Soube que era a mais nova "sem-emprego" na terça-feira (detesto a palavra "desmepregada", tem uma energia esquisita; além do mais, não fui tecnicamente demitida: meu trabalho está bem-feito, como de costume; o granda-hiper-giga-mega-mercado e a chefa que decidiram terminar o relacionamento de 12 anos por incompatibilidade de gênios).
Em vários momentos senti uma vontade louca de correr pro computador e desabafar aqui em casa. Algumas vezes faltou tempo, na maioria faltou ânimo.
Estou preocupada pq, como todo mundo, tenho minhas contas. Dinheiro é sempre pra ontem. Meus pais estão me dando força, e já disseram que estão pro que der e vier. Já sabia disso, é da índole deles, mas não tenho mais idade pra me tornar um fardo, um peso pra eles (e minha mãe ficou irritadíssima quando eu disse isso e replicou: "filho nunca é um peso; quando vc os tiver, verá").
Sendo racional, sei que isso é o melhor que poderia ter me acontecido, estou me mexendo, ampliando horizontes, fazendo contatos. Se não estivesse "sem-emprego" iria ficar indefinidamente no mesmo lugar.
E se alguém estiver precisando de uma advogada, me avise.
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