casa da lulu: sábado. quinze pra meia noite. crise existencial.

sábado, outubro 22, 2005

sábado. quinze pra meia noite. crise existencial.

a m. tem os melhores vizinhos do mundo: segunda, meio da tarde, ouvem bob charles anos sessenta. incrível. e eu tinha esquecido de contar.
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e falando na m.: sabe jorge? então, ela (m.) tem pena do dragão. pois é.
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e eu não vou votar. tô pensando em justificar. pensando, que a multa é uns três e cinqüenta. modos que se estiver muito quente, ou chovendo ou uma coisa meio maricotinha, ah, nem. nhé.
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cara, às vezes esqueço que moro em belford roxo. simplesmente esqueço, que é assim: quando não tenho nada pra fazer fico em casa, que não gosto de sair à esmo (antiquada, eu sei. sou old fashioned desde sempre); se tiver muita coisa pra fazer em casa, idem, nem nariz na janela. isso quer dizer, que ou fico socada dentro de casa ou não fico quase nada por aqui, e essa segunda parte tá ganhando disparada. e não fico mentalizando estou em belford roxo, ommmmmmm, estou aqui, ommmmmmm. aí tem umas pessoas que me dizem você não combina com belford roxo, tu é uma coisa meio bairro xis meio bairro ípsilon. e eu não sabia disso, que tem lugar com os quais a gente combina. estranho. lugar é lugar, gente é gente. ouquei que tem gente que nos lembra alguns lugares e vice-versa. mas sem isso de combinar. ou não.
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pra você não se roer de curiosidade, moro aqui, ó:

mas é claro que não sei tirar essa tarja preta daí do lado. [atualizado: o agá é um querido e me enviou a foto, já devidamente corrigida, por e-mail. obrigadíssima.]
[google earth, dica da marina w.]

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nos últimos quinze dias não sai da roda a grande questã: por que tem gente que, mesmo amando muito, profundamente, prefere se afastar, viver longe. claro que por gente leia-se homem. é, essas conversas de eternas diferenças meninas-meninos. meninas amam e querem e fazem de tudo pra ficar junto. meninos amam e nem sempre querem ficar junto. mistério insondável. não consigo compreender. nem minhas amigas. se você tem um palpite, cartas para a redação, plís.
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e não curto muito essas oposições e caricaturas de meninos-isso, meninas-aquilo, guerra dos sexos e tals. mas de quando em quando acontecem umas coisas e esses assuntos entram na roda. o sentir e o querer feminino ainda são muito distintos dos masculinos. pena, meninos, é uma delícia amar. experimentem qualquer dia.
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e isso é uma provocação, não joguem pedras nas janelas dessa casa.
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ah, sim, era suposto d'eu estar no samba, mocidade. só que uma prova na quarta e uma outra quinta re-que-vem e a consicência pesando toneladas.
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e tinha pensado em manter o silêncio aqui em casa por alguns dias. mas os ecos no peito estão me deixando douda. eis que preciso produzir barulhos pra manter a (in)sanidade habiltual.
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e t. é uma querida. e não tem papas na língua, simplesmente fala (e nem sempre com tato). mas estava precisada de conversar com ela.
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e o mundo voltou a girar.