casa da lulu

quarta-feira, julho 07, 2004

Semana passada comprei uma agenda telefônica tipo fichário e levei quatro dias pra organizá-la. A letra zê por último, como já era de se imaginar. E lá o telefone de Dona Zezé, de casa, do consultório, do sítio da amiga. Ela é mãe de você-sabe-quem-eu-não-quero-dizer-o-nome e vivo com saudades dela, de sonhar que estamos conversando ao telefone e tudo. Pois é, isso tudo pra dizer que liguei pro consultório, nos falamos rapidinho, ela disse que havia perdido meu telefone (e eu acreditei, claro; o filho dela nunca soube nenhum dos meus telefones de cor, mesmo depois de anos). Dei os números, pela milésima vez na vida. Te ligo de noite, aí podemos colocar a conversa em dia. E realmente ligou, no meio do último episódio de Friends (e, depois de dez looongos anos, não sei como acabou :( Ficamos quase uma hora no telefone, fiquei sabendo de tudo e todos, muitas saudades daquele povo maluco. Você-sabe-quem continua na mesma vidinha de sempre, não mudou nem um milímetro, mas também não fiquei perguntando por ele. E tive certeza que tudo está definitivamente no passado, que foi o melhor que poderia ter acontecido. Curioso como alguém que um dia foi tão importante é tão passado.Tudo era tão claro e eu, cega, não via.