voa, borboleta, voa
uma borboleta branca entrou no meu quarto ontem de noite. estava com e. no telefone. falei logo, ai, socorro, tem uma borboleta aqui. calma, lu. daqui a pouco ela voa pra longe e vai embora. e fiquei converesando com ele e de olho na borboleta, claro. a bichinha pousou em mim. duas vezes!! dizem que é auspicioso quando uma borboleta entra no quarto e pousa nos seus objetos pessoais. deve ser mais auspicioso ainda quando a bichinha pousa na pessoa. mas a pessoa aqui, euzinha mesmo, não consigo achar bacana uma borboelta entrar no meu quarto e cismar de pousar em mim. elas são lindas. lá fora, junto das flores, no mato, nas árvores. aqui dentro não. da terceira vez que ela tentou pousar não teve jeito, falei tudo de um fôlego só: e. ela voltou, ela voltou. a borboleta?, preciso desligar, tchau. mas, lu..., preciso desligar, amor. e buft, desliguei o telefone. meu pai veio ver o porquê d'eu estar toda alvoroçada e colocou a borboleta pra fora. e fechou a janela em seguida, pra não corrermos riscos. eu fiquei com o coração apertado de ter desligado o telefone. era só uma borboletinha, né? mas não adianta. não consigo ficar calma e achar natural a bichinha me querer como descanso. pensei em ligar pro e. de novo. mas por causa do fuso horário, lá já eram quase duas da manhã. e ele não está sozinho no apartamento. seria extremamente desagradável acordar todo mundo com o barulho do telefone. escrevi um e-mail pedindo mil desculpas por ser tão descompensada. e sei que ele está rindo horrores com essa história, tsc.
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