa e nove, mas é um quarto do preço da outra.
+
ontem foi a colação de grau de mamãe. segunda faculdade (essa, particular), também história. fomos comemorar e, à mesa, oito pessoas, todas da família. dessas, cinco são alunos/ex da queridíssima. fiquei feliz. dois estudaram quando ainda não havia ponte. ambos já casados (não entre si), com filho(s) e nenhum morou em niterói.
não me perguntem, também não sei.
hoje é dia de santa luzia. estava procurando no gúgol uma imagem dela e encontrei essa aí debaixo, diferente das imagens que costumo ver da santa.
e essa foi furtada de uma capela em portugal. a história está aqui.



e já sei o que vai acontecer: daqui a pouco o telefone começa a tocar e umas tias bem velhinhas e umas amigas tresloucadas me ligam pra dar os parabéns. que é assim: meu nome é luzia + nasci perto do dia da santa = ah, o aniversário dela deve ser dia treze mesmo.

foi assim: mamãe ainda não sabia que nome escolher: passou dia quatro, então nada de bárbara. a próxima tentativa seria maria da conceição, por causa do dia oito. vou dar graças por toda a eternidade por ter nascido um dia antes e por ter pego conjutivite nos dois olhos logo no mesmo dia.

vovó conta que minha mãe só chorava, ela vai ficar cega, mãe?, "não, filha, ela vai ficar boa". ela vai ficar boa mesma? vai ficar cega não?, "não, nadia, ela vai ficar boa, vai enxergar direitinho".

por via das dúvidas, mamãe fez promessa pra santa luzia e eu ganhei o nome dela. e vovó ficou ouvindo a ladainha do ela vai ficar boa mesma? vai ficar cega não? até eu ficar boinha :)


(e ontem foi dia de gualdalupe, só lembrei hoje, tsc.)

Ponho o meus olhos em você, sem você estar
Dona dos meus olhos é você, avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver, é como chão do mar
Liga o radio a pilha a TV, só pra você escutar
A nova musica que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Os meus olhos vibram ao te ver, são dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros pra poder, melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer, é só você se afastar
Pinta os lábios para escrever, a tua boca em mim

Que a nossa musica eu fiz agora, lá fora a lua irradia a gloria
E eu te chamo, eu te peço vem
Diga que você me quer, porque eu te quero também


Passo as tardes pensando
Passo as fases tentando lhe telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando sem você desembarcar
Pra eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas pro fusca lá fora

E eu vou guiando, eu te espero vem
Siga onde vão meus pés, porque eu te sigo também
Eu te amo, eu te peço vem
Diga que você me quer, porque eu te quero também


[luz dos olhos, nando reis]

segunda-feira, dezembro 12, 2005

a boa notícia do dia é que comprei uma santa sarinha no mundo verde. ela é pequeninha, bonitinha e foi bem baratinha. mas quero mesmo a que eu vi numa loja que adoro: é feita por um artista e, bem, o preço é uma exorbitância. já até criei um fundo-santa-sara-kali, que só vou sossegar quando conseguir comprar.
pra virar gente: podóloga, ao menos uma vez por mês.

e minha vó quer saber qual é a diferença entre pedicure e podóloga afinal...

domingo, dezembro 11, 2005

estava lembrando da última vez que fui a são paulo. quer dizer, da última vez que passei por sampa: sábado de madrugada, uma lua quase cheia, céu estrelado, marginal tietê, a caminho de londrina; foi rápido, o ônibus sequer parou. e foi o suficiente pra me dar um nó no peito, uma vontade de descer do ônibus correndo e ir pra pça. paul harris, ainda que fosse a pé. rolaram duas lágrimas, virei o rosto pro lado e fingi dormir.
sabe o que eu fiz hoje? dei um ataque de pelanca sem motivo algum. deve ser a saudade, que é muita. só haveria desculpa se o conhecesse há pouco tempo. esse é o jeito dele e isso não quer dizer que ele não gosta ou que não se importa. vontade de me esconder embaixo na cama de vergonha. sou a mestra em papelões.
é estupidamente tarde e penso em quem amo. hoje fui rezar um pouco. meditei, agradeci, mentalizei coisas boas pro próximo ano. e só então me dei conta do cansaço da semana, do quanto realmente estou exausta e que preciso dormir muitas horas seguidas, das pessoas terem que entrar no meu quarto pra ter certeza que eu ainda estou respirando.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

o cansaço prega peças. chave na mão pra abrir o escritório, olho pras minhas mãos. cadê a minha pasta, cadêeeee? o caração foi pra boca, senti o sangue sumir do rosto, um soco na boca do estômago e muito desespero: muitos documentos de clientes dentro da pasta e iniciais que dei entrada essa semana.
tentei refazer o caminho: saí de casa com a pasta na mão; mamãe estava chegando da rua, disse pr'e vir por escritório de carro e eu não quis, porque tinha quepassar no mercado e comprar mateiral pra menina fazer faxina amanhã. hummm.... a sacola do mercado está na minha mão. modos que ou esqueci a pasta no mercado ou no ônibus.
e se tiver esquecido a pasta no ônibus vou estar muito mais do que fudida.
mãe, pelo amor de zeus, vai no mercado aí do lado pra mim e vê se eu esqueci minha pasta lá. menina, a pasta estava na sua mão. estava do verbo eu não sei onde foi que larguei a bicha, mãe. e vou morrer se tiver esquecido no ônibus.
três minutos depoiso celular toca e a pasta já está comigo. tu esqueceu na caixa do mercado.
agora dá licença que vou ali beber uma água pra desestressar.
esses dias tenho trabalhado muito, estudado mais ainda e estou exausta. as atividades parecem não ter mais fim e não consigo tempo pra ir nadar. o inferno astral acabou, finalmente. sinto tanta falta, de tantas coisas. minha cama é um deserto. quero o tempo passando rápido ao mesmo tempo que o porvir me dá um frio no estômago.
fiquei imensamente feliz com as mensagens de aniversário aqui, no zimêio, no yakult. obrigadinha.

quarta-feira, dezembro 07, 2005


o melhor presente de aniversário de todos os tempos

30!

terça-feira, dezembro 06, 2005

trabalhando. e me dou conta que os arquivos que preciso nesse-instante-agora-now-djá estão no computador de casa. minha irmã atende o telefone e peço pra ela me enviar por e-mail. junto com os aquivos anexados, a mensagem:

De: "Camila xxxxx"
Para: casadalulu@yahoo.com.br
Assunto: UM POR FAVOR É BOM DE VEZ EM QUANDO!!!!!
Data: Tue, 06 Dec 2005 10:36:20 -0200

oi.....EU SÓ QUERIA DIZER Q SE VC ME PEDISSE POR FAVOR FARIA AS COISAS
MAIS
RAPIDAMENTE...E UM OBRIGADA DEPOIS TB VAI SERVIR!!!!


cara, como eu gosto desse humor sarcástico dela.
se eu estivesse com raiva, diria que hoje é um dia de fúria. se. mas se um dia de fúria fosse iria dizer que é preciso uma incompetência absurdamente enorme pra ser uma pessoa boa. que pessoas boas só se fodem. será que tem uma cominidade no orkut bonzinhos só se fodem? seria prefeita.

então me sinto ainda mais cansada e sozinha.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

seguinte: não estou conseguindo acessar nenhum blog (nem mesmo essa casa) hospedado no blogger. modos que não sei nem se aqui tem comentário que nunca lembro o site do comentador pra ir lá ver. e hoje o dia foi tumultuado, estou estressada e de mau humor, então é melhor deixar tudo como está. amanhã eu penso nisso.

domingo, dezembro 04, 2005

sentido



[ruínas da igreja de nossa senhora estrela dos mares. porto de estrela, magé - rj. foto minha]

quando estou nessa quase-histeria-esquisofrênica tenho uns lampejos do sentido da vida. é quase um transe, meio que saio do corpo. só dura meio segundo e então tudo volta a ser como dantes. pode ser só stress, mas acho que não, porque quando acontece é do nada. às vezes quando acordo no meio da madrugada e fico de olhos abertos no escuro, sem pensar em nada. e vem essas ondas de sentido. e vão embora.
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cara, será que isso tudo é necessidade de férias?
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o inferno astral está no finzinho. e ele serviu pra me mostrar o que estava pendente em muitas áreas: no trabalho, na faculdade, na família, no coração. e é a primeira vez que tenho lucidez suficiente pra perceber isso. e lembro desse post da giorgia e concordo com a explicação do amigo dela: tudo o que não é bem resolvido durante o ano (que começa no dia do nosso aniversário), eclode no inferno astral.
saldo positivo do dia: prova feita, monografia ouquei, três petições e uma inicial.
saldo negativo: além de estar no escritório ainda não almocei.
eu disse que foi ontem, mas me enganei. hoje faz seis anos que nos conhecemos.
eh parrei, yansã.
hoje é aniversário da querida giorgia, a quem desejo todo o amor e felicidade do mundo.

sábado, dezembro 03, 2005

da série: por que as pessoas são assim, ó céus?

colega de faculdade me envia torpedo perguntando se o final de semana está legal e se já fiz a prova. pô, me envia por e-mail. confiro a janela de status do velox e estou há exatamente onze horas e trinta e dois minutos conectada. comecei tentando ajeitar a monografia e resolvi fazer a prova. então me envia a prova por e-mail de cu é rola.
bocejo.
Amor que não se entrega estraga. Carinho que não se faz é desprezo. Sentimento guardado, fogo morto.
[claudio rubio, circulando]

se isso não é inferno astral, desconheço o que seja

provas, trabalhos e clientes chatos me pentelhando não acabam nunca. de hoje até meu aniversário, na quarta, devo conseguir dormir umas três horas por noite. se tanto.
e claro que ontem chovia à baldes. e claro que tinha gente sem noção na estrada, um cara que do nada trocou de pista, e mais claro ainda que eu tive que enfiar o pé no freio com toda a força do mundo. o carro fez aquele barulho horrendo de freada, deslizou por causa da pista molhada e eu só fiquei esperando o buuuum. só são jorge pra me proteger assim: o carro parou a meio pentelho do carro do doido da frente, que sequer me pediu desculpas. o coração estava na boca. desculpas à minha carona, e ele esse cara que é doido, como que ele muda assim de pista? (carona sensata, de sempre dar razão à sua motorista). nem xinguei o ensandecido como normalmente faço porque só lembrava de agradecer por não ter batido. teria me arrebentado inteira, ô se teria. e revolvi voltar a falar potoca pra me acalmar.
foi muita coisa muito foda.
e agora tô aqui no meu borralho, endireitando essa monografia que tem que ficar pronta h-o-j-e.
bom dia procês também :p

sexta-feira, dezembro 02, 2005

É uma índia com um colar
A tarde linda que não quer se por
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o a de que cor?
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou

E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar onde eu não vou
O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso desse amor

Corre a lua, por que longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por essa noite
Por que está amanhecendo?
Peço o contrário, ver o sol se por
Por que está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for?

Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente dura o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou
O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor
O que você está dizendo?
Um relicário imenso desse amor

O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que você está fazendo assim?


[relicário, nando reis]


ninguém nunca lê letra de música num blog. mas é daí? *pisc

a grande família

assisti ontem. eu e mamãe na casa da vó. minha vida em rede nacional, exposta sem pudores e sem dó. que aquilo tudo que os pais da bebel fizeram com o narmorado dela, os meus pais fazem com os meus. vergonha, muita vergonha. e car*alhos sendo exclamados a cada dezoito segundos. e mamãe se contorcendo de tanto rir porque sabe que ela e meu pai fazem aquilo tudo, independente de quem seja o namorado. *suspiros*
01°/12, 21h - Faz calor e não consigo me concentrar nos textos da prova. Não consigo escrever à mão sem usar maiúsculas. Estar na casa da vó por causa do reforço na dedetização e ter que entregar prova e monografia, que ainda está engatinhando, na segunda. O banho aqui continua frio e, por causa do calor, não reclamo. O professor de América elogiou minha letra ontem, durante o seminário, títulos de texto no quadro; talvez seja por isso do capricho na letra. O bom de escrever com lapiseira é poder apagar; e girar a borracha nos dedos nos entremeios. Da janela da sala da vó vejo as luzes acesas de um apartamento que já foi meu. Sonhos bobos não deixam vestígios. Há dez anos as fotos nas paredes eram dos meus primos em muitas idades, minhas também. Agora são de seus filhos, exceção apenas à Camila, neta caçula e temporã. Lembro dos meus sonhos de Pedro, Rafael e Otávio, três, pra correr pela casa e enchê-la de alegria. Ou então Manuela, em qualquer ordem. Tempo, tempo, tempo. Recomecei muitas coisas, os florais inclusive. Deixar doer sem me deixar levar. Quero o mar e um céu sem nuvens.
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02/12, 11h28min - sonhei que estava grávida. e feliz.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

versão I

querido noel,
não rola mais um papai no cabeçalho e sei que você não se importa.
é o seguinte: não vou pedir nada que se possa comprar, que não preciso de nem um grampo a mais. não que eu não queira coisas (hohoho), você sabe que sou consumista. mas o lance não é esse.
os últimos anos não foram, assim, fáceis. de tudo, as perdas doeram demais. sempre doem, você vai dizer. e é isso mesmo, são feitas pra isso: do-er. e ensinar a crescer, na marra, se for preciso.
quem eu amava foi embora e me deixou um vazio muito grande. depois foi aquela história ano passado, eu achando que estava com câncer por causa do resultado do exame de rotina. fiquei enlouquecida até sair o resultado da biópsia. alarme falso. e a dor de me libertar das amarras de um mundo hipócrita e decidir ser feliz de novo, começando uma nova faculdade.
até pensei em pedir pra ser poupada dessas desventuras mas, quer saber?, é isso que me faz valorizar cada bocadinho de felicidade: um sorriso, um dia nublado, um oi, tudo bem? pelo emeésseêne.
então, só peço o que é realmente difícil: saúde, harmonia e felicidade. e o que for melhor pra mim -- e isso é difícil, porque o melhor pra mim não é exatamente o que eu quero. e eu sou tão teimosa.
ah, o que eu quero *suspiro* ainda está tão longe, há tanto ainda por viver. porque certeza, bem, que certeza se pode ter? nunca tenho nenhuma, nem as mais óbvias. então, como saber se realmente é o melhor pra mim?
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aqui a carta empacou. que ainda há tanto a se dizer. mas esse é um blog público, certo? e há coisas a serem con-ver-sa-das e não lidas ao mero acaso. e me policio. e as palavras saem e são apagadas. muito ousadas? não sei. mas pisar em ovos é assim, não se saber de um nada nessa vida. e já está tarde, estou cansada, com sono e com uma leve tristeza que me faz ter vontade de chorar. vontade de chorar sem motivo e fora de hora, que nem desculpa de tepeême há.
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modos que o melhor a se fazer é tomar banho e dormir.