casa da lulu

quarta-feira, setembro 01, 2004

Muitas vezes reclamo da correira da vida; dos prazos; das audiências em horários "impróprios"; reclamo mais ainda de ter dinheiro hoje e não saber quando terei de novo; reclamo (pouco) dos clientes malas que arrumo (se fosse terpauta, diagnosticaria T.O.C. em pelo menos meia dúzia de quatro ou cinco).
E existe um outro lado que adoooooolo: liberdade de poder chegar mais tarde ou sair um pouco mais cedo. Eventualmente, ir à praia numa segunda-feira de tarde (tá certo, tem tempo que não faço isso).
Não sou fã de trabalhista, é uma mesmice sem fim. Se por um lado facilita (não preciso "pensar" pra atender os clientes, fazer petições e audiências), por outro é muito chato não ter novidades. Sorte não ter muitas ações trabalhistas. E o que isso tem a ver com que estava escrevendo nos parágrafos anteriores? Ironia das ironias, nada tem me dado mais prazer. Não pelas peitções/audiências, que continuam as mesmas. Mas pelo TRT ter se mudado de mala e cuia pra Rua do Lavradio, ali do lado da Catedral. Todo semana é a mesma coisa: saio de lá e vou bisbilhotar os antiquários. Tudo carésimo. E daí? Quem disse que é preciso comprar aquelas cousas maravilhosas para me deliciar e divertir? Com exceção de uma loja grande, no número 106, onde tem um homem grosso toda vida, (não passem lá! quando não sou bem tratada faço propraganda contra mesmo) nas outras, os donos e os funcionários são quase todos senhorezinhos ou senhorazinhas muito simpáticos, que adoram quando se pergunta pela história de um dos móveis ou de um objetos qualquer; a conversa vira uma aula de história da arte -- nessas andanças descobri que sou fascinada por abajoures (<--- como é o plural de abajour?).
No primeiro sábado do mês tem feira até às 17h (em setembro é no próximo sábado, dia 04/09) e show de chorinho na rua. Vou assuntar a respeito do horário do show e conto pra vocês.
E lá não tem só o TRT e antiquários: tem uns botecos, bem cospe-grosso mesmo e uns restaurantes pequenos bacanudos.