casa da lulu: abril 2004

quinta-feira, abril 29, 2004


almoço em família

- Não está mais de dieta?
- Não ,vó.
- Por quê?
- Só consigo fazer dieta quando estou em condições normais de temperatura e pressão.
- E o que aconteceu que descompensou a pressão?
- Tô sem um puto e isso é muito grave.
- Ué, e só pq está sem namorado não consegue fazer dieta?
- hã??????????????????????????
- Não, mãe! A Luzia quis dizer que está sem dinheiro.

*

Sem comentários.


Sim, minha formatura é hoje.

(o convite não está aparecendo, é isso? ai, meus sais! vida moderna... o convite também está aqui)

consultando o i ching:
"A época é favorável: um tempo de força interna aliada à clareza e à cultura externa. A força manifesta-se de modo gentil e controlado, conduzindo ao sublime sucesso e riqueza. [...] Mas há várias dificuldades a superar. Somente permanecendo consciente dessas dificuldades poderá o homem se manter interiormente livre de possíveis arrogâncias e desperdícios, superando, de início, qualquer motivo de culpa. [...] julg amento GRANDES POSSES; sublime sucesso! [...] Para que haja êxito na execução das medidas é preciso que exista uma decisão firme no interior, aliada a um método de execução ordenado e claro. [...]"

quarta-feira, abril 28, 2004

tristeza não tem fim / felicidade, sim

terça-feira, abril 27, 2004

E que cenazinha mais mal feita, da Maria Clara esbofeteando a Laura. Passei quatro capítulo INTEIROS ansiosa para assistir... aquilo?!?
A Laura nem reagiu e, vira-lata como ninguém, estaria escaldada em brigas, saberia ao menos como se desvencilhar da Maria Clara, que nem é tão forte assim.
E aqueles tapinhas mixurucas, xexelentos? E como que meia dúzia deles deixariam estrago tão grande, até perder um dente?E como numa festa com taaaaaaaanta gente ela e o Marcos conseguiriam ter saído sem ser vistos?E como o Marcos, conseguiu arrombar o carro e fazer um ligação dierta, com tatos seguranças? E como os seguranças não o viram fugir? E como ele conseguiu fugir e voltar tão rápido? E como a Laura podia sangrar tanto e não sujar a roupa da Maria Clara nem a do Marcos? E como no dia seguinte a Laura está de olho e boca roxa, mas sem estar inchada? (ela estaria como um bicho, com os olhos deformados por pelo menos uma semana).

Poderia ter uma seqüência decente, ao menos.

*

Mas como a mocinha é cem por cento certinha, boa moça, sem uma mácula, um poço de virtude, praticamente uma santa, a cena não poderia ter sido diferente. E olha que adoro a Malu Mader.

*

Não se faz mais Gilberto Braga como antigamente.
E o (ex?)-chefe em evidência, como sempre, e como sempre, mandando bem.

segunda-feira, abril 26, 2004

O que leva uma pessoa a sair de casa num dia frio e chuvoso com uma bolsa enorme e pesadíssima e dentro dela objetos de primeiríssima necessidade num dia assim: guarda-chuva, necessaire (se escreve assim?) e, além de todo o habitual, uma blusa de manga comprida e gola canoa preta de tricô -- blusa mesmo, não era uma malha -- e às 10 da manhã, tritando de frio, trocar de blusa no banheiro do escritório e, ao sair, ouvir vários "ué, mas vc veio com essa blusa hoje?"... ao invés de simplesmente sair vestida com a tal blusa de casa?

Compre!

domingo, abril 25, 2004

E agora, com licença, vou comer aproveitar o tempo chuvoso e o leve friozinho e comer fondue, que também sou filhadedeus.
E mifu na prova da manhã, nem fiquei pra fazer a segunda prova de tarde.
-- Então, minha filha, não quer sol amanhã (hoje) pq vai fazer prova?
-- Não é isso, São Pedro... é que vou ficar fazendo prova o dia inteiro [sic], vendo o solão lá fora, e eu vou ficar imaginanado todo mundo se divertindo, praia, mar, churrasco, piscina, essas coisas.
-- Não tem problema. Mando uma chuva e fica tudo bem.
-- Pô, São Pedro, faz isso não! Vai ser horrível acordar com chuva! Vai dar preguiça... além disso lavei o carro hoje (ontem), ele vai ficar imundo!
-- Já está decidido.
-- Não tem como reconsiderar?
-- Não.
-- [com cara de cachorro que caiu da mudança]
-- Pq as mulheres nunca sabem o que quererm [suspiro profundo] [loonga pausa] Já está decidido. Chuva amanhã.
Vcs que amam o Fábiao Assumpção (tem p em assunção?) e sua atuação que me perdoem, mas o cara é lindo e canastrão. Não consegue me convencer como ator, independente do papel.
Pegue o livro mais próximo de você.
- Abra o livro na página 23.
- Ache a quinta frase.
- Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.


"Usando as ferramentas de que dispunha, que nada mais eram do que a transformação dos corpos, consegui que aquelas crianças -- antes indolentes, desarticuladas e desestimuladas, agora alimentadas pelo movimento, o carinho e a atenção -- começassem a dar sinais de reação a partir de sua extraordinária força interior."

[Nuno Cobra, A semente da vitória. Ed. Senac São Paulo]

sábado, abril 24, 2004

não, ninguém vai achar aqui em casa "fotos de lulu traficante morto na rocinha", muito menos "favela da rossinha".
Se bem que é pertinente: D. Rossinha, a governadora-desastre, com sua favela particular.
Mas aqui não, por favor.
Post devidamente rascunhado, mas muita preguiça de ir no quarto e pegá-lo dentro da bolsa. Fica pra amanhã [ou segunda, já que amanhã, domingão-provavelmente-de-sol, eu, euzinha, não vou passar o dia na praia. É dia de concurso da AGU no melhor estilo ê-ô-ô-vida-de-gado: início às 8 da madrugada-de-domingão-possivelmente-com-sol, intervalo para almoço de meio-dia às 15h, quando começa a segunda etapa, até às18/19h].


*

Enquanto tenho [tinha] alguns dinheiros, fiz o que era necessário: mandei trocar o óleo do carro [post à parte, aquele já rascunhado lá de cima], as palhetas do limpador de pára-brisa, conserto da trava elétrica [ela estava em greve], alinhamento, balanceamento, cambagem, desempeno das rodas e, por todo o pacote, três vezes mais dinheiros que o planejado. Se fosse um mês normal teria sido apenas uma despesa. Na atual conjuntura, se tivesse custado um mísero real a mais teria sido obrigada a pedir a declaração da minha insolvência civil.


*

Felicidade de ter ouvido "nossa, mas o carro tá zerinho! Ainda tem muito chão antes de pensar em dar algum problema!"


*

Ah, sim, isso tudo com direito ao menino da loja [gerente? supervisor? sei lá...] lindo, lindo ficar com o olho comprido pra mim... Eu, sem a menor paciência pra romantismos ou coisa que o valhar e -- tadinho! -- ele é loiro de olhos verdes, humpf. Mal sabe que adoro um nego; não nego-neguinho e, sim, nego-negão, no melhor estilo vem-cá-minha-nêga.


edição posterior: ainda queo louro-de-olhos-verdes, o gajo tem um quase-irresistível olhar cafajeste e me chama de *senhorita*.

sexta-feira, abril 23, 2004




São Jorge


Chagas abertas, Sagrado Coração, todo amor e bondade. O Sangue do Meu Senhor Jesus Cristo, no meu corpo se derrame, hoje e sempre.

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo, o meu corpo não me alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder da sua Santa e Divina Graça, a Virgem Maria de Nazaré me cubra com o seu Sagrado e Divino Manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu Defensor contra as maldades e perseguições dos inimigos. E o Glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré, em nome da falange do Divino Espírito Santo, estenda-me o escudo e as suas poderosas armas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências e que debaixo das patas do seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olho sequer que me possa prejudicar.

Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.

[rezar 3 Pai-Nossos e 3 Ave-Marias, em louvor ao Glorioso São Jorge]



Não é muito chegado a rezar? Então, cante!

Jorge sentou praça
Na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também
Sou da sua companhia
Eu estou vestida com as roupas
E as armas de jorge
Para que meus inimigos tenham pés
E não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos
E não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos
E não me vejam
E nem mesmo um pensamento
Eles possam ter para me fazerem mal
Porque eu estou vestida com as roupas
E as armas de Jorge
Salve Jorge
Salve Jorge
Salve Jorge
Armas de fogo
O meu corpo não alcançarão
Facas e espadas se quebrem
Sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes arrebentem
Sem o meu corpo amarrar
Porque eu estou vestida com as roupas
E as armas de Jorge

terça-feira, abril 20, 2004

Já disse pra vcs que tenho uma xará?

*

É só clicar aqui.

domingo, abril 18, 2004


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida...


Sempre gostei dessa música e sempre quis um amor assim, cúmplice, terno, e que de tão gostoso se oferece ao amado (seria esse o tal sabor de fruta mordida).
*
Há controvérsias: Thereza diz que esse sabor de fruta mordida é tudo o que não presta; quando não se quer mais e se deixa a fruta em algum lugar e outra pessoa, provavelmente fã da tal fruta a come.
*
Alguma outra opinião?
...e então tudo o que posso fazer é ficar quieta num canto, esperando a saudade passar.

sexta-feira, abril 16, 2004

tudo bem: onde foram parar os links que estavam aqui? e o atalho pro fotolog? e o endereço do e-mail?

quinta-feira, abril 15, 2004

bandido bom é bandido morto.

E tenho dito.
Grande parte da imprensa está tratando da morte e do enterro do tal de Lulu, traficante, logo bandido , da Rocinha, como se fosse o funeral de um homem como Gandhi. Será que foi perdido o senso que o tal Lulu era um bandido? que traficava entorpecentes, armos e sabe-deus mais o q? Não é admissível tratamento de líder comunitário a um ser desses. Tenho dúvidas se sua morte deveria ter sido manchete. Até pq nas matérias a respeito a imprensa encheu a bolo do outro marginal (não sei o nome dele) que quer invadir a favela e assumir o controle.
Deprimente.
--> o post com a foto do Ano Novo em Copacabana foi deletado por problemas de configuração: consegui colocar a foto nos arquivos do blogger.com.br (sim, assinamos a Globo.com) e nada mais foi como antes... o template do blog ficou louco, tudo fora do lugar.
De qualquer forma, a foto está no fotolog.

quarta-feira, abril 14, 2004

é, vc também reparou que ando sem inspiração alguma pra escrever; os posts se recusam a serem escritos, estão chatos, sem criatividade e mesmo assim não tenho escrito com muita freqüência. Sinto muito [mesmo], mas a situação tende a permanecer estável pelas próximas semanas -- preciso, entre váááárias outras coisas deférias, patrocinadas, se possível.
post carinhosamente roubado da Marina W:

Cariocas

O agora só chama a tal de Rossinha.

O outro sentencia: A questão é ortográfica. Para o bem estar da população, é necessário murar a Rosinha.

posted by marina w
desânimo total nesses últimos dias de trabalho (isso é algo que não quero admitir, mas não dá pra esconder;o fato-quase-impublicável-do-desânimo é geral entre os advogados do escritório que trabalham para a grande-empresa).
Esse soneto é um encanto.

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...



E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.



Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"



E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."


(Olavo Bilac, Via Láctea - Soneto XIII)


segunda-feira, abril 12, 2004

Publicar fotos é algo extremamente íntimo. Cada leitor faz uma imagem de quem escreve e, além de muitas vezes a realidade não corresponder à imaginação, a linguagem corporal nos trai: deixamos transparecer muito muito muito mais do que imaginamos.
Já tinha essa convicção, mas só me dei conta da extensão da "traição" [da linguagem corporal] ao publicar minha mão escaneada. Está tudo ali.

*

Sério.
Já faz mais de um mês que criei uma conta no fotolog. Tentei publicar a foto do post debaixo lá. Mas sou ralé, não sou gold: e estava em horário impróprio.
A foto voltou pra gaveta, e o scanner finalmente (re)instalado estava do meu lado... não tive dúvidas e escaneei minha mão, com minhas unhas rubras, fato raro.

sexta-feira, abril 09, 2004

[...]
- Faz séculos que não entro em nenhum blog...
- Continuo entrando por puro vício e vontade de espiar a vida alheia, quando os alheios se deixam espiar.
[...]
Já era totalmente previsível que uma semana de [re]arrumação no quarto deixaria tudo mais organizado, com mais espaço -- e também era previsível que remexer em objetos, cartas, cartões e fotos para colocá-los no lugar remexeria meus sentimentos.

*

O que não era previsível, ao menos pra mim, era iniciar o feriado de unhas ameixa. Um luxo.

Parece que dizes
Te amo, Luzia
Na fotografia
Estamos felizes

Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro

Parece dezembro
De um ano dourado
*
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais


Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
É desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando eu me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais


Anos Dourados, Tom Jobim e Chico Buarque



(dez/99)
Estive planejando fazer reforma do meu quarto. Mudar tudo: chão, rodapé, porta, arremate do ar condicionado [que eu não sei o nome]; pintá-lo (o quarto) e, finalmente, trocar os móveis.
Por motivos óbvios, não vou ter como fazer isso [agora]. Mas do jeito que meu quarto estava, era ele ou eu. Eu, claro, foi o que aconteceu: tirei o rack (se escreve assim?) do quarto e lá se foram a tv e o som. Não suportava esse móvel feio, horroroso; não sei o que me passava pela cabeça quando o comprei (lembro que a grana estava curta, só pode ter sido isso). E não queria mais tv e som no meu quarto; nada que me fizesse perder tempo.
Troquei a estante e a cama de lugar.

*

Agora tenho espaço pra fazer uma festa no quarto.
Pode até faltar dinheiros; criatividade, jamais.

terça-feira, abril 06, 2004

Acordei com uma música boba na cabeça, dessas que nem com reza forte vão embora.

domingo, abril 04, 2004

Soube que era a mais nova "sem-emprego" na terça-feira (detesto a palavra "desmepregada", tem uma energia esquisita; além do mais, não fui tecnicamente demitida: meu trabalho está bem-feito, como de costume; o granda-hiper-giga-mega-mercado e a chefa que decidiram terminar o relacionamento de 12 anos por incompatibilidade de gênios).


Em vários momentos senti uma vontade louca de correr pro computador e desabafar aqui em casa. Algumas vezes faltou tempo, na maioria faltou ânimo.


Estou preocupada pq, como todo mundo, tenho minhas contas. Dinheiro é sempre pra ontem. Meus pais estão me dando força, e já disseram que estão pro que der e vier. Já sabia disso, é da índole deles, mas não tenho mais idade pra me tornar um fardo, um peso pra eles (e minha mãe ficou irritadíssima quando eu disse isso e replicou: "filho nunca é um peso; quando vc os tiver, verá").


Sendo racional, sei que isso é o melhor que poderia ter me acontecido, estou me mexendo, ampliando horizontes, fazendo contatos. Se não estivesse "sem-emprego" iria ficar indefinidamente no mesmo lugar.


E se alguém estiver precisando de uma advogada, me avise.
Então essa semana tudo se resolveu: o mercado (chamarei a hiper-empresa pelo genérico "mercado") resolveu, uma das donas do escritório resolveu e resolvido está que estaremos -- eu e mais quinze advogados -- desempregados em maio, já que o contrato está sendo rescindido. Deixemos o angu com seus caroços, já que não posso fazer nada para dissolvê-los.