casa da lulu

sábado, maio 15, 2004

Tanta coisa remexida dentro de mim, como se o lodo estivesse na superfície outra vez. Nem sei como escrever. Percebi que inconscientemente estava evitando ligar pra minha prima, que é amiga dele (não quero escrever o nome, lembrar de nada, nem que ele existe, nem que ainda o amo, nada). Ela não faz por mal, mas toda vez que nos falamos ela conta algo ou comenta que esteve com ele, ligou pra ele, que ele esteve na casa dela. Não quero saber nada disso. Estou sob controle pq estou longe e uso a isso a meu favor.
Mas aconteceu dela terminar com o namorado, eu fico preocupada, ligo pra saber se está bem, a convido pra ficar uns dias comigo aqui em casa. E ela diz que ele ligou, que ele está trocando de celular, que acha que ele está namorando.
E tudo isso me faz mal, muito mal, me deixa triste, me faz lembrar do que estou tentando esquecer. Ai, saudades do tempo que acabava um namoro ou coisa parecida e depois de um mês não lembrava mais do fulano ou então esse se transformava em amigo.
Desejo que nada tivesse acontecido, que eu não o tivesse conhecido jamais, que não tivesse escrito aquela bendita carta (até hoje não sei o porquê de ter feito isso), queria muito não ter me entregado como me entreguei. Queria apagar da minha vida. Podem falar o que quiser, me atirar pedras. Nada vai me machucar mais, é impossível. Não gosto de sentir dor e nenhuma dor física jamais chegou perto da dor que sinto agora, que sinto há tanto tempo e que não permito doer. E tenho sonhado com ele todas as noites, que converso com a mãe dele ou com minha prima e elas me falam dele. Algumas vezes o vejo nos sonhos, mas mesmo quando isso acontece não nos falamos. Nem nos sonhos nos entendemos, vejam só. E mesmo nos sonhos sinto essa dor, essa vontade de chorar. E tanto lá quanto cá, na vida real, choro escondida, vou camuflando a minha dor. Nem sei pq estou escrevendo isso aqui. Quer dizer, sei sim, escrevo pra desabafar, pq preciso de algum lugar pra deixar doer, pra sentir o que quer que seja, ainda que seja essa dor que nem sei que nome tem.
Fico sem paciência, desatenta, com dor de cabeça, mau humor. Fui no salão fazer as unhas e pegar minha irmã e um amigo dela na escola. Depois passamos na vó e fomos deixar o menino em casa. Não sei o que eles conversaram no carro -- sei que eles conversaram, eu ouvia as vozes, mas não conseguia prestar atenção. Sorte que não me perguntaram nada. Tentei me concentrar nas músicas que tocavam no rádio, e cantarolei algumas.
Minha vontade é de fugir e só voltar quando tudo tiver passado Mas de que adiantaria? Meus sentimentos iriam comigo, não dá pra deixá-los trancado dentro de uma caixa no fundo do armário.
E pra mal dos meus pecados, coloquei o carro pra lavar de manhã: bingo! Cemeçou a chover na hora do almoço. O cinema que estva planejando vai ficar pra outro dia e pelo visto, vou v]ficar em casa de novo.
Saudades das minhas amigoas, saudades de tantas coisas. Como estou de baixo astral hoje! Sim, pq mesmo estando deplorável ainda me resta um pouco -- pouquinho -- de bom senso e sei que amanhã quando voltar aqui e me deparar com isso vou querer apagar o post todo e vou ficar me maldizendo ("como pude me deixar dominar por esses pensamentos e sentimentos? Qunato erro de português! E por aí vai...)
Quer saber? Vou dormir e rezar pra não ter sonhos. Sim, pq essa tem sido minha terapia: trabalhar muito, me encher de coisas pra fazer e dormir exausta. Quando acordo é como se tivesse se passado uma semana desde o dia anterior, só depois de algum tempo acordada é que me lembro dos prblemas e das dores. É, deveria mudar meu nome pra Dasdô.
Devira mesmo é arrumar um bad guy. Afinal, como li num blog essa semana (e não lembro qual...) bad guys are just for fun. Tsc, tudo da boca pra fora que não consigo ser leviana assim...
E boa noite que mesmo sendo 13h21 tá na hora de mimir.