casa da lulu

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

dona maria, também conhecida como vó, está passando férias prolongadas de carnaval em seu apartamento, no centro de nova iguaçu.
a velha ficou desaparecida várias horas durante a terça-feira, trazendo pânico e desespero à família portugal. tio zeca, irmão dela, a deixou na porta do banco à uma da tarde. às cinco, ainda não havia notícia alguma dela. todos da família ligando uns pros outros, sabe da vó?, cadê a maria?, ela foi só ao banco mesmo? no cúmulo do desespero, tia catia ligou para o hospital onde vovó gosta de ser atendida, (senhora, não entrou nenhuma senhora na emergência com essa descrição), pros bombeiros (em qual lugar ela estava, senhora? -- ... -- não houve nenhuma chamada nessa região hoje. talvez a senhora devesse ligar pro iml). pro iml tia catia disse que não ia ligar, que ela não vê morto. tomei banho, me arrumei e já estava de saída pra procurar a vó por aí. e sempre ligando pra casa da vó. aos quarenta e cinco do segundo tempo, passando um pouco das seis da tarde, mãe, a vó deve ter chegado. o telefone dela só dá ocupado. finalmente consigo falar com ela. posso saber onde estava até essa hora, fazendo o quê, com quem, que deixou todo mundo preocupado. já estava indo praí te procurar, achei que estivesse caída dentro de casa ou pelo meio da rua, ou tivessem te assaltado. risos, muitos risos do outro lado. qua raiva. e os riso continuaram, como se toda a família estivesse doida. ela ainda estava abrindo a porta e o telefone já estava tocando, era tio zeca. ela desligou, tocou de novo, tia catia. colocou no gancho, era eu. a explicação: menina, quando eu cheguei no banco a gerente tinha acabado de sair pra almoçar. voltou mais de três horas, ainda atendeu um senhor que estava na minha frente. saí do banco quase às quatro., mas vó, você chegou em casa mais de seis horas! e do banco até sua casa são quinze minutos. ah, mas você acha que eu ia perder a oportunidade de vir apreciando as modas e comendo tudo o que tinha direito?